INTRODUÇÃO
I.
A FAMÍLIA COMO UM PROJETO DE DEUS
“Se o Senhor não edificar a casa, em
vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia
a sentinela” (Sl.127:1).
Ø A Bíblia Sagrada fala-nos no
livro de Gênesis que o Senhor Deus criou todo o universo, o dia e a noite, os
astros, as águas, a terra, a relva e as árvores frutíferas, os luminares no
firmamento, as estrelas, os peixes, as aves, os animais, e no sexto dia Deus
criou o homem a Sua imagem e conforme a Sua semelhança, macho e fêmea os criou,
e Deus os abençoou:
“E criou Deus o homem à Sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes
disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a (Gn.1:27-28a).
Ø A Palavra de Deus registra no
capítulo 2 do Livro de Gênesis que o Senhor Deus plantou um jardim no Éden e
colocou ali o homem que havia formado, e, dando prosseguimento ao Seu projeto:
“E disse o Senhor: Não é bom que o
homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele”
(Gn.2:18).
Ø Ao criar o homem e a mulher, a
Palavra de Deus diz que o Senhor estabelece a base da família:
“Portanto deixará o varão o seu pai e a
sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn.2:24).
Ø Considerando o propósito de
Deus ao criar o homem e a mulher e com eles formar a família, podemos
considerar os seguintes conceitos bíblicos do casamento:
Ø A origem da família está em
Deus (Gn. 1:27-28ª; 2:18).
Ø A união do casal é
indissolúvel (Gn.2:24b; Mt.19:5-6).
Ø O casamento satisfaz a
necessidade de companheirismo do cônjuge (Gn.2:18).
Ø O casamento é realizado
entre um homem e uma mulher (Gn. 2:24).
Ø O casamento demanda a liderança
amorosa do homem, e a submissão da mulher como uma auxiliadora, uma companheira,
não uma escrava do homem (Gn.2:18; Ef.5:22-25).
Ø O sexo só é lícito dentro
do casamento (Gn.1:28ª; 2:24).
Ø O casamento tem como
finalidade primária a reprodução (Gn.1:28).
Ø O casamento exige do
casal exclusividade e fidelidade no relacionamento de seres “que deixaram pai e
mãe e se uniram formando uma só carne” (Gn.2:24; H.13:4).
Ø A existência de uma
dependência mútua entre o casal (Gn.2:18; Ef.5:28-32).
Ø A necessidade de uma
transparência total entre o casal (Gn.2:25).
Ø A indispensável presença
de Deus no lar (Gn. 1:27-28; 2:21-24).
II. OS PERIGOS QUE RONDAM A FAMILIA
No âmago da crise moral que nos últimos
anos tem afligido a humanidade, há uma enorme falta de liderança moral, em
todos os segmentos da sociedade humana, conforme o que é tristemente indicado
pela negligência do padrão ético da Palavra de Deus.
Logo no início da humanidade, dado à
queda do homem no Jardim do Éden, a depravação moral se multiplica velozmente.
1) Conseqüência do pecado:
A Palavra de Deus fala da queda do
primeiro casal, e como o pecado despedaçou a unidade da natureza humana e
destrói a harmonia do mundo (Gn. 3; 6; 11; Gn. 6; Is. 59).
O Pecado é:
Ø Na esfera moral –
tortuosidade e perversidade.
Ø Na esfera fraternal –
violência, conduta injuriosa, maltratar e oprimir o semelhante.
Ø Na esfera da santidade –
separação de Deus – morte espiritual.
Ø Na esfera da verdade –
engano, hipocrisia, mentira (Jo. 8.44).
Ø Na esfera da sabedoria –
não se disciplina a si mesmo, nem guia as suas tendências de acordo com as leis
divinas.
2) Propagação:
3) A comunicação em massa,
a influência da mídia, é responsável por grande parte das mudanças
comportamentais em nosso contexto. A mídia tem influenciado de maneira negativa
a cada dia que passa. Isso tem trazido prejuízos no que diz respeito ao
comportamento cristão. A moralidade, a ética, a decência, os valores
familiares, são os mais afetados.
A candeia do corpo são os olhos; de
sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz Se, porém, os
teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em
ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! (Mt. 6.22,23).
Nossa cultura moderna destronou Deus
como a fonte da verdade e moralidade suprema e entronizou o homem em Seu lugar.
“Então a serpente disse à mulher: É
certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se
vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do
mal.”(Gênesis 3:4,5)
A derrocada do homem e conseqüentemente
da família reporta-se ao Jardim do Éden, quando a serpente induziu nossos
primeiros pais a confiar em seu próprio raciocínio, em vez de obedecer
simplesmente à ordem de Deus. O resultado tem sido observado na decadência do
modo de vida da família em relação às verdades eternas (Sl. 119.105, 111, 127,
160).
III. A COMUNICAÇÃO NA FAMÍLIA
Muitas vezes a causa primária da crise
conjugal, consiste na falta de habilidade ou relutância dos casais em se
comunicarem corretamente. Muitos casais sabem que estão falhando em sua
comunicação, porém, não estão bem certos ao que se deve fazer ou não para
melhorar.
Ø É na família que
estabelecemos nossos vínculos de sobrevivência.
Ø O homem é um ser social e
extremamente dependente da família.
Ø A família é uma organização, um
sistema de inter-relações. E estes vínculos são formados e atualizados a partir
da comunicação entre seus membros.
Em geral os problemas existentes nas
famílias são decorrentes da falta de comunicação adequada, entre seus membros.
Às vezes até conversam bastante, mas
num sistema destruidor, que fere, magoa, machuca e que muitas vezes deixa
cicatrizes incuráveis;
Há necessidade haver diálogos sadios e
construtivos que tem como fim, a solução dos problemas; Sem uma comunicação
eficaz não há relacionamento saudável e duradouro e edificante no seio da
família.
1) Princípios Da
Comunicação Cristã
a) Ouça antes de Responder
“Responder antes de ouvir, estultícia
é, e vergonha”. Pv 18:13 .
b) Não se apresse e fale com
sinceridade, para ser entendido...
O homem se alegra na resposta da sua
boca, e a palavra a seu tempo quão boa é! Pv 15.23
Abomináveis são para o Senhor os
pensamentos do mau, mas as palavras dos limpos são aprazíveis. Pv 15.27.
O coração do justo medita o que há de
responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância, cousas más. Pv 15.28.
c) Fale a verdade em amor Antes,
seguindo a verdade em amor, Crescemos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
Ef 4:15
“Não mintais uns aos outros, pois que
já despistes do velho homem com os seus feitos”.Cl 3:9
d) Não use a arma do SILÊNCIO
Enquanto guardei silêncio,
consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo (Sl 32.3).
Não se envolva em uma briga – é
possível discordar sem brigar
Como o soltar as águas, é o princípio
da contenda; deixa por isso a porfia, antes que sejas envolvido (Pv 17.14).
Honroso para o homem é desviar-se de
questões, mas todo o tolo se entremete nelas. (Pv 20.03).
e) Não responda com raiva – a resposta
branda é eficaz
O longânimo é grande em entendimento,
mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. (Pv 14.29).
f) Evite a implicância
O que encobre a transgressão busca a
amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos (Pv 17.9).
g) Não culpe ou critique. Restaure,
anime, edifique...
Assim que não nos julguemos uns aos
outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Por último, meus irmãos, encham a mente
de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é
verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. (Fp. 4.8).
h) Se atacado, não reaja da mesma
maneira
A ninguém torneis mal por mal; procurais
as coisas honestas, perante todos os homens. (Rm.12.17). O qual, quando o
injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se
àquele que julga justamente (1ªPe 2:23).
“Não tornando mal por mal, ou injúria
por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo: sabendo que para isto fostes
chamados, para que por herança alcanceis a bênção” (1ªPe 3.9).
i)
Procure compreender a opinião contrária. Seja sensível ao interesse dos outros.
Nada façais por contenda ou por
vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si
mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também
para o que é dos outros. (Fp 2.3-4).
LEMBRE-SE: O Grande Segredo da
Comunicação – Quem comunica, coloca-se no lado do que está sendo comunicado
2) Algumas Coisas Que Impedem A
Comunicação No Lar
a) Incapacidade
de dialogar:
Isto começa no namoro. Ou seja, ao
invés de conversarem bastante no período de namoro, trocando idéias sobre o
futuro, eles fica o tempo todo nos prazeres físicos, achando que a vida será
somente flores.
b) Medo de expor:
a) O filho tem medo do pai, então
não fala.
b) A esposa tem medo do marido, então
não fala.
c) Se houver medo a ponte da
comunicação cai.
d) Quando os filhos têm medo dentro do
lar, eles vão se abrir lá fora com pessoas que não tem nenhuma estrutura para
ouvir ou aconselhar.
c) Conformismo: Não acreditam que se
têm coisas boas a oferecer.
a) Não se esqueça de que você é morada
do Espírito Santo, então com certeza tem coisas boas a dizer. (Lucas 6.45)
b) Deus usou seres irracionais como a
(jumenta, corvo e o galo), não usara o Senhor a você que é sua imagem?
d) Falta de perdão: Leia Lucas 11.4 e
Mateus 5.23-24.
a) Se você não perdoa a falha do outro,
dificilmente o que você faz, será aceito por Deus;
b) Se você está com a comunhão quebrada
com alguém, conserte;
c) Vejam uma receita de perdão em Mat.
18.15-22;
d) Não deixe morrer o espírito de
perdão;
e) Quantos motivos banais te impedem de
vir à igreja?
f) Quantos motivos banais estão
querendo fazer- te separar de sua esposa?
g) Perdoe: Pai, Mãe, Irmãos, Cunhados,
Sogra, Sogro, Tios, Vizinhos, Patrão, Amigos, etc..
Perdoe!
IV. ATITUDES QUE PROMOVEM UNIÃO
CONJUGAL
Uma das Atitudes importantes que
sustentam a Família dentro dos princípios divinos é o reconhecimento de que o
casamento é um compromisso absoluto:
Ø Compromisso absoluto cria
confiança no casamento.
Ø Compromisso absoluto cria
segurança no casamento.
Ø Compromisso absoluto cria
estabilidade no casamento.
Ø Compromisso absoluto
constrói um alicerce sólido Como a base do casamento.
1) Não acumulem
mágoas ou raiz de amargura,
Ø Porque elas trazem
perturbações, contaminações e privações da graça de Deus (Sl. 37.8; Pv.18.19;
Ef. 4.26-31).
Ø Evitem trocar palavras
ásperas e críticas destrutivas no processo de restauração de relacionamento
(Sl. 141.3; Pv. 15.18; 17.14,19; 26.21; Fl. 4.1,2,8).
Ø Quando estiverem errados,
procurem admiti-lo com humildade, busquem, com sinceridade e modéstia, o perdão
(Cl. 3.13).
Ø Procurem dialogar
objetivamente, evitando o tratamento emocional das questões, abrindo mão das
coisas não essenciais para conquistar e preservar aquelas que são fundamentais
à paz e harmonia da família, e que estejam em consonância com os ideais
cristãos (Fl. 4.8).
Ø Busque fervorosamente a
ajuda do Senhor Deus em oração, Ele é o idealizador e guardador da família e,
com certeza, a ajuda virá (Sl. 34.6,17; 127.1,2; 128.1-6).
Ø Quando surgirem
dificuldades em se perdoarem mutuamente, lembrem-se do perdão que o Senhor
Jesus Cristo os outorgou na cruz do Calvário (Mt. 6.12; I Cor. 13.4-8; Ef.
4.32; Hb. 12.1,2; I Pd. 2.23,24).
2) Cinco Conselhos Úteis
para Salvar seu Casamento
a) Aprenda a Palavra (Cl. 3.13; Fp.
3.13)
b) Faça investimento de amor no seu
casamento
c) Aceite seu cônjuge como ele é não
insista em modificá-lo
d) Procure ressaltar as qualidades e
não os defeitos
e) Busque ajuda em Deus através da
oração e de Sua Palavra
V. AS FINANÇAS DA FAMÍLIA
1) A maneira como lidamos com o
dinheiro afeta nossa comunhão com o Senhor1.
Em Lucas 16:11 lemos: "Se, pois,
não vos tornastes fieis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos
confiara a verdadeira riqueza?"
Nesse versículo, Jesus equipara a
maneira de lidarmos com o dinheiro com a qualidade de vida espiritual que
temos. Se lidarmos com nosso dinheiro de maneira apropriada, de acordo com os
princípios das Escrituras, nossa comunhão com Cristo ficara mais forte. No
entanto, se gerenciarmos nosso dinheiro de forma infiel, nossa comunhão com Ele
será afetada negativamente.
3) Como Livrar-se das
Dívidas.
Devido à singularidade de cada
circunstância, a caminhada para sair das dívidas será unicamente sua.
Os dez passos seguintes são um guia
para sua jornada. São passos simples, mas, para segui-los, é necessário um
trabalho árduo.
1. Ore. -
O primeiro passo e o mais importante. Ore. Peca a ajuda e a direção do Senhor
em sua jornada rumo ao Dia sem Dívida. Ele pode agir de imediato, como no caso
da viúva (II Rs. 4.1-7), ou de forma mais lenta, num período maior. Em ambos os
casos, a oração é essencial.
2.
Estabeleça um orçamento por escrito. - Um orçamento escrito ajuda você a
planejar para o futuro e analisar seus padrões de gastos, para ver quais você
poderá cortar. E um freio eficaz no impulso de gastar.
3. Aliste o total de seus bens - tudo
que possui. - Faça uma lista de cada item que possui: sua casa, seu carro,
mobília, etc.. Avalie a lista completa para determinar se deveria vender algum
deles.
4. Aliste seus compromissos - tudo que
você deve. - Muitas pessoas, em particular as que devem muito dinheiro, não
sabem com precisão o quanto devem. No entanto, você deve alistar suas dívidas
para ter uma idéia exata de sua atual situação financeira. Precisa alistar
também os juros que seus credores estão cobrando por cada dívida. Ao analisar
os juros em sua lista de dívidas, descobrira que os custos de créditos variam
muito. Alistar suas dívidas vai ajudá-lo a estabelecer uma prioridade na
redução da dívida.
5. Estabeleça um programa de
adiantamento de pagamento para cada credor. - Mais uma vez, livrar-se das
dívidas pode parecer entediante, mas, é absolutamente necessário seguir esses
passos. Ninguém jamais conseguira livrar-se de dívidas por acidente. Todos
precisamos de um programa de pagamento sistemático por escrito para alcançar o
objetivo do Dia "D" - "Dia sem Dívidas."
6. Considere um aumento do orçamento. –
Com os possíveis ganhos adicionais, em primeiro lugar, decida antecipadamente a
terminar as dívidas com os ganhos adicionais. Nossa tendência e gastar
1 DAYTON,Howard. O Seu Dinheiro, Um
guia bíblico para Ganhar, Gastar, Economizar, Investir, Contribuir e Livrar-se
das
Dívidas – Editora Bless Gráfica e Ltda,
2002.
Mais do que ganhamos, tanto se ganhamos
muito, quanto se ganhamos pouco. Em segundo lugar, ganhe uma quantia adicional
sem prejudicar seu relacionamento com o Senhor ou com sua família.
7. Não acumule dívida nova. - A única
forma de não acumular dívida extra é pagando a vista, com dinheiro, cheque ou
cartão de debito no momento da compra.
8. Seja satisfeito com o que você tem.
- Vivemos numa cultura cuja industria de propaganda tem maquinado, com poder e
sofisticação, métodos de persuadir o consumidor a comprar. Freqüentemente, a
mensagem tem a intenção de criar um descontentamento com aquilo que temos.
Considere estes três fatores:
1) Quanto mais
televisão você assiste, mais gasta.
2) Quanto mais
olha revistas e catálogos, mais você gasta.
3) Quanto mais
você for às lojas, mais você gasta.
9. Considere uma mudança radical em seu
estilo de vida. - Um número crescente de pessoas diminuiu suas despesas de modo
significativo para se livrar das dívidas com mais rapidez. Algumas venderam
suas casas e se mudaram para outras menores. Muitas tem vendido os carros que
tem prestações mensais altas e comprado carros baratos para se livrarem das
dívidas.
10. Não desista! - Desde o início
reconheça que haverá centenas de razões pelas quais você devera desistir ou
postergar seus esforços para se livrar das dívidas. Não caia na tentação de não
continuar firme em seu compromisso. Não pare ate que tenha alcançado seu
objetivo maravilhoso de viver livre das dívidas. Lembre-se de que sair das
dívidas é um trabalho bem difícil, mas a liberdade que você terá valera a pena.
3) BÊNÇÃOS PROMETIDAS A PESSOA HONESTA
a) Intimidade
com o Senhor. "Porque o Senhor abomina o perverso, mas aos retos trata com
intimidade" (Provérbios 3:32).
b) Uma família
abençoada. "O justo anda na sua integridade, felizes lhe são os filhos
depois dele" (Provérbios 20:7).
c) Vida
longa. "O lábio veraz permanece para sempre, mas a língua mentirosa,
apenas um momento" (Provérbios 12:19).
d)
Prosperidade. "Na casa do justo ha grande tesouro, mas na tenda dos
perversos há perturbação" (Provérbios 15:6).
4) MALDIÇÕES RESERVADAS
AOS DESONESTOS
a) Alienação de
Deus. "Porque o Senhor abomina o perverso, mas aos retos trata com
intimidade" (Provérbios 3:32).
b) Problemas
familiares. "O que e ávido por lucro desonesto, transtorna a sua
casa" (Provérbios 15:27).
c) Morte.
"Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço
mortal" (Provérbios 21:6).
d) Pobreza. "Os bens que
facilmente se ganham, esses diminuem" (Provérbios 13:11).
CHAVES DO PRINCÍPIO DO TESOURO
DEUS É DONO DE TUDO. EU SOU APENAS SEU
GERENTE FINANCEIRO
Somos administradores – não donos – dos
bens que Deus nos confiou
MEU CORAÇÃO SEMPRE ESTARÁ ONDE EU
COLOCAR O DINHEIRO DO SENHOR
Invista mais nas coisas eternas e menos
nas efêmeras, e veja o que acontece
MEU LAR NÃO É AQUI. MEU LAR ESTÁ NO
CÉU.
Somos cidadãos de “uma pátria melhor,
isto é, uma pátria celestial” (Heb. 11.16).
DEVO VIVER NA PERSPECTIVA DA
ETERNIDADE, E NÃO EM FUNÇÃO DO PRESENTE.
Nossa vida se resume a um ponto: ela
começa e termina rapidamente.
Mas a partir desse ponto estende-se uma
linha que continua para sempre.
A linha é a eternidade, que os cristãos
irão VIVER no céu.
OFERTAR É O ÚNICO ANTÍDOTO CONTRA O
MATERIALISMO
Ao ofertar estamos afirmando a
soberania de Cristo sobre todas as coisas e exaltando a Deus, reconhecendo-o
como Senhor.
DEUS NÃO ME FEZ PROSPERAR PARA ELEVAR O
MEU PADRÃO DE VIDA,
MAS PARA ELEVAR O PADRÃO DAS MINHAS
PFERTAS.
Deus nos dá mais do que
precisamos Para que possamos ser generosos em qualquer ocasião.
VI. UMA PALAVRA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1) O DEVER DOS PAIS
Os pais precisam combater com êxito os
dias maus que constituem nosso tempo, é preciso levar a sério a formação do
caráter cristão desde a mais tenra idade (Pv. 22.6).
É dever dos pais levarem a sério a
formação do caráter de Deus nos filhos sabendo que este é desenvolvido por meio
da operação do Espírito Santo, a qual, por sua vez, está baseada nos méritos do
sacrifício expiatório de Cristo. (Rm. 5.19-21).
Qualquer pessoa que possua o caráter de
Deus é nova criatura guiada pelo Espírito Santo (Jo. 3.3-7).
Pensamentos e atos passam a ser
determinados pela vontade do Espírito. A pessoa transformada não é simplesmente
outra pessoa, mas alguém pacífico, alegre, amoroso, paciente, fiel, manso,
controlado, veraz.
a) Ensine seu filho a viver a lei de
Deus
“O temor do Senhor é o princípio da
sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento” (Provérbios 9.10).
b) Seja um exemplo para seu filho
Timóteo foi instruído no conhecimento
da Palavra de Deus desde pequeno, tendo sua mãe e sua avó como exemplo (II Timóteo
3.15). “Recordo- me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó
Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.”
(II Timóteo 1.5).
c) Transmita seus valores a seu filho
“O homem justo leva uma vida íntegra;
como são felizes os seus filhos!” “Instrua a criança segundo os objetivos que
você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”
(Provérbios 20.7; 22.6).
d) Discipline seu filho
(Provérbios 3.12; 22.15; 23.13,14;
29.15, 17) - (Hebreus 12.6-8).
d) Não seja excessivamente
permissivo com seu filho
Sendo permissivo em excesso, os pais
estarão privando o filho de uma boa educação, pois nem tudo na vida é
permissível. Os pais não podem permitir que os filhos vivam sem limites.
f) Quando os Pais Oram
Ø O Exemplo de Noé – Hb.
11.7
Ø O Exemplo de Abraão – Gn.
18.19
Ø O Exemplo de Moisés – Ex.
12.3,23
Ø O Exemplo de Ana – I Sm.
1.27-28
Ø O Exemplo de Pedro – At.
2.39
Ø O Exemplo de Paulo e
Silas – At. 16.31
2) O Dever de Instruir e Disciplinar os
Filhos
É obrigação solene dos pais darem aos
filhos a instrução e a disciplina condizente com a formação cristã.
Os pais devem ser exemplos de vida e
conduta cristãs, tendo como prioridade a salvação dos filhos
(Gn. 18.19;
Dt.6; Sl. 78.5; Pv. 4.1-4; 6.20; Ef. 6.4; Col. 3.21)
a) Na criação dos filhos os Pais não
devem ter favoritismo
b) Ensinar a temerem ao Senhor e a se
desviarem do mal (Dt. 6.6,7)
c) Proteger os filhos da influencia da
mídia pecaminosa
d) Ter cuidado com interferência e ao
mesmo tempo possível contribuição dos parentes em relação à educação dos filhos
e) Ensinar aos filhos que Deus os ama e
tem propósitos específicos com suas vidas (Lc. 1. 13-17; Rm. 8. 29,30; I Pe.
1.3-9).
f) Prevenir os filhos sobre suportar
perseguições por amor a justiça (Mt. 5.10; II Tm. 3.12).
g) Corrigir com amor os filhos (Pv.
29.17,18; 22.15; 23.13-14)
h) Considerar o que a Bíblia diz sobre
os filhos
Ø Os filhos são herança do
Senhor – Sl. 127.3
Ø Os filhos são galardão do
Senhor – Sl. 127. 3
Ø Os filhos são como
flechas na mão do guerreiro – S. 127.4
Ø Os filhos são bênçãos do
Senhor para o homem temente – Sl. 128.4
3) A Questão dos Parentes na Vida da
Família (AVÓS)
Edificar uma família centrada na
Palavra é, portanto, a exata essência da responsabilidade que Deus mesmo tem
dado aos pais, e é um dever que cada pai deve abraçar alegre e avidamente.
A família começa com o casamento.
Quando Deus criou Adão e Eva, ele revelou seu plano básico para o casamento:
"Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os
dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Este plano é claro. Um homem ligado a
uma mulher.
Gn 2:24 – Há três princípios sobre
matrimônio neste texto:
Ø Deixar pai e mãe –
Gênesis originalmente foi escrito na língua hebraica. No hebraico há um verbo
forte aqui, com o sentido de "abandona". Não somente deixar pai e
mãe. É abandonar!
Obviamente que não há o sentido de
desprezo nesta idéia. Mas, sim, de uma real separação. O ideal é que o novo
casal estabelece sua própria residência. Porque iniciam vida nova. O casal
agora é uma família: seus pais são apenas parentes.
O casal aprende a resolver todos os
seus problemas por si só. Sem a interferência de ambos os Pais, isso, não
significa ausência de conselhos. Porém, o casamento é para pessoas adultas que
possuem maturidade para solução de possíveis conflitos em oração diante de Deus
e Sua Palavra.
Ø Haverá situações em que
os pais dependerão do casal. Nestes casos os mesmos não devem ser desprezados,
mas amados em Cristo como recomenda a Palavra de Deus. (I Tm. 5.1,2,4,8)
Ø Aos Pais é recomendado
que dêem testemunho e exemplo aos mais novos, a fim de que tenham um
procedimento sóbrio diante de Deus (Tito 2.1-4).
VII PALESTRA EXCLUSIVA
PARA O CASAL
1. A Questão Relativa
à Quebra de Relacionamentos
O Principio básico para um verdadeiro
relacionamento conjugal segundo a vontade de Deus é descrito na Escritura
Sagrada no que diz respeito à virgindade ou no Hímen. O hímen é criação
de Deus com o propósito de estabelecer uma aliança de sangue no casamento.
A definição de hímen é: Prega formada
pela membrana mucosa da vagina, cujo orifício externo fecha parcial ou
totalmente, e que apresenta uma abertura de forma e diâmetro variáveis.O hímen
possui uma perfuração central que geralmente é rompida durante o primeiro ato
sexual.
Uma vez rompido, torna-se um anel de
tecido em volta da abertura da vagina. Você já parou para perguntar por que
Deus colocou-o na mulher?
No Antigo Testamento, um casamento era
consumado na noite de núpcias quando os convidados e anciãos ainda estavam
presentes. A noiva trazia com ela um lençol da cama e, quando ocorria a cópula,
o rompimento da membrana derramava sangue sobre ele. Este era, então, levado
aos pais e anciãos como prova de sua virgindade. Esse lençol era guardado por
toda a vida dela, como um sinal de pureza, para que ela não pudesse ser
repudiada (divorciada) por não ser uma virgem.
Quando um homem tomar mulher, e,
entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela
divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a
achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da
moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, a porta.
E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu
dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe
imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis
aqui os sinais da virgindade de minha filha.
E estenderão o lençol diante dos
anciãos da cidade. Então, os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o
castigarão, e o condenarão em cem ciclos de prata, e os darão ao pai da moça,
porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e
em todos os seus dias não a poderá despedir.
Porém, se este negócio for verdade, que
a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça a porta da casa de seu
pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois
fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal
do meio de ti. (Deuteronômio 22.13-21).
Ø Obs.: Quando um marido e
sua esposa se deitam juntos pela primeira vez, o hímen se rompe.
Quando isso acontece, há um fluxo de
sangue incorrupto: o sinal da virgindade. Uma razão para isso é que se trata do
símbolo da aliança que nós temos com Deus Pai, por meio do sangue derramado de
Jesus Cristo. Quando um homem deixa a aliança de nascimento com seu pai e sua
mãe e relaciona-se com sua mulher pela primeira vez, a ruptura do hímen é a
aliança de sangue que ele estabelece com sua mulher. Tal aliança estabelece
direitos entre os dois. O sangue de Jesus estabelece direitos entre Deus Pai e
a pessoa que nasce de novo.
Assim temos um ensino preciso e
fundamental das Escrituras no que diz respeito ao casamento como aliança
indissolúvel e da fidelidade no relacionamento conjugal.
2. Questão do Relacionamento Sexual do
Casal
2.1 Princípio Bíblico:
a) A reprodução – (Gn. 1.27-28)
b) A expressão amorosa – (Pv. 5.15,
18,19)
c) Exclusividade e privacidade – (Pv.
5.17,20) (Não pode ser compartilhado c/ outros).
Ø O sexo é concessão (I Co
7.3) O direito da mulher e do homem com relação ao sexo.
Ø O sexo no casamento é um
dever (I Co 7.2) É responsabilidade de ambos (marido e mulher)
Ø Nivelamento de direitos
(I Co 7.4)
Ø A greve do sexo (I Co
7.5) “Não defraudeis um ao outro” Marido e mulher não deve se negar um ao
outro, mas é possível uma abstinência, mas somente por mutuo consentimento.
2. O Sexo Normal E
Pecados Do Sexo
O sexo perfeito e o anormal
O sexo saiu perfeito, quando o Criador
o implantou no homem, no princípio, mas o pecado que veio pela queda do homem,
o transtornou como hoje se vê.
3.1 A nova moralidade
a) É ativada pelos demônios da impureza
sexual (Os 4.12,13).
b) É a diabólica filosofia de vida da
“liberação sexual”.
c) É a imoralidade e a decadência moral
com outro nome.
4) Desvio e perversão do sexo
(Gn. 19.5; I Rs. 14.24; Rm. 1.24-28; I
Co. 10.8; Ef. 5.12;Gl. 5.19; Ap. 21.8; 22.15).
4.1 Masturbação
É um desvio ou transvio do sexo.
Toda masturbação esta atrelada, no
homem, à sua memória visual e mental e na mulher, ela está ligada à memória
mental (lembrança).
4.2 Sexo anal
Imoralidade sexual condenada pelas
Escrituras Sagradas (Rm. 1.27); pois na prática utiliza-se um órgão do corpo
considerado como o esgoto do organismo gerando doenças e constrangimento ao
cônjuge. Obs:. Bom senso e temor a Deus cabem nesta questão. (Rm.
6.2; I Cor. 3.16,17; I Cor. 6.18,19;
Gl. 5.19-21; I Ts. 4. 3,4; I Tss. 5.23).
4.3 Sexo Oral
Imoralidade e Perversão do sexo criado
por Deus segundo a lógica e o bom senso dos órgãos e suas finalidades. A boca e
os lábios foram criados para comunicação e principalmente para o louvor ao Deus
Santo. Cabe a pureza aos filhos de Deus em todas as áreas da vida. (Rm. 1.26;
II Cor. 7.1; Hb. 13.4; Sl. 71.8).
4.4 Prostituição
É o delito da prática sexual ilícita,
pré ou extra-matrimonial, envolvendo o comércio da sexualidade (Os. 5.4; Gl.
5.19-21).
4.5 Adultério
É a prática sexual ilícita com cônjuge
que não é o seu (I Co. 6.9, 10, 18; Gl. 5.19b; I Ts. 4.3; Ap. 21.8; Tg.
1.13,14).
4.6 Sadomasoquismo / Sadismo sexual
Sentir prazer em aplicar torturas nos
outros, ou vê-los sofrer. (Ef. 4.22; I Pe. 4.3)
4.7 Satiríase / Ninfomania
Desejo sexual exagerado, descontrolado,
doentio, vício, perversidade moral desenfreada
4.8 Zoofilia ou Bestialismo (Ex 22.19;
Lv 18.23; 20.15, 16; Dt 27.21)
Perversão Sexual praticado com animais
4.9 Incesto
Prática sexual ilícita entre parentes
consangüíneos.
4.10 Pedofilia
Prática sexual entre maiores e menores
de idade; perversão imoralidade que violenta criança e o adolescente.
Conclusão:
O sexo foi criado pelo Senhor Deus
tendo como princípio primário a procriação e também para o prazer, entretanto,
o mundo e a mídia tem contribuído para o desvio e perversão da sexualidade.
Convém aos filhos de Deus, não se
conformarem com o mundo (Rm. 12), mas, apresentarem os vossos corpos em
Sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
“PERDER O ESPÍRITO DE REVERÊNCIA E
ADORAÇÃO A DEUS É O PRIMEIRO PASSO
PARA BAIXO NA ESPIRAL DA DEGRADAÇÃO
MORAL
5) O Deus da Aliança
Abomina o Divórcio
FAMÍLIA CRISTÃ
Resolvendo os conflitos a luz da
Palavra de Deus e não segundo o curso deste mundo Rm. 12.12
As diversas fases do casamento exigem
cuidados especiais e aconselhamentos direcionados. Entretanto, o mandamento
divino de “ todos.
DEUS ABOMINA O REPÚDIO – ML 2:14
O Senhor Deus fala através do profeta
Malaquias que Ele abomina o divórcio visto não ser este o caminho que Ele
estabeleceu no princípio
“Indissolúvel” entre o homem e
mulher.
a) Mt 19:4-6 – O Senhor Jesus reafirmou
a procedência divina do “casamento” e o colocou dentro da esfera da vontade
perfeita de Deus e não sujeito aos caprichos do homem
Por ser um princípio divino a
instituição “casamento” é supra cultural, não podendo a legislação humana
dissolver a legislação divina.
O termo grego para “dureza de coração é
“esclerokardia”, cujo significado abrange o egoísmo e a insensibilidade;
é o coração que endurecido e desgastado não enxerga o outro. É mina e contamina
o amor. Assim, sendo o divórcio não é vontade de Deus, mas, sim, uma condição
resultante do coração adoecido pela incredulidade.
b) Ef 5:23-25, 32 – A Palavra de Deus
toma o casamento como um símbolo da união perfeita de Cristo com a Igreja, onde
a submissão da mulher e o amor do marido no matrimônio se destacam como
alicerces firmes estabelecidos pelo Senhor Deus para uma união permanente e
feliz
“União Indissolúvel”
Que não pode ser dissolvido, dividido,
desmanchado... Sempre será aquilo... Não vai se separar
Gn 2.14-16 princípio, quando no jardim
do Éden instituiu o “Casamento é esclerokardia”, cujo significado abrange o
egoísmo e a insensibilidade; é o coração que endurecido e desgastado não
enxerga o outro
Os casamentos se destacam como
alicerces firmes estabelecidos pelo Senhor Deus para uma união permanente e
feliz.
“Beba das águas da sua cisterna, das
águas que brotam do seu próprio poço. Porque deixar que as suas fontes
transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam
exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte!
Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os
seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os
carinhos dela” (Provérbios 5.15-
19).
_ É preciso fazer um compromisso de
fidelidade mental
“Eles o protegerão da mulher imoral e
dos falsos elogios da mulher leviana. Não cobice em seu coração a sua beleza,
nem deixe seduzir por seus olhares, pois o preço de uma prostituta é um pedaço
de pão, mas a adúltera sai à caça de vidas preciosas. Pode alguém colocar fogo
no peito sem queimar a roupa? Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os
pés?” (Provérbios 6.24-28).
_ Quanto Tempo Deve Durar Um Casamento?
"Ora, a mulher casada está ligada
pela lei ao marido, enquanto ele vive" (Romanos 7:2). "A mulher está
ligada enquanto vive o marido" (1 Coríntios 7:39). A intenção de Deus é
que um esposo e uma esposa permaneçam casados até que a morte os separe. Deus
une esposo e esposa num só ser, e esta união é para ser permanente.
6) A Questão do Perdão Cl. 3.13
INTRODUÇÃO:
1) A Palavra de deus exorta em 1ª Tm.
6.17 a não depositar nossa esperança na instabilidade da
riqueza, mas em Deus que é a fonte de
“todo prazer e gozo” (Sl. 90.12-17).
2) A Palavra de Deus, porém, nos alerta
sobre a existência de um mal que rouba de nós a
capacidade de desfrutar do “legítimo
prazer e gozo”, e este mal se chama “amargura” (Hb.
12.15).
3) A “Amargura” pode começar com uma
raiz de pequena “mágoa”, na medida em que cresce vai se transformando em
“ressentimento”, que por sua vez, torna-se “amargura”.
4) Às vezes a “amargura” ferve,
transformando-se em “ódio”, que muitas vezes é manifesto através da
“indiferença e desdém”, que seria o “ódio congelado”. Neste caso, a raiz se
transformou em“tronco”.
5) À medida que o “ódio” instala em meu
coração, além de não poder experimentar o “prazer legítimo”. A vida fica uma
tortura porque se torna escravo da pessoa sobre quem recaiu o meu ódio.
6) Todos nós experimentamos ofensas –
um amigo infiel, um filho ingrato, uma palavra áspera, a Indiferença, uma
acusação falsa etc. – contudo, diante das ofensas devemos exercer uma escolha.
a) Podemos perdoar ou ficarmos
ressentidos. Amar ou Odair. Estabelecer relacionamentos ou retrairmos.
b) A primeira escolha leva-nos a
liberdade constante, uma vida de sinceridade e crescimento espiritual. A
segunda escolha leva-nos a uma vida de escravidão interior, a amargura.
A cura para a raiz de amargura é o
perdão. Perdoar não é fácil. Porém, em borá difícil, o perdão não é opcional
para o filho de Deus – (Mc. 11.25). É uma ordem e não fazê-lo traz
conseqüências desastrosas.
6.1) Perdão é uma Decisão Deliberada
que se Toma
a) Perdão não é “sentimento” ou
“esquecimento”; mas uma decisão de obedecer a uma ordem bíblica. Independente
do merecimento por parte do ofensor (Ef. 4.32; Lc. 17.3-10; Mt. 6.14,15; Cl.
3.13).
b) Perdão é uma “ordem dirigida a nossa
vontade e não as nossas emoções”. Já a amargura é fruto de um coração enfermo
que reivindica o direito de vingança que não lhe pertence.
c) Perdão é “fruto de um coração
submisso a Deus”, que olha a ofensa como oportunidade pra crescer, refletindo o
exemplo de Cristo para com o ofensor (Ef. 4.32).
6.2) Perdão é uma Decisão Unilateral
a) O ofensor “não precisa merecer o meu
perdão antes de eu conceder”. Se eu retiver o perdão, eu mesmo sofro as
conseqüências.
b) A amargura é uma doença de nossa
própria alma e “somos nós que sofremos em
conseqüência de sua devastação”.
c) “O perdão unilateral é concedido o
quanto antes, antes mesmo do ofensor saber do fato”. O perdão oficial é
concedido no momento em que o ofensor o pede, reconhecendo arrependido o seu
erro.
6.3) Perdão não é Esquecer a Ofensa é
Fazer uma Escolha
a) “É quase impossível esquecer
totalmente a ofensa”. Só Deus o faz (Jr. 31.34; Hb. 8.12 e 10.17).
Nós não conseguimos apagar de nossos
arquivos mentais alguns fatos indesejáveis ou
doloridos.
b) “Toda vez que a memória da ferida ou
da dor vier nos oprimir, precisamos dizer:
"perdoada”sobre a lembrança da
pessoa que nos ofendeu, até que Deus nos cure totalmente esta ferida (2ªCor.
2.7,8).
c) Concentre sua atenção não mais na
ofensa ou na dor que ela provocou, “mas em amar ativamente o ofensor e orar por
ele e investir em sua vida” (Rm. 12.20-21; Mt. 18.15-17; Gl. 6.1; 1ªCor. 13.1).
6.4) Perdão Produz Transformações
Saudáveis
a) “O perdão liberta-me das feridas do
passado”, ou seja, deixo de ser controlado por elas. Eu mudo, e o perdão
deixa-me livre no presente para também perdoar no futuro se for necessário (Lc.
17.1).
b) “Perdoar significa abrir Mao de um
direito que na verdade não é meu”. A Bíblia diz que a vingança pertence ao
Senhor. A falta de perdão nos impede de amar nossos inimigos (Rm. 12.19; Pv.
20.22).
c) “Dar e receber perdão é o maior
poder à nossa disposição para resolver conflitos hoje em dia”. É mostrar ao mundo
o caráter de Cristo (Rm. 12.21).
CONCLUSÃO
Ao contrário da raiz de amargura que
traz ferida e dor, o perdão verdadeiro liberta-me para:
a) Cultivar um coração disposto a
obedecer a Deus e a conquistar o ofensor (Mt. 18.15)
b) Cultivar um coração confiante na
fidelidade de Deus (1ªCor. 10.13; 13.4-8ª)
c) Cultivar um coração grato a Deus.
Deus tem propósitos mesmo nas ofensas (1ªTs. 5.18; Gn.50.20).
VII. O ALTAR DA FAMÍLIA
É possível levantar o itinerário das
peregrinações de Abraão se, tão-somente, visitarmos os lugares onde o patriarca
construiu os altares para sacrificar ao Senhor. Eis o que lemos em Gênesis:
"Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera. Passando
dali... edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor" (Gn
12.6-8).
O que podemos aprender com Abraão?
Embora fosse praticamente o único servo de Deus em toda a terra, resistiu ao
mundanismo e alcançou o título de pai dos fiéis (Rm 4.11,16). A resposta está
nos altares que ele construía para, juntamente com toda a sua casa, invocar o
nome do Senhor (Gn 18.19).
1) Algumas das Vantagens que a Família
Usufrui Quando, em Espírito e Verdade, Ergue-Se o Altar do Culto Doméstico
Todos os Dias:
a) Torna o ambiente familiar um lugar
agradável e enriquece a comunhão entre os membros da família;
b) Evita as desavenças e acaba com os
focos de desunião;
c) Leva os filhos a perseverarem em
seguir a Cristo, e determina o seu bem estar na eternidade;
d) Prepara-nos para render o melhor
serviço e a glorificar a Deus no trabalho diário, na escola, em casa, no
escritório, no comércio ou na fábrica;
e) Dá-nos força para enfrentar, com
coragem, todos os problemas e tentações da vida;
f) Cultiva uma vida de oração e
comunhão com Deus;
g) Faz-nos passar o dia na presença do
divino Amigo e Ajudador;
h) Aumenta a influência e a obra da
igreja no mundo inteiro;
i) Anima outros lares a seguirem o
mesmo exemplo;
j) Honra ao Pai celestial e manifesta
nossa gratidão por Sua misericórdia e bênção.
O segredo do culto doméstico está
justamente em sua direção. Deve ser dirigido por alguém que mantenha comunhão
com Deus, que estude a Bíblia e cujo objetivo seja o de levar toda a família a
fazer o mesmo.
IX. ADOLESCENTES
9.1) O Que é a Adolescência?
A adolescência deve ser encarada
normalmente, como as outras fases da vida: infância, juventude,
Maturidade e velhice. Em todas essas
etapas, enfrentamos mudanças com as quais nos devemos
Adaptar. É preciso entender a
adolescência como um processo normal do indivíduo em direção à
maturidade.
A peculiaridade dessa faixa etária é
que todas as transformações (físicas, emocionais, psíquicas,
sociais, intelectuais e espirituais)
acontecem ao mesmo tempo e rapidamente.
A duração é variável. Mas podemos
dividi-la em três etapas:
a) Pré-adolescência - 9 aos 12 anos;
b) Adolescência - 13 aos 16 anos;
c) Adolescência Final - 17 aos 20 anos.
É muito importante que o adolescente
saiba que o seu corpo pode chegar a parecer com o de um
adulto, mas os seus pensamentos e
comportamentos ainda não estão maduros como os de um
adulto. Daí a importância de sempre dar
ouvidos aos conselhos dos mais velhos. (Pv 6.20-23).
9.2) O Adolescente e as Crises.
a) A crise do espelho (Eu e eu mesmo).
b) A crise do “ninguém me ama” (Eu e os
outros).
c) A crise do “filho pródigo” (Eu e
Deus).
d) ... e muitas outras.
Essas transformações rápidas geram
muitas crises.
O importante é saber que Deus está
muito interessado em ajudá-los a crescer e amadurecer por meio das crises (Jo.
16.33).
O adolescente deve aproveitar as suas
crises para conhecer mais a Deus e se tornar mais parecido com Jesus Cristo.
Temos muitos exemplos na Bíblia de
pessoas que confiaram inteiramente no Senhor e cresceram no meio das crises
(José, Davi, Daniel, Rute, Ester, etc).
_ Tempo de crise é tempo de refletir
sobre a vida (Sl. 139.23-24);
_ Tempo de crise é tempo de Deus agir,
pois Ele tem um bom propósito para todos aqueles que o amam (Rm. 8.28);
_ Tempo de crise é tempo de vivenciar a
presença de Deus (Sl 23.4);
_ Tempo de crise é tempo de crescer (Jó
42.5).
9.3) O Adolescente e Sua Vida de
Compromisso com Deus.
_ Ninguém nasce crente (ou salvo)
a) É preciso receber Jesus como
salvador (Jo. 1.12);
b) Necessidade de Novo Nascimento (Jo.
3.3);
c) É preciso arrependimento pelos
pecados (At. 3.19);
d) Deus ama a todos. Jesus morreu por
todos > só é salvo o que crê (Jo. 3.16);
e) Salvação é pela fé (Ef 2.8-9);
f) Podemos ter certeza da nossa
salvação (Jo. 5.24).
_ No Salvo há Mudança de Vida
a) O molde correto – (II Co 5.17; Rm
12.1,2)
b) A base da remodelação - “Nova
Criatura”.
c) A motivação para moldar o caráter -
“não se conformar com este mundo”.
_ Oração
a) Desejo de Comunhão;
b) Desejo de Proximidade;
c) Desejo de Dependência do Senhor.
_ Palavra de Deus
a) Por meio do Salmo 119.9, 11, 105
b) A Bíblia como agente purificador;
c) A Bíblia como um preventivo (ex.:
vacina);
d) A Bíblia como o guia que nos indica
o caminho certo e nos desvia do caminho errado;
e) A promessa de bênção ao que lê e
pratica (Ap 1.3).
O Resultado feliz - Jo 10.10 - “A vida
abundante que Jesus deseja que vivamos”.
9.4) O Adolescente e a Questão da
Obediência.
(A obediência protege)
a) Obediência aos pais. (Ex 20.12; Cl
3.20; Ef 6.1 -3)
Honrar é respeitar. Pai e mãe devem ser
respeitados. Respeitá-los é uma forma de reconhecer que Deus os colocou na sua
vida como instrumento dEle.
_ Obedecer aos pais é um ato de:
a) Fidelidade a Deus;
b) Confiança no Senhor;
c) Submissão ao Pai celestial –
(Exemplo do Senhor Jesus - Lucas 2.51)
O adolescente quer mostrar que já têm
condições de fazer suas próprias escolhas.
Este é um momento de buscar autonomia,
de acertar e de errar, em que estão buscando chegar a Algumas conclusões sobre
a vida e suas decisões.
Os pais ajudam os adolescentes a
viverem este momento, quando conseguem deixar claro quais são os limites
estabelecidos:
a) Com relação a horários de chegada;
b) Com relação a gastos;
c) Com relação a tempo na internet;
d) Na TV (com relação a programas);
e) Com relação às amizades, etc.
Deus usa a família para trabalhar na
nossa vida. Ela é a “Academia de Deus” para exercitar nossa fé; moldar nosso
caráter e aperfeiçoar nosso espírito.
Obedeça. Respeite. Seja o exemplo. Ore!
(Cl 3.23-24).
9.5) O Adolescente e a Questão do
FICAR.
(I Co 6.12-20) SIM OU NÃO
O que Deus pensa?
Os propósitos de Deus para nossos
relacionamentos afetivos:
a. No amor - I Co 13.4-7;
b. Quanto ao nosso corpo;
1) I Co 6.12-13 - não é para impureza,
mas para o Senhor;
2) I Co 6.17-20 - somos templo do
Espírito Santo;
3) I Ts 4.3-4 - é para santificação.
c. Quanto à nossa mente - Fp 4.8-9.
À luz da Palavra de Deus, pode alguém
que ama a Jesus “ficar”?
Parabéns! Queridos adolescentes. Vocês
estão vivendo um período maravilhoso da vida de vocês.
Vamos olhar sempre para o Senhor que
nos resgatou, pois através de toda a Bíblia Ele chamou, treinou e acreditou em
adolescentes que, em muitos casos tornaram-se grandes exemplos para o Seu povo.
O Senhor não mudou e nós cremos que
deste grupo irão sair grandes “homens e mulheres” de Deus para a glória do
Senhor Jesus Cristo!
ATENÇÃO - Srs. PAIS
É dever dos pais amar a seus filhos e
dar a eles toda a atenção necessária, pois, uma das causas do namoro precoce,
entre adolescentes e jovens está exatamente na Carência afetiva. Adolescentes e
jovens tem reclamado cada vez mais a falta de amor por parte dos pais, o que
tem lhes proporcionado um empurrão à busca de Relacionamentos que preenchem o
espaço, que deve somente ser ocupado pelos pais.
X. UMA PALAVRA PARA OS JOVENS
1) Posso Namorar Alguém sem Jesus
a) Dúvida Cruel: “Ele é demais! Super
educado (a), atencioso (a), amigo(a) verdadeiro(a), tem um Ambiente familiar
ótimo! “Só tem um detalhe”; ele(a) não é de Jesus!!!”
b) Busca de alternativa por falta
alguém interessante na igreja em que se congrega!
c) Seguir o exemplo de pessoa que se
casou com não cristão e depois de algum tempo ele se Converteu???
Este não é um problema atual. Cada
geração o enfrenta e tem que se posicionar acerca da questão.
As tentativas para justificar um namoro
considerado pelas Escrituras como “jugo desigual”, são cada vez mais criativas.
Todavia, convém aos verdadeiros filhos de Deus buscarem em oração e na Palavra
de Deus as devidas orientações para uma escolha bem sucedida.
2) Cuidado com as Decisões do Coração
Todas as decisões que tomamos na vida
trazem suas “CONSEQUENCIAS”, sejam elas boas ou más. Se você pretende ter menos
dores de cabeça, “é bom pensar muito bem, antes de fazer as coisas que seu
CORAÇÃO lhe sugere”.
a) Leia com cuidado as seguintes
referências bíblicas: (Pv. 4.23; 16.1,2; Ec. 12.13,14).
b) Veja que o “sistema de valores”
entre o “não cristão” e o “Cristão” são diferentes, (Leia com atenção 2ªCor.
6.14-16).
3) O Pecado da violação do Padrão para
Intimidade física
Um aspecto a ser observado, num
relacionamento misto, é que a área física desenvolve-se bem depressa. As
carícias vão aumentando, aprofundando-se cada vez mais. A amizade, o
companheirismo, fica em segundo plano. A área espiritual é violada pela
manifestação da lascívia, imoralidade e fornicação.
Evitando o Pecado no Namoro:
a) Não cometa o pecado do “jugo
desigual” – fuja do namoro com descrentes (2ªCor. 6.14-16);
2 SOCEP. Sociedade Cristã Evangélica de
Publicações LTDA – Revista Educação Cristã: Cuidando das Coisas do Coração Vl.
02, 4ª Edição – 2004.
b) Busque servir e fazer a vontade de
Deus como prioridade em sua vida, enquanto, solteiro(a) (1ªCor. 7.32-38);
c) Busque namorar em idade madura,
suficiente par assumir responsabilidades;
d) Namore somente pessoas cristãs que
tenham testemunho de vida com Deus;
e) Evite intimidades, carícias,
imoralidades sexuais durante o namoro (1ªCor. 6.10, 12, 13, 15; 2ªCor. 12.21;
Gl. 5.16-24);
f) Fuja da lascívia – (gr. Aselgeia) =
sensualidade: é a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de
perder a vergonha e a decência (Mt. 5.32; 19.9; At. 15.20,29; 21.25; Ef. 5.3;
Cl. 3.5);
g) Seja sensível a presença e a voz do
Espírito Santo, pois, como cristãos devemos em tudo glorificar ao nosso Deus
(1ªJo. 3.1-8; 1ªPe. 4.1-4; 1ªCor. 6.20)
4) Aspectos importantes para um namoro
cristão.
a) Salvação - Ambos os jovens ou
adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem ter aceitado
a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador pessoal (João 3.16; Lucas
19.10; Romanos 10.9-10).
b) Maturidade física e Espiritual - Não
devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento
entre duas pessoas (Efésios 4.13; 1Coríntios 14.20).
c) Comunhão com Deus - Primeiramente
Deus deve estar sendo uma fonte de luz em sua vida, uma fonte de vigor
espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca será abençoado em qualquer
tipo de relacionamento (1ªJoão 1.6-7).
d) O rapaz inicia - Em nosso tempo
moderno é "comum" uma moça querer iniciar um namoro.
Mas isso fere o princípio bíblico.
Mesmo num namoro, o rapaz é o líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve
pedir à moça para namorar.
e) Permissão dos pais - Ambos os pais
dos pretendentes devem estar de acordo com o namoro.
Isso demonstra confiança e honra dos
filhos para com seus pais. Um namoro onde os pais não apóiam, geralmente
resulta em muitas dificuldades. Isso não significa que os pais são a autoridade
final no namoro, significa que estão querendo a bênção paterna para o
relacionamento.
f) Apoio do seu pastor - Isso é
importante e muitas vezes negligenciado pelos cristãos. O pastor de ambos deve
apoiar e dar sua bênção. Pode ser que pastor veja coisas que eles não estão
vendo e por isso é importante receber o apoio, o conselho deste servo de Deus.
g) Comunicação e visitas - Deve-se
procurar estabelecer um determinado ritmo nas visitas por parte do rapaz à casa
da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer uma boa comunicação entre
ambos.
h) Confiança dos pais - No decorrer do
namoro, deve procurar ganhar e manter a confiança dos pais. Verificar como é a
relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser sensível para qualquer
mudança.
5) Perigo da Licenciosidade no namoro
_ Mata a espiritualidade de ambos os
namorados.
_ Faz com que fiquem cegos para os
valores verdadeiros, as virtudes de cada um.
_ Faz com que abaixem os padrões da
moralidade.
_ Conduz para a realização do ato
sexual não permitido por Deus antes do casamento.
_ Conduz para depravação, destituição
da dignidade.
_ Conduz para o desenvolvimento de um
desejo de satisfação não natural.
_ Causa frustração e nervosidade.
_ Conduz para um casamento errado, com
a pessoa errada.
_ Conduz para contrair doenças.
_ Conduz ao desrespeito mútuo.
6) Se Meus Pais forem Contra o Namoro?
Muitos Adolescentes e jovens possuem
grande dificuldade em obedecerem a seus pais. Os pais geralmente detectam o
perigo com maior propriedade pelo fato de possuírem uma experiência de vida
madura.
6.1) Que diz a Bíblia Sobre a Relação
Pais e Filhos?
Os filhos em relação aos pais devem:
a) Honrá-los (Ex. 20.12; Ef. 6.2)
b) Obedêce-los (Ef. 6.1; Cl. 3.20)
c) Respeitá-los (Lv.19.3; Hb. 12.9)
Os Pais em relação aos filhos devem:
a) Ensinar (Dt. 6.6-7; Pv. 22.6)
b) Prover (2ªCor. 12.1b)
c) Criar com disciplina (1ªTm. 3.4; Pv.
23.13,14)
d) Corrigir (Pv. 19.18; Pv. 29.17)
e) Não provocá-los a ira (Ef. 6.4; Cl.
3.21)
(Efésios 6.1-3) Ensina o dever de
obedecer aos pais porque é justo e está na lei de Deus, tem haver com o
testemunho cristão.
THE END
SEMINÁRIO FAMILIA CRISTÃ - REFORÇO
PARTE II
A família sempre tem ocupado um lugar
central nos planos de Deus para esta terra. É pela família que Deus faz a Sua
obra de salvação, em primeiro lugar, usando a família de Abraão para trazer o
Salvador a este mundo e abençoar todas as famílias da terra (Gn 12:3; 18:18,19)
e, nesta dispensação da graça, para formar a Sua igreja. É notável em Atos como
as primeiras igrejas começaram pela conversão de famílias inteiras e lemos das
casas de Cloe, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das
casas de Lídia e do Carcereiro no início da obra da igreja em Filipos. Até
hoje, onde há duas ou três famílias salvas e de bom testemunho, não deve
demorar a formação de uma igreja local, mas onde não há famílias salvas é quase
impossível ver uma igreja estabelecida.
É um fato básico, mas importantíssimo,
que a condição espiritual duma igreja local depende da condição espiritual das
famílias que formam aquela igreja. Uma igreja é simplesmente uma família de
famílias e qualquer problema de família já é um problema da igreja local.
Satanás é o grande inimigo de Deus e da
Obra de Deus, e nestes últimos tempos tem procurado destruir a unidade básica
da família no mundo e também tem atacado muito o testemunho da igreja na terra
usando problemas de família. Todos nós reconhecemos que estes problemas estão
aumentando e que o amor de muitos está esfriando e que os salvos não são
isentos destes problemas. O Senhor nos tem deixado na Sua Palavra muitos exemplos,
advertências e ensinos para nos guiar. Os que têm praticado estes ensinos têm
provado o seu grande valor; os que têm negligenciado estes ensinos sofrem as
conseqüências desta desobediência.
Não nos sentimos capacitados de ensinar
outros sobre este assunto pessoal, mas temos uma preocupação que muitas igrejas
não estão reconhecendo a gravidade da situação e da necessidade de combater os
ataques satânicos que vem infiltrando a igreja do mundo pela mídia etc. Nossos
jovens enfrentam grande pressão nas escolas e faculdades para conformar com as
concupiscências do mundo e precisam entender o que Deus diz sobre este assunto.
Por estas razões, preparamos esta pequena série de estudos bíblicos para ajudar
principalmente a juventude cristã sobre este assunto e nossa oração é que sejam
usados pelo Senhor na edificação espiritual do Seu povo. Queremos reconhecer a
ajuda recebida nesta preparação pelos livrinhos "Série A FAMILIA"
pelo irmão John Grant,
O NAMORO
O homem sábio confessou que uma das
coisas que não conseguia entender era "o caminho do homem com uma
donzela"! (Pv 30:18,19). De fato, esta fase é um mistério, pois o
comportamento do casal, e principalmente do rapaz, muda completamente e os
outros notam esta diferença.
1) O NAMORO ERRADO DE SIQUEM E DINÁ:
(Gênesis 34).
Em Gênesis 34:8 lemos que a alma de
Siquém estava "enamorada" fortemente de Diná, filha de Jacó. Assim,
aprendemos que esta forte atração é da alma e por isto governa completamente os
seus pensamentos e comportamento. Como há dois tipos de fogo, há dois tipos de
namoro. Usamos o fogo controlado em casa cada dia, mas o fogo sem controle traz
destruição e desastre. O namoro controlado é útil em descobrir a vontade de
Deus para nossas vidas, mas se não houver controle, trará desastre.
Este exemplo de Siquém e Diná nos
ensina lições importantes no sentido de advertência, porque este
"namoro" foi sem controle e causou muita tristeza e sofrimento.
Notamos no v. 1 como Diná saiu para passear na cidade onde morava. Ela não
pensava em namorar, mas em "ver as filhas da terra". Parece que os
pais deram esta liberdade para a moça sem pensar naquilo que podia acontecer.
Hoje, no mundo, os jovens têm grande liberdade e os pais não procuram controlar
os passeios e amizades dos seus filhos, e então ficam surpreendidos quando vêm
os problemas. Pais salvos não devem imitar este erro e devem manter controle em
casa sobre os passeios dos seus filhos. Devemos saber onde estão e com quem,
marcar os horários de estar em casa e isto deve ser feito com explicação
bíblica e no espírito de amor. Os filhos devem reconhecer que tais regulamentos
são feitos para o seu bem, e devem obedecer a seus pais desta maneira ( Ef
6-.1-4).
Logo apareceu Siquém, um jovem rico e
da alta sociedade, mostrando muito interesse em Diná. Ela sabia que não era
permitido por Deus que Seu povo casasse com estrangeiros, mas Siquém era
"diferente"! Muitas moças são enganadas neste sentido, mas a Palavra
de Deus é clara e Ele sabe que o jugo desigual nunca produz um casamento feliz
e útil (2 Co 6:14.15). O propósito do namoro certo é para descobrir a vontade
de Deus sobre nosso casamento, e a Sua Palavra revela que o jugo desigual nunca
é a Sua vontade e que não há caso "diferente". Nem precisamos orar
sobre este assunto, e não devemos começar tal namoro. Se já estamos envolvidos
com descrente, devemos parar logo com o namoro. "Isto", pois com
certeza trará conseqüências desagradáveis mais tarde.
O namoro com Siquém logo saiu do
controle e caíram na prostituição (v.2) e o "passeio" de Diná trouxe
grande pecado e desastre. Embora os irmãos de Diná acusaram Siquém de ter
forçado a moça, é claro que ela estava de acordo com tudo que aconteceu, pois
estava com ele depois na sua casa (v,26). Notamos que, embora que Siquém, amou
a jovem e queria casar-se com ela, o seu pecado foi "uma loucura em Israel
...o que se não devia fazer" (v.7). O pecado de prostituição significa ter
relações sexuais antes do casamento, e mesmo se é com a mesma pessoa com quem
vamos casar-se depois, é grave pecado perante o Senhor e traz humilhação e
conseqüências tristes para o casal (1 Ts 4:3-8- Hb 13:4). O fato que o mundo
hoje considera estes relacionamentos como "normal", e até providencia
meios para que os jovens possam evitar ter filhos, pelo ato, não diminui a sua
gravidade perante Deus. O salvo que namora descrente está em grande perigo de
cometer imoralidade, porque há DUAS naturezas carnais, mas só UMA natureza
espiritual nesta amizade.
Vemos como Siquém ofereceu pagar dote
maior para casar com Diná (v. 12) e até estava disposto a aceitar a circuncisão
exigida pelos irmãos de Diná (v.24). Ele fingiu uma conversão ao judaísmo para
conseguir a moça em casamento, mas o seu motivo não era espiritual, mas
material, pois falou de como seu povo iria conseguir os bens de Israel caso
aceitasse esta maneira de casamento misto (v.23). Muitas moças salvas são
enganadas por moços que mostram interesse no Evangelho, e vem às reuniões e até
fazem uma "decisão" de ser crente. Neste caso, a moça quer acreditar
que ele é salvo mesmo, mas muitas vezes não é, pois só quer o casamento e
depois de conseguir logo revela que seu coração nunca foi regenerado. A moça
tem culpa neste caso, pois namorou o descrente quando era para deixar até que
houvesse provas claras de conversão real. O único motivo válido numa conversão
real é o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, mas
o coração é muito enganoso e "conversões" deste tipo geralmente não duram
muito tempo.
As conseqüências tristes deste
"namoro" errado de Diná são advertências suficientes para alguém
salvo, que está sendo tentado por Satanás a formar amizade íntima com
descrente. A única coisa certa é para deixar tal relacionamento errado e
esperar no Senhor.
2.O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rute
2).
Deus também nos deixou exemplos bons
neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou
sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós
usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo
fala hoje.
Rute já era viúva, mas ainda nova e sem
filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente
convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus,
solteiro, rico, que esperava no Senhor.
Rute precisava de marido, mas não
precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor
ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo
seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não
do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.
Boaz observou Rute e notou seu caráter
espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção,
sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da
paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não
agiu precipitadamente em razão de sua idade. Com tempo, a amizade desenvolveu e
o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O
amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e
felicidade.O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a
entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram
vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor". Foi um casamento
feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado
Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal
se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).
Este casal serve como exemplo para os
jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A
atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus
para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para
provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44). Uma maneira
de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de
emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos
saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não. Se tivermos
dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O
conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus
tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas
se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl.
32:8,10; 37:3,5).
O NOIVADO
As palavras "noivo" e
"noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais
"DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do
casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O
"desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e
somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida
com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).
O desposado começou com uma cerimônia
entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote",
foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os
noivos trocaram presentes. Em certos casos um contrato de trabalho manual foi
aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn
29:18-20). O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este
tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia
arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial.
Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do
desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo.
Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que
era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).
No dia do casamento oficial, os
convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado
pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da
noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos
iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete
que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por
sete dias (Juizes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).
Embora o desposado do oriente fosse
mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os
jovens salvos pensando em casamento.
1. O PROPÓSITO DO NOIVADO
Como o desposado dava um tempo para o
casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o
casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de
preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria
de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação
antes do dia do casamento.
Nunca devemos entrar nesta fase de
noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e
geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu
desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma
"aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de
casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.
Não podemos mencionar aqui todas as
preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a
ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e
a parte social para planejar.
Com certeza o casamento trará mudanças
e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai
morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova
família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida
conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24).
Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de
Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a
vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir
ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61). A nova morada deve estar perto de onde
o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor
(Hebreus 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são
membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar
para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.
2. A PUREZA DO NOIVADO (Mt 1:18-25)
Nos dias em que vivemos é necessário enfatizar
este aspecto, pois o mundo muitas vezes não espera o casamento. Os judeus eram
muito zelosos na pureza durante o desposado e o exemplo de José e Maria serve
bem para nós entendermos a vontade de Deus neste respeito. José ficou
preocupado com a gravidez de Maria e sabia que ele não era o responsável, pois
nunca tiveram relações. Suspeitando a infidelidade dela, José pensava em
desfazer o desposado de acordo com a lei, mas sendo ensinado pelo Senhor logo
aprendeu a verdade deste caso milagroso e eles casaram-se de acordo com a
Palavra do Senhor. Assim, Deus usou este casal puro para trazer Seu Amado Filho
ao mundo e Maria era virgem até depois do nascimento do Senhor Jesus Cristo.
Nunca devemos cair na tentação que
porque vamos casar brevemente podemos adiantar neste sentido. As relações
sexuais antes do casamento são prostituição que é proibida, e será julgada pelo
Senhor (1 Co 6:18-20; 7:9; 1 Ts 4:3,6; 1 Tm 4:12; Hb 13:4) e assim quem teme ao
Senhor nunca vai ceder a esta tentação. Por esta razão a duração do noivado não
deve ser mais que necessária para planejar o casamento e geralmente, como no
caso do judeu, um ano é suficiente, mas pode ser mais ou menos de acordo com as
circunstâncias pessoais do casal.
3. A PARÁBOLA DO NOIVADO (Ap 19:6-9)
Na Sua Palavra, Deus usa este estado
para descrever a situação presente entre Cristo e Sua Igreja. A igreja é
chamada a "NOIVA" do Senhor Jesus Cristo e as "BODAS do
CORDEIRO" acontecerão no céu logo depois do tribunal de Cristo. Isto é
muito precioso para os salvos e fala do amor verdadeiro que Cristo tem para
conosco e da Sua promessa de voltar para receber-nos e do Seu desejo ardente de
estar com a Sua igreja durante a eternidade. Também traz uma lembrança solene
sobre como devemos viver neste tempo enquanto esperamos aquele dia. A igreja
deve ser como uma "virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Co
11:2,3) e a mistura com o mundo é considerada como infidelidade ao Senhor (Tg
4:4,5).
Também como as noivas faziam durante o
desposado as suas próprias vestes para seu casamento, nós estamos agora na fase
de preparar o "linho finíssimo" que são "os atos de justiça dos
santos" que será a nossa recompensa e glória futura na manifestação de
Cristo com a Sua igreja (2 Co 5:9, 1 0; CI 3:4).
Esta solene comparação deve-nos ajudar
a manter a pureza e santidade que o Senhor quer de cada um dos Seus, e também
deve ajudar muito os jovens salvos a manter a pureza e santidade pessoal que
Deus quer durante o seu noivado.
O CASAMENTO
Muitos dos servos de Deus nas
Escrituras viviam vidas santas, felizes e úteis sem casar--se e ainda esta é a
vontade de Deus para muitos hoje. Contudo, muitos outros servos de Deus nas
Escrituras eram casados e esta é a vontade de Deus para muitos de nós. O
casamento é "digno de honra" (Hb 13:4), e em nada menos santo do que
o estado de solteiro. É importante que o jovem procure saber a vontade de Deus
neste sentido porque este é sem dúvida o assunto mais importante depois da
salvação da nossa alma. Embora que o casamento não existirá além desta vida (Mt
22:30), terá grande influência no nosso serviço para o Senhor durante esta
vida, e este serviço terá recompensa eterna no céu. Assim, é de grande
importância que o jovem salvo medite no que Deus diz sobre este assunto na Sua
Palavra.
O PRIMEIRO CASAMENTO:
A Bíblia é o "manual' do Criador
sobre este assunto e os muitos problemas que o mundo enfrenta neste sentido
hoje são as conseqüências da sua desobediência aos ensinos de Deus. Um
versículo chave neste assunto é Gn 2:24: "Portanto deixará o varão o seu
pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne ".
Estas palavras foram faladas por Deus na ocasião do primeiro casamento, logo
depois da formação da mulher e quando o assunto de casamento é mencionado na
Bíblia, Deus sempre volta para este princípio (Veja Mt 19:5; Mc10:7,8; 1 Co
6:16; Ef 5:31). Vamos observar alguns fatos importantes deste versículo:
A) Notamos, em primeiro lugar, que o
casamento não foi inventado pelo homem, também, não é um rito da igreja, mas
veio de Deus como parte da criação milhares de anos antes que houvesse igreja.
B) Deus falou aqui sobre os "pais”
do homem, mas Adão e Eva não tiveram pais humanos! Este fato mostra que Deus
estava instituindo princípios fundamentais para todos os casamentos e que estes
princípios estão em vigor para nós hoje.
C) O fato que o homem
"deixará" seus pais quando casar para "apegar-se à sua
mulher" mostra claramente que a união do casamento é mais íntima e durável
do que a união entre pais e filhos. Assim, a primeira responsabilidade dos
casados não é mais para com seus pais, mas para com sua esposa ou marido. O
casamento não produz uma família aumentada, mas uma nova família com sua
própria autoridade guiada por Deus. Às vezes os pais do casal não querem
reconhecer esta mudança de autoridade e procuram manter seus filhos casados em
casa, mas o casamento nesta situação não pode funcionar como Deus quer.
D) Deus está presente em todos os
casamentos como Testemunha, e Ele considera aquele pacto feito para a vida
inteira (Veja também Malaquias 2:14-16). Assim devemos entender que esta união
de ser “uma só carne" não pode ser desfeita por qualquer motivo, pois
somente a morte pode anulá-la (Rm 7:1-3). Este fato foi ilustrado claramente
pela maneira que Deus formou uma mulher da costela tirada do corpo do homem.
Adão reconheceu que Eva era parte dele e que era "sua mulher"
designada por Deus para a vida inteira. Ele viveu 930 anos, mas nunca lemos de
outra mulher na sua vida. As mudanças que vieram mais tarde, como bigamia (Gn 4),
poligamia (Gn 6), e divórcio (Dt 24) são desvios do plano de Deus para o homem
e a mulher.
AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO
DIFERENTES:
Notando agora o contexto de Gn 2:24,
vemos que havia diferenças nas responsabilidades do homem e da mulher desde a
criação. Antes da formação da mulher o homem já tinha sido colocado no jardim
para o lavrar e o guardar, e tinha recebido a ordem para não comer da árvore da
ciência do bem e do mal, e tinha dado nomes a todo o gado e às aves dos céus
(Gn 2:15-20). Isto mostra que Deus considera o homem como o responsável, ou
seja, "cabeça” do lar, e a mulher como sua "auxiliadora”. Um bom
exemplo disto é que mesmo que foi Eva que desobedeceu a Deus primeiro quando
comeu o fruto proibido, Deus chamou Adão primeiro para prestar contas porque
foi com ele que Deus tinha falado como o responsável pelo casal (Gn 3:6-9).
Do Novo Testamento aprendemos que
quanto à nossa posição espiritual em Cristo, "não há macho nem fêmea” (Gl.
3:28), mas quanto à ordem na família e no trabalho, há diferença na
responsabilidade e no trabalho. Em 1 Co 11:3, Paulo explica que o homem é
o"cabeça da mulher" como Deus é o cabeça de Cristo. Esta frase merece
mais consideração. Como é a união entre Deus e Cristo?
Não é baseada na superioridade do Pai e
na inferioridade do Filho, mas no amor perfeito entre Eles e na ordem
necessária em efetuar o plano da redenção. Era necessário um sacrifício
perfeito e Cristo voluntariamente fez esta parte. Ele foi "enviado"
pelo Pai, mas também Ele "veio" espontaneamente. Assim, no casamento,
não há parte superior que manda, há um só propósito em fazer a vontade de Deus,
mas para efetuar este propósito há responsabilidades e trabalhos
diferentes.
O “unissex" do mundo procura
desfazer esta ordem divina e somente traz confusão para a família. O resultado
é que mais que a metade dos casamentos do mundo terminam em divórcio hoje
trazendo incalculável sofrimento desnecessário.
Do novo Testamento também aprendemos
que a responsabilidade principal da mulher no casamento é: "Vós mulheres,
sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” e o exemplo dado disso é a
submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo como Cabeça (Ef 5:22-24). Pedro
explica que esta ainda é a responsabilidade da esposa mesmo quando seu marido
for descrente (1 Pe 3: 1), mas esta submissão é "como ao Senhor” e assim
será sempre dentro dos limites da Palavra de Deus (At 4:19).
A responsabilidade principal do marido
é em amar a sua esposa como seu próprio corpo (Ef 5:25-28). A palavra
"amar" aqui é ilustrada pelo amor de Cristo para com Sua igreja
quando se entregou por ela. É o amor imerecido que não procura nada, mas que dá
tudo. É o amor que não procura seus próprios interesses, mas o bem da pessoa
amada. É o amor que nunca falha (1 Co 13:4-8). Não será muito dificel para a
esposa submeter-se ao marido que cuida dela como Cristo cuida da Sua igreja!
Na maneira que os dois cumprem estas
responsabilidades diferentes, o seu casamento será abençoado por Deus e a sua
união crescerá em maturidade e felicidade.As falhas nestas responsabilidades
trarão problemas para o casal no seu casamento e no seu serviço espiritual.
A PARTE FÍSICA:
Quanto ao lado físico, Deus também
criou esta parte do casamento para o bem da família e da Sua Obra na terra,
Notamos que a ordem divina para o primeiro casal "multiplicar-se" foi
dada antes que o pecado entrasse no mundo (Gn 1:27,28). As relações conjugais
dentro do contexto do casamento como expressão do verdadeiro amor, são
aprovadas por Deus (Heb. 13:4) e consideradas como parte necessária para o bem
estar do casal, para evitar a impureza (1 Co 7:2-5), e para a produção de
filhos que futuramente servirão ao Senhor neste mundo (Gn: 18:18,19; Js 24,15,
Sl 127:3-5).
Estes princípios divinos foram dados
para a felicidade e utilidade do casal e o segredo dum casamento feliz é a
obediência total a estas coisas. Satanás sabe o valor da família na Obra de Deus
e tem substituído estes princípios com a sabedoria humana que até nega a
existência do Criador e rejeita a Sua Palavra. Esta desobediência traz as
conseqüências tristes que vemos nas famílias no mundo hoje.
Os jovens salvos contemplando o
casamento e lendo estas coisas não devem exclamar como os discípulos
exclamaram: "Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não
convém casar" (Mt 19:10)! O casamento é bom. "O que acha uma esposa
acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Prov. 18:22).Contudo,
precisamos entender o que é o casamento e procurar entender qual a vontade do
Senhor para nossa vida e esperar no Senhor até que possamos dizer com
convicção, "isto procede do Senhor" (Gn 24:50). Mesmo obedecendo ao
Senhor, haverá dias de “sol” e dias de "chuva” para o casal, mas a firme
convicção que estamos fazendo a Sua vontade, nos dará a paz de Deus em qualquer
circunstância.
FILHOS
Continuando na seqüência dos estudos
sobre a família cristã, chegamos a um assunto que pode ser comparado como dar e
receber uma injeção. Ninguém gosta de aplica-la ou recebê-la, mas todos
concordam que a disciplina das crianças é necessária!
Em primeiro lugar seria bom lembrar que
nem todos os casamentos produzem filhos, e muitos bons casais nas Escrituras tiveram
problemas neste sentido, como Abrão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Raquel,
Elcana e Ana, Zacarias e Isabel. Contudo, estamos pensando no caso comum de
casais salvos que têm filhos para criar, onde o ensino deixado por Deus sobre
este assunto é muito importante para Sua Obra.
1. LIÇÕES DO ANTIGO ESTAMENTO
Este assunto não é exclusivo dos nossos
dias, pois o coração da criança não tem mudado desde que Caim nasceu, e seria
útil lembrar alguns exemplos e ensinos do Antigo Testamento.
Achamos exemplos de pais que criaram
bem seus filhos, como Abraão (Gen 18:18, 19) e Jó (Jó 1) etc. Também Deus tem
nos deixado advertências aos pais que não criaram bem seus filhos, com
conseqüências tristes nas suas vidas, como Ló - (Gn 19) e Eli (1 Sm 2-4) etc.
Os judeus levavam muito a sério este
assunto, e um filho rebelde que trazia vergonha para seus pais podia ser
condenado à morte (Dt 21:18-21). As crianças pequenas ficavam sob os cuidados
da mãe, mas quando possível os meninos acompanhavam seus pais ao trabalho, onde
aprendia deles no campo, na carpintaria, como pastores de ovelhas etc.,
enquanto as meninas aprendiam em casa com suas mães na cozinha,na horta, na
costura etc. Assim, cada um tinha sua profissão e trabalho, e desde pequeno
contribuía para o serviço da casa. Havia também tempo de brincar com brinquedos
simples feitos de madeira, palha; outras vezes as crianças brincavam nas praças
imitando seus pais em fazer "casamentos", "sepultamentos",
etc., ( Mt 11:16,17).
Uma parte especial neste treinamento
era a educação espiritual das crianças (Dt 6:6), onde a Palavra de Deus era
ensinada pelos pais e decorada pelos filhos em casa e na escola. Além disto,
havia ocasiões durante o ano quando a família viajava para reunir-se em
adoração e para ouvir a Palavra de Deus lida e explicada na Casa de Deus ( Dt
16:11; 1 Sm 1:3,4; Ne 8:2,3).
Talvez o livro que trata mais do
assunto de disciplina das crianças seja o livro de Provérbios, que foi escrito
por Salomão, pensando especialmente nos seus filhos (1:4,8,10, 15, 4.l, etc.).
Apesar das grandes mudanças tanto na
sociedade como na cultura em nossos dias, tais ensinos são válidos para nós, e
os que os seguem têm provado seu grande valor. Infelizmente, o mundo os tem
desprezado, resultando em rebelião e mau comportamento por muitos jovens.
Salomão era pai de muitos filhos e foi
usado por Deus para escrever bastante sobre a disciplina das crianças.
Antes de meditar nestas Escrituras,
devemos entender que a palavra "disciplina" significa "colocar
os pensamentos em ordem". A criança que pensa certo agirá na maneira
certa. Isto nos mostra que uma parte importante deste processo é o ensino
positivo pela qual a criança pode saber por que deve agir na maneira indicada
pelos pais. Também há o lado negativo da disciplina que é a correção
administrada no caso de desobedecer ao ensino dos pais. Uma ilustração destes
dois lados é o processo de limpar o terreno e de plantar a semente, que mais
tarde produzirá o fruto útil. Só limpar sem plantar não é suficiente, e só
corrigir sem ensinar não é disciplina.
2. PERGUNTAS E RESPOSTAS
Podemos fazer quatro perguntas sobre a
disciplina das crianças e procurar as respostas na Palavra de Deus, começando
com o livro de Provérbios, e progredindo para o Novo Testamento.
A) POR QUE DISCIPLINAR?
Em primeiro lugar é prova do amor dos
pais, pois "o que retém a vara aborrece a seu filho (Pv 13:24). Muitos
pais não entendem esta verdade porque não sabem como usar a vara.
Em Prov. 22:15, Salomão explica que
cada criança nasce com um problema no seu coração que ele chama de
"estultícia", ou seja, "tolice". Em outras palavras, cada
criança nasce uma pecadora com a tendência de desobedecer aos seus pais. Davi
reconheceu este fato em Salmo 51:5, e todos os pais têm provas desta verdade,
pois geralmente a criança não demora muitos meses para começar a exigir sua
própria vontade, e mesmo antes de saber falar, já sabe como adquirir o que
quer! A disciplina é o caminho ordenado por Deus para endireitar esta
tendência.
Em Prov.23:13,14, Salomão procede a
mostrar que este assunto é importantíssimo e terá influência sobre a salvação
da criança mais tarde. A razão por isto é que a criança que aprende cedo a
respeitar seus pais, mais tarde respeitará outra autoridade, como a lei do país
e a Palavra de Deus. Assim, evitará o caminho, o caminho largo e obedecerá ao
Evangelho. Sempre há exceções a esta regra, mas geralmente a criança bem disciplinada
não apartará dos bons caminhos aprendidos e é salvo ainda jovem (Prov. 22:6).
Em Prov. 29:15,17, aprendemos que todo
o que dá ouvidos a este ensino terá prazer em seus filhos mais tarde, mas quem
não obedece terá tristeza e vergonha.
B) QUANDO COMEÇAR A DISCIPLINAR?
Muitos pensam que uma criança de um ano
não sabe nada e por isto não precisa de disciplina, mas isto está longe da
verdade. Em Prov. 13:24, Salomão nos ensina que a disciplina deve começar CEDO,
isto é, quando começa a aparecer a estultícia. As crianças são diferentes, mas
geralmente dentro de poucos meses precisam de correção em aprender que não
receberão tudo que querem quando é contra a vontade dos pais. As crianças têm
de aprender cedo ceder à vontade dos pais.
Chegará o tempo quando a vara é
necessária por causa da desobediência. Em Prov. 19:18, Salomão mostra que há
prazo para este processo "enquanto há esperança'. Alguém comparou este
prazo com o "cimento novo" que pode ser moldado apenas durante um
certo tempo, mas não depois. Os primeiros cinco anos são de grande valor neste
sentido. Vemos exemplos de crianças bem criadas desde cedo em Moisés, Samuel e
Timoteo, que mais tarde tornaram-se homens de Deus.
C) COMO DISCIPLINAR?
Salomão também nos ajuda aqui e em
Prov. 19:18 lemos que o uso da vara é sempre com controle e não com raiva e
violência. As falhas aqui têm provocado mudanças nas leis protegendo a criança
dos abusos, mas infelizmente estas leis têm ignorado a Palavra de Deus que
recomenda o uso controlado da vara. Sempre neste caso devemos obedecer a Deus
(At 4:19). O uso da vara é com amor, explicação e nunca como expressão de
vingança.
A criança deve saber que está recebendo
a vara, não simplesmente porque desagradou aos pais, mas porque se continuar
naquele caminho haverá grande prejuízo, e é isto que os pais não querem porque
amam seu filho. Este tratamento tem de ser pontual e com firmeza para deixar
uma lembrança que servirá na próxima vez que vem a tentação. Se não houve
mudança no comportamento a "disciplina" falhou. Foi nisto que Eli
falhou e a sua "disciplina" não prestou.
Desobediência não deve ser tolerada e
crianças bem disciplinadas nunca dizem "não" aos seus pais e vêm
imediatamente quando chamadas. Embora Salomão menciona muito a vara, não é
somente com a vara que podemos disciplinar nossos filhos e às vezes perdendo um
privilégio ou prazer esperado será mais eficiente em evitar a repetição do
erro. Não será necessário usar muito a vara se for aplicada na maneira certa, e
só uma palavra, ou até um olhar, deve corrigir o comportamento errado do filho,
pois bem sabe o que vai receber se continuar.
Passando para o Novo Testamento, em
Efes. 6:4, lemos "Pais não provoqueis vossos filho". Às vezes criamos
rebelião em nossos filhos sem saber. Nunca devemos contar mentiras à criança
como "o bicho te pegará" etc., pois logo ela descobre que o
"bicho" não chega, e que os pais falam mentiras. Ameaçando sempre que
"você vai apanhar", mas nunca "apanhando", é sem valor como
disciplina.
Também, devemos evitar críticas
destrutivas e públicas que humilham as crianças, e as fazem mais rebeldes.
Parcialidade entre filhos produz rebeldia e problemas mais tarde, como vemos
nos filhos de Jacó, porque ele amava José mais que os outros, e deu-lhe
presentes especiais. Também, exigindo coisas desnecessárias, só para mostrar
nossa autoridade na presença de outros, produz falta de respeito nas crianças,
como vemos no caso de Saul com Jônatas (I Sam.14:28 a 30).
Devemos sempre lembrar que a criança
fará comparações com o que nós falamos e o que fazemos, e qualquer diferença
anulará o valor da nossa palavra. O exemplo dos pais vale mais do que suas
palavras. Mesmo Salomão escrevendo bons conselhos para seu filho, Roboão, no
Livro de Provérbios, ele nem sempre deixou um bom exemplo, pois Roboão percebeu
esta diferença e não obedeceu os bons ensinos do seu pai.
Efésios 6:4 apresenta o lado positivo
na disciplina: "mas críaí-os na disciplina e na admoestação do
Senhor". Isto mostra o valor de ensinar a Palavra do Senhor em casa com a
família desde cedo. As crianças gostam de ouvir a Palavra e logo entendem os
ensinos do Senhor que mostram os perigos do pecado e o valor da obediência ao
Senhor. Também é necessário ensinar-lhes em casa a ficar quietas durante o
estudo da Bíblia, e assim o "culto doméstico" servirá para
treinamento nas reuniões da igreja. Sempre haverá necessidade de lembra-las
antes de sair para a reunião por que devemos ficar sentados e em silêncio na
casa de oração.
Silêncio é necessário para que todos
possam se concentrar na Palavra de Deus, oração, adoração etc., porque Satanás
quer tirar a boa semente (Lc.8:12) e interromper a atenção dos ouvintes, e
desta forma usar nosso filhinho nisto! Também o silêncio ajuda o pregador a
concentrar-se na sua mensagem (At 13:16; 21:40) e denota reverência ao Senhor
que está presente no meio (Mt 18:20; Hb-12: 28). Outra coisa que os pais devem
ensinar em casa é o respeito pela propriedade dos outros, e não deixar seus
filhos subtrair objetos nas casas, lojas, carros etc.. Isto treinará a criança
para mais tarde evitar a tentação de levar as coisinhas de outros na escola, e
assim não será ladrão mais tarde.
D) QUEM DISCIPLINA?
É notável que o pai é sempre mencionado
como o responsável neste sentido (veja Ef 6:4; Colos. 3:21; Hb 12:7,9). Por
exemplo, a palavra "pais" em Ef 6:1, inclui pai e mãe, mas
"pais" em 6:4 é masculina (o pai mesmo). Como "cabeça" do
lar (I Cor. 11:3; Ef 5: 23) é ele quem deve administrar a disciplina em casa.
No caso onde o pai não pode estar presente, talvez por motivo de viagem, ou
porque está doente, a mãe terá de fazer esta parte sozinha. O casal trabalha
junto neste assunto e deve estar de acordo sobre o padrão usado. Qualquer
diferença entre eles deve ser resolvida fora da presença dos filhos, e se, por
necessidade na ausência do pai, a mãe disciplina, será como o pai faria. Os
pais muitas vezes não fazem a sua responsabilidade, e não há acordo entre os
pais. Às vezes, por causa da morte do pai, ou mãe, é necessário que a criança
seja criada por outros, mas isto deve somente ser permitido no caso onde não há
alternativa. O costume moderno de dar filhinhos para livrar seus pais solteiros
das suas responsabilidades é causa de aumento de pecado e tras grandes
problemas na vida destas crianças mais tarde.
3. O EXEMPLO DE DEUS (Heb. 12:7-11)
Em terminar, notamos o exemplo neste
assunto que Deus nosso Pai deixou. Ele disciplina TODOS seus filhos sem
parcialidade porque Ele os ama e quer o seu eterno bem. Seu objetivo é que
sejamos mais como Ele é e Ele é o EXEMPLO de santidade que Ele exige dos Seus
filhos. Também, Ele nunca evita a disciplina porque trás tristeza na hora, mas
Ele olha mais para frente e quer fruto e alegria permanente na Sua família. É
assim que devemos pensar e agir na disciplina dos nossos filhos.
PROBLEMAS NO CASAMENTO
Seria bom se não tivesse necessidade
para pensar neste aspecto do casamento, mas o fato é que hoje existem muitos
problemas de casamento e os salvos nem sempre escapam. Lendo no Antigo
Testamento vemos que não é uma coisa nova porque muitos dos grandes servos de
Deus enfrentaram problemas nas suas famílias também. Contudo, estes problemas
estão crescendo rapidamente e no mundo hoje mais ou menos a metade daqueles que
se casam pensando em ficar juntos até a morte, logo descobrem que são
"incompatíveis" e que não podem viver mais um dia juntos! Mesmo em
muitos casamentos dos salvos, onde o divórcio não é aceito, existem problemas,
muitas vezes bem escondidos, que impedem a comunhão no lar e o serviço ao
Senhor.
Sem dúvida estes problemas não são a
vontade do Senhor, e queremos examinar agora a raiz donde vêm para que, mesmo
se não temos problema matrimonial agora, podemos estar prevenidos e preparados.
"Prevenir é melhor do que remediar". Uma coisa é certa, Satanás, o
"leão que ruge", bem sabe o valor dum casal unido no trabalho de
Deus, e procura "devorar" esta unidade espiritual para que o casal
não trabalhe mais juntos no serviço de Deus.
Antes de continuar com o casal de
salvos, devemos relembrar que o jugo desigual com certeza trará problemas
sérios neste sentido. Sansão desobedeceu à Palavra de Deus e o conselho dos
pais neste sentido e casou com a mulher incrédula porque "agradou os seus
olhos". Não demorou que apareceram problemas sérios e separação neste
casamento (Juizes 14). O salvo que se casa com descrente está desobedecendo o
Senhor e colherá as conseqüências doloridas desta desobediência (2 Co 6:14-18).
APANHANDO AS "RAPOSINHAS"
Pensando agora no caso de cônjuges
salvos, logo passa a "lua de mel" e o casal enfrenta a realidade da
vida juntos e logo descobre que o casamento traz grandes responsabilidades e
bastante trabalho. Provavelmente começam a perguntar a si mesmos porque corri
tanto para casar?
O livro de Cantares de Salomão era
usado muito nos casamentos dos judeus porque nele nós achamos as palavras dum
novo casal no seu "primeiro amor". As palavras repetidas pela esposa:
"O meu amado é meu, e eu sou dele" (2:16; 6:3; 7:10) expressam a
alegria e contentamento daquele casal e muitas vezes são aplicadas em ilustrar
a alegria da igreja no Senhor Jesus Cristo. Contudo, devemos lembrar que o
assunto deste livro é as experiências dum casal recém-casado, e podemos
aprender deles nestas experiências.
Evidentemente a moça trabalhava no
campo dos seus pais perto de onde o rei Salomão também tinha seu rebanho. Assim
encontraram e começou a amizade que levou ao seu casamento feliz que produziu
este cântico de Salomão. Em 2:15 lemos algo surpreendente quando ela disse que
as "raposinhas" estavam estragando as suas "vinhas". Um dos
problemas sérios para quem produzia vinho naquele país era que as raposinhas no
campo faziam cair as flores antes que as uvas formassem, assim destruindo qualquer
esperança duma boa colheita, e conseqüentemente, da produção do precioso vinho.
Neste contexto, e lembrando que na Escritura o vinho é figura da "alegria
verdadeira" (Salmo 104:15 etc.),este versículo indica que ela percebia que
a primeira alegria do casal já estava sendo ameaçado por coisinhas que poderiam
trazer grande prejuízo mais tarde. Assim, vemos a preocupação dela para apanhar
aquelas "raposínhas" o mais cedo possível.
Queremos agora identificar seis das
"raposinhas" que aparecem muitas vezes no casamento e que devem ser
apanhados cedo. Já temos notado no último estudo sobre as responsabilidades
diferentes do casal no casamento e assim sabemos que a insubmissão da mulher e
a falta do amor verdadeiro do marido são as duas coisas principais que trazem
problemas no casamento. Contudo, há outras coisas que trazem problemas, se não
apanhadas cedo.
1. A FALTA DE CONSIDERAÇÃO (1 Pe 3:7)
Esta "raposinha"
provavelmente é causada mais pela falta do amor do marido quando ele esquece da
sua responsabilidade em cuidar bem da sua esposa. No começo geralmente há
bastante consideração um para com o outro e o marido procura ajudar sua esposa
nos trabalhos mais pesados. Com tempo, e especialmente quando vêm as crianças,
o trabalho em casa aumenta muito, mas ele às vezes esquece disto e dá menos
ajuda para ela. Seu trabalho, amigos, etc. ocupam muito do seu tempo e ela
sente-se "escravizada". Maridos que viajam muito no seu trabalho
precisam comunicar freqüentemente e dar toda a assistência possível.
Também, algumas esposas às vezes
mostram falta de consideração para seus maridos e exigem muita atenção. Vemos
um exemplo disto em Ct 5:2-6 quando a esposa recusou a levantar-se para abrir a
porta da casa quando o marido chegou tarde do seu trabalho.Depois, ela
arrependeu-se quando descobriu que ele já tinha ido embora.
2. A FALTA DE COMUNICAÇÃO (Mt 18:15)
Muitas vezes o casal não se expressa
bem sobre as coisinhas que acham ofensivas. Naturalmente haverá diferenças de
opinião e de gosto, pois a criação dos dois era diferente. Há a tendência de
comparar um e outro com seus pais e reclamar porque a esposa não sabe cozinhar
como sua mãe, etc. Coisinhas que consideramos "engraçadas" quando
namorados, podem tornar-se 'insuportáveis" no casamento. Nestes casos é
necessário que o casal converse francamente, e não falar para outras pessoas ou
parentes sobre estes problemas. Se não comunicarmos, a "pressão" aumenta
e haverá "explosão" feia. Mesmo neste caso, não devemos guardar
amargura, mas logo fazer as pazes e pedir desculpas (Ef 4:26).
3. A FALTA DE CONTENTAMENTO (1 Tm 6:6;
Hb 13:5)
No começo, o casal não procura grandes
coisas e f ica contente com coisas simples achando todo seu prazer na pessoa
amada. Contudo, com tempo há a tendência de começar a observar o que outros têm
e desejar ser mais como eles. Com isto vem a tentação a comprar "sem
dinheiro" para pagar mais tarde. Dívidas são "raposinhas" perigosas
no casamento e devem ser evitadas (Rm 13:8) porque se não pudermos pagar a
parcela no tempo marcado, vem a vergonha e muitas vezes a esposa sente que deve
estudar de noite e trabalhar de dia para ajudar o marido financeiramente. Se
tiver criancinhas, esta separação da mãe traz prejuízo porque os filhinhos são
criados por outros e, muitas vezes, por pessoas descrentes que mostram um
exemplo ruim.
4. A FALTA DE CONSAGRAÇÃO (Rm 12:2)
O casamento traz uma nova liberdade
para o casal porque está livre da autoridade dos pais e pode escolher usar
coisas do mundo que talvez seus pais não usaram. Se conformarmos com o mundo e
aceitarmos as suas coisas em casa, o crescimento e utilidade espiritual do
casal sofrerão, gastaremos muito tempo sem edificação e haverá mais tentação
para imitar aquilo que o mundo faz (1 Jo 2:15-17). O nível baixo da família
apresentado pelas novelas e filmes é "veneno" para o casamento e para
a família.
5. A FALTA DE CONFIANÇA (Gal. 5:20)
Uma das obras da carne que se manifesta
às vezes no casamento é "ciúmes". A pessoa sente-se ofendida, ou
traída, porque suspeita que há infidelidade, mesmo quando o cônjuge apenas fala
com outras pessoas. Precisamos entender que no trabalho do lar, e fora dele, há
necessidade de intercâmbio social, e que, dentro dos limites da santidade
bíblica,isto não indica infidelidade ou impureza. Satanás é mestre em acusar
falsamente para separar famílias e acusações sem provas não devem ser ouvidas
seriamente.
6. A FALTA DE CASTIDADE (1 Co 7:5)
Um aspecto do casamento é que traz uma
proteção contra a impureza sexual. Se os problemas menores não são tratados
cedo, haverá uma separação no lado físico do casamento. Neste caso Satanás
procura tentar à impureza, e infelizmente, o salvo também pode cair nesta
armadilha, como aconteceu com Davi. Por isto, disse Paulo, as relações normais
somente devem ser cortadas com "mútuo consentimento" e,por pouco
tempo por causa de necessidades espirituais, mas nunca como forma de vingança.
Se acontecer a infidelidade, antes de
julgar quem caiu e pensar em separação, a pessoa traída deve procurar examinar
se não houve falta nos dois lados antes que aquilo aconteceu. Onde houve
falhas, há necessidade do arrependimento genuíno (que deixa o pecado), e do
perdão completo (que procuraesquecer da ofensa) (Pv 28- 13 ;Ef 4:31,32; Hb 10:
17).
SERÁ QUE HÁ SOLUÇÃO?
Muitos casais, achando que não há
solução para seus problemas matrimoniais, e ouvindo conselhos errados, chegam
ao ponto de pensar numa separação. Contudo, esta nunca é a solução. O que é
impossível para nós é possível para Deus, mas há condições.
Em João 2:1-11, vemos um casamento que
começou com problema - faltou o vinho, e a alegria acabou logo. O que fazer?
Felizmente o Senhor Jesus tinha sido convidado e Ele fez o que era impossível
aos homens. Notamos o bom conselho de Maria naquela ocasião: "Fazei tudo o
que ele vos disser". Observamos também que Ele não fez a parte deles
quando mandou que enchessem os potes grandes com água e que levassem ao
mestre-sala. Contudo, QUANDO OBEDECERAM TOTALMENTE a Sua ordem, Ele fez o que
eles não puderam fazer- transformou a água em vinho, e foi o melhor vinho do
casamento! Votou a alegria completa no casamento.
Não existe casamento sem problema, mas
não existe problema sem solução. Todos os problemas de casamento têm sua raiz
na desobediência à Palavra do Senhor. A solução é em reconhecer CEDO estas
falhas e voltar humildemente para onde deixamos o caminho do Senhor. Fazendo
isto, embora que levará tempo, o casamento melhorará e não piorará.
Reconhecemos que não é fácil restaurar a flor que as raposas tem feito cair,
mas outra flor pode crescer no lugar daquela, pois a raiz ainda vive, e
enquanto há vida, há esperança. Se tivermos perdido uma colheita, não é motivo
de arrancar a vinha que produzia tanta alegria. Com paciência, haverá outra
colheita, e pode ser a maior.
O DIVÓRCIO
Antes de considerar os ensinos Bíblicos
sobre o divórcio, seria bom lembrar algumas coisas em geral sobre a
interpretação das Escrituras que têm influência sobre este assunto. A
interpretação correta terá o apoio de toda a Escritura, mas nem sempre será
como nós pensamos ou sentimos (2 Pedro 1:20). Também temos de manejar bem a
Palavra, lembrando que há diferença entre Israel e a igreja (I Cor. 10:32 e II
Tim. 2:15) e que não acharemos a doutrina para a igreja no Antigo Testamento,
nem nos Evangelhos, mas nas cartas dos apóstolos (At 2:42). Trechos nos
evangelhos, que não achamos nas cartas, muitas vezes são dirigidos ao povo de
Israel, e não à igreja. Por exemplo, Mateus 24 revela o futuro dos judeus no
tempo da tribulação que é muito diferente do futuro da igreja, revelado em I
Tes 4:13-18. Veremos a importância destas coisas durante a meditação sobre o
divórcio.
1. DIVORCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
A) Deut 24:1-4: O divórcio não apareceu
até os dias de Moisés, mais ou menos três mil anos depois do primeiro
casamento. Os desvios do plano divino (de um homem com uma mulher para a vida
inteira, vieram em etapas, primeiro a bigamia (Gen. 4), depois a poligamia
(Gen. 6), e por fim o divórcio (Deut.24).Moisés não "ordenou" o
divórcio, mas o "permitiu" por causa da dureza dos corações daquele
povo que queria deixar suas esposas e casar com outras (Mat.19:7,8). Notamos
também que somente os homens receberam esta permissão pela lei, e somente no
caso de "coisa feia" descoberta na esposa. Havia muitas opiniões
entre os judeus sobre estas "coisas feias" e alguns divorciavam
simplesmente porque sua esposa não cozinhava como eles queriam. Evidentemente
as "coisas feias" não incluíam o adultério, pois este pecado foi
julgado com a morte (Deut. 22:22).
B) Malaquias 2:15,16: Os abusos desta
lei aumentaram com tempo e no fim do Antiqo Testamento o Senhor condenou a
infidelidade dos maridos às suas mulheres e disse que Ele "odeia o
divórcio". Esta afirmação, sem qualquer exceção, ensina-nos como Deus
ainda pensa sobre o divórcio nos dias de desvios em que vivemos. O fato que Ele
permitiu divórcio na lei não indica que é a Sua vontade, como também o fato que
ele permitiu o rei Saul em Israel não indicou que esta foi a Sua vontade. Deus
respeita a vontade do homem e não impedirá seus desejos errados, mas avisa que
haverá conseqüências dolorosas por causa deste desvio da vontade de Deus.
2. DIVORCIO NOS EVANGELHOS
A) Mateus 5:31, 32: Aqui Cristo citou
Deut. 24:1 e as palavras "Eu, porém, vos digo", usadas várias vezes
neste capítulo, mostram que a nova aliança exige uma santidade maior do que a
lei de Moisés. Notamos também que aqui o divórcio é permitido somente para o
homem, e apenas no caso da prostituição da mulher (Mat. 5:32 -Corrigida). A
explicação desta permissão será dada logo mais.
B) Mateus 19:3 a 12: Aqui, voltando
para o primeiro casamento, e não à lei, o Senhor ensinou os fariseus claramente
sobre a indissolubilidade do casamento como planejado por Deus desde o
princípio. Mais uma vez, a permissão é dada (v.9) para o homem divorciar sua
mulher no caso da sua "prostituição". Muitos pensam que Cristo aqui
deu a permissão para todos cujos cônjuges têm sido infiéis, a procurarem o
divórcio, mas há várias razões importantes que mostram que este não é o caso.
É somente em Mateus que esta cláusula é
dada. Em Marcos 10: 10,11 e Lucas 16:18, onde Cristo ensinou sobre o divórcio,
ela não aparece. Lembrando o que foi mencionado no início sobre manejando bem a
"Palavra", devemos lembrar que Mateus foi usado para escrever
principalmente com o JUDEU em mente, e que nem tudo que escreveu tem aplicação
para a igreja.
A base desta permissão é por causa da
PROSTITUIÇAO da mulher (Corrigida). Reconhecendo que a palavra
"pornéia", que o Senhor usou aqui, às vezes pode ser traduzida "
relações sexuais ilícitas" ou "fornicação", nunca deve ser
traduzida assim quando a palavra "moicheia" (adultério) também está
no mesmo versículo, como aqui, pois neste caso Deus fala sobre dois pecados
diferentes, e não somente sobre impureza sexual em geral. Prostituição é
participar no ato sexual antes de ser casada. Adultério significa a relação
sexual depois, mas fora do casamento.
Em Marcos 7:21, onde também os dois
pecados são mencionados juntos, a Bíblia Atualizada corretamente usa
"prostituição" e isto nos faz perguntar porque não foi traduzida
assim em Mat. 19:9? Possivelmente os tradutores não entenderam como a mulher
casada pode praticar a prostituição.
A dificuldade sobre como a mulher
casada podia praticar a prostituição é facilmente explicada se lembrarmos do
contexto judaico do Evangelho de Mateus. Pela Lei o casal era considerado
marido e mulher desde o começo do DESPOSADO, mas não tiveram relações sexuais
até o dia das bodas, mais ou menos um ano depois. Se acontecesse infidelidade
na mulher durante este período, o casamento podia ser anulado pelo divórcio, e,
se o homem quisesse, ela podia ser a apedrejada de acordo com a lei. No caso de
José e Maria, que estavam neste tempo "desposado", José pensou em divorciar
Maria pela infidelidade suspeitada nela antes que o anjo o esclarecesse (Mt 11:
18-25). Este é o caso governado pela cláusula em Mateus 5:19.
Para esta cláusula ter aplicação para a
Igreja hoje, seria necessária a repetição dela nas cartas dos Apóstolos, pois a
base da Igreja desde o princípio foi a doutrina dos Apóstolos ( Atos 2:42).
C) Marcos 10:11,12 e Lucas 16:8 -:
Estes trechos ensinam claramente que o homem ou mulher que se divorcia e casar
de novo, por qualquer motivo está vivendo no pecado do adultério. O casamento
original ainda é válido aos olhos de Deus e não há exceção qualquer mencionada
aqui.
3. A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS
Quando examinarmos a doutrina dos
apóstolos que é a base para a igreja, não achamos a
Cláusula de Mateus em qualquer lugar
nas cartas. Este fato é de suma importância em entender a vontade de Deus para
Sua igreja hoje.
A) Rrn 7:2,3. Aqui o assunto não é o
matrimônio, mas Paulo usa o matrimônio como figura da nossa posição em Cristo.
Contudo, esta comparação revela que ao seu ver inspirado, o casamento pode ser
anulado somente pela morte.
B)I Co 7:15. Sendo que o assunto aqui é
casamentos infelizes, esperaríamos uma menção aqui da cláusula de Mateus, se
aplicasse à igreja, mas não aparece. O ensino geral e claro do trecho é que o
salvo nunca deve procurar uma separação.
C) 1 Co 7:39. A morte anula o casamento
permitindo o segundo casamento da pessoa viúva, se for indicado pelo Senhor.
D) Ef 5:22-32. Aqui o casamento é
comparado à união que existe entre Cristo e a igreja. O divórcio estraga
completamente esta figura. (Lembramos da severidade com que Deus tratou Moisés
por ter estragado uma figura do Senhor Jesus Cristo - veja Num. 20:11,12; Dt
3:23-27).
4. CONCLUSÃO
Por causa destas considerações
bíblicas, cremos que o divórcio não é opção divina para casados com problemas,
mesmo no caso de adultério. O fato que é permitido pelas leis do pais não é
suficiente para a igreja seguir o mundo neste caso. As leis estão mudando
rapidamente na direção contra a Palavra de Deus, como também nos casos de
disciplina de crianças e sobre homossexualidade. Já chegou a hora para aplicar
Atos 4:19, e "ouvir a Deus antes dos homens"nestes casos.
5. OBJEÇÕES
Muitas vezes versículos são citados
para procurar justificar o divórcio em certos casos. O argumento sobre o
sofrimento da parte inocente quando acontecer infidelidade é muito tocante, e
sem dúvida este sofrimento merece nossa profunda compaixão e consolação, mas
temos de lembrar algumas coisas importantes. Nem sempre Deus tira o sofrimento
porque quem sofre é o inocente. Por exemplo, os escravos na igreja primitiva
sofriam injustamente, mas não podiam rejeitar tal sofrimento.
Os que nascem cegos, deformados, etc.
sofrem inocentemente, mas ficarão assim até a morte. Outra coisa, às vezes não
há parte completamente inocente no casamento infeliz, pois a infidelidade pode
ser provocada pela desobediência da outra parte à Palavra de Deus como, por
exemplo, exemplo I Cor. 7:5 e as relações foram paradas sem consentimento
mútuo. Outra coisa, talvez o maior sofrimento inocente será causado pelo
divórcio - o sofrimento dos filhos inocentes.
Talvez a objeção mais comum é que se o
divórcio e novo casamento aconteceram quando eram descrentes, não há mais
problema porque " as coisas velhas já passaram e agora tudo é novo"
desde a conversão (II Co 5:17). Contudo o contexto deste versículo mostra que o
que já passou é a nossa atitude orgulhosa e pecaminosa de viver para nós mesmos
(v.15) e a condenação eterna que este pecado merece.
As conseqüências do pecado com relação
desta vida não terminaram com a conversão, e muitas vezes precisam de uma
restituição, e às vezes duram para a vida inteira. Por exemplo, o casal que
vivia junto sem casar antes de converter-se ainda precisa casar-se legalmente
para ter comunhão com a igreja; O homem que se converteu na prisão não sai
livre porque agora é nova criatura, mas ainda tem de pagar a dívida perante a
sociedade. O homem que perdeu seu olho na briga quando descrente não recebe a
vista quando se converter, ficará cego até a morte.
Davi foi perdoado, mas sofreu as
conseqüências da sua impureza até o fim da sua vida. A verdade desagradável
"não vos enganeis, aquilo que o homem semear, isso também ceifará"
(Gal. 6:7). continua em vigor depois da conversão.
O uso de I Cor 6:11 para receber
pessoas divorciadas e novamente casadas na comunhão da igreja como "novas
criaturas",esquece algo importante. Aquelas pessoas em Corinto não
continuavam a viver na impureza depois de crer, e os versículos seguintes
ensinam a necessidade de deixar estes pecados. Quem vive com quem não é o
primeiro cônjuge (e nunca foi viúvo) ainda vive em pecado, e isto precisa duma
correção antes de estar em comunhão com a Palavra de Deus e com a Sua igreja,
pois o impuro não pode ser recebido em comunhão (I Co 5:11).
A restituição possível (embora muito
dificel) neste caso seria a separação deste pecado de adultério. Estes são
"eunucos por causa do reino os céus ", (Mt 19:12) e muitos têm feito
isto para servir ao Senhor e não ser obstáculo ao cônjuge legítimo arrependido.
Em I Cor. 7:17, 20,24, a "vocação
em que foi chamado" não fala sobre pessoas divorciadas antes da conversão,
mas sobre circuncidados e não circuncidados,escravos e livres,como o contexto
prova. O apelo baseado na compaixão do Senhor em perdoar a mulher adúltera em
João 8, esquece das últimas palavras do Senhor para ela: "Vai-te e não
peques mais ".
Sabemos que há situações muito
complicadas, e irreversíveis, mas que estas considerações solenes possam
ajudar-nos a entender melhor a indissolubilidade e santidade do casamento e
ajudar casais com problemas resolver estes problemas sem pensar no divórcio,
mas no arrependimento e no perdão verdadeiro (I Jo 1:9; Ef 4:32).
VIDA DE RENUNCIA
Habilita o homem a ter intimidade com
Deus?
Jesus faz um pergunta no mínimo
inquietante: Quando o filho vier a terra encontrará fé na terra?
O que você acha? Será que quando Jesus
Cristo voltar, ele vai encontrar fé? Creio que vai! Só que não a fé bíblica,
genuína, de Deus, que transporta montanhas, mas uma fé elaborada pelo
raciocínio, ensinada pela religião, estruturada pela teologia. Uma fé que não
produz vida, imprestável, inconseqüente.
A Escola da fé religiosa.
Observe o contraste dos ensinos e
modelo de vida de Cristo e dos discípulos. Eles viviam e ensinavam uma vida de
renúncias. Jesus renunciou Sua glória, Sua, vida, Seus direitos para fazer a
vontade do Seu Pai;
1. Renunciou sua glória. “De sorte que
haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz”. Filipenses 2.5-8.
2. Renunciou o direito de não sofrer e
morrer na cruz. "E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este
cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade”. Mateus
26.42.
Também Jesus Cristo ensinou que os seus
discípulos devem viver uma vida de renuncia:
1. Pedro e João renunciaram as redes,
os peixes, os barcos para seguir Jesus Cristo. “Pois que o espanto se apoderara
dele, e de todos os que com ele estavam por causa da pesca de peixe que haviam
feito. E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram
companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante
serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o
seguiram”. Lucas 5.9-11.
2. O jovem rico que queria ir para o
céu, mas não renunciou as riquezas. “E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe:
Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e
terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. Mas, ouvindo ele isto, ficou muito
triste, porque era muito rico”. Lucas 18.22,23.
3. O moço que ia sepultar seu pai, e
outro que ia despedir da sua casa. E disse a outro: “Segue-me. Mas ele
respondeu: Senhor deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe
observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o
reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir
primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão
do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”. Lucas 9.59-62.
4. Jesus disse que quem não renunciar
tudo não pode ser seu discípulo. Pode ser até crente, mas não discípulos.
Porque crente até os demônios são. “Tu crês que há um só Deus; fazes bem.
Também os demônios o crêem, e estremecem”. Tiago 2.19.
5. É preciso renunciar tudo para sair
da categoria de “crente”, para a categoria de “discípulo de Cristo”. “Ora, ia
com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim, e
não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda
também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar
a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”. Lucas 14.25-27.
E ai meu irmão, você é um líder crente,
ou um líder discípulo? Sua vida é uma renuncia, ou você vive o ensino religioso
da época, que instrui os crentes a ter, possuir, reter o máximo? “Assim, pois,
qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu
discípulo”. Lucas 14.33.
Será que a sua fé é a fé que Jesus espera
encontrar na Sua vinda, ou uma fé elaborada pelos teólogos incrédulos, e
ensinos religiosos humanistas, e práticas psicológicas da fé?
Lembre-se, nesses últimos dias é
preciso batalhar pela nossa fé pessoal e coletiva. “Amados, procurando eu
escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por
necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada
aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para
este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e
negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”. Judas 2,3.
SEDUZIR (SEDUÇÃO)
“Aquele que comete pecado é do diabo,
porque o diabo é pecador desde o principio. Para isto é que o filho de Deus se manifestou:
para destruir as obras do diabo”. I João 3.8.
Jesus Cristo veio destruir a maior obra
do diabo. O pecado! Ele veio para resolver a raiz de todo o mal, a árvore
chamada pecado que gera frutos que separa os homens de Deus, gerando a morte
física e espiritual.
Qual a base que o diabo tem para operar
nos seres humanos?
A Sedução:
Que é a capacidade ou processo de
atrair alguém de modo enganoso estimulando sua esperança ou desejo com o
propósito de corromper, de perverter. A pessoa seduzida é dominada por
encantamento e convencida pelas promessas.
Sedução não é obra de Deus, é obra do
diabo – Apocalipse 12.9 está escrito: “Foi expulso o grande dragão, a antiga
serpente, o chamado diabo ou satanás, sedutor de toda terra habitada, foi
expulso para a terra, e seus anjos foram expulsos com ele”.
O Diabo trabalha seduzindo as pessoas
que habitam na terra, convencendo-as com promessas que satisfazem os desejos
que se encontram no coração humano dominado pelo pecado – Tiago 1.14,15,
“Antes, cada um é tentado pela própria concupiscência, que o arrasta e seduz.
Em seguida a concupiscência, tendo com concebido, dá à luz o pecado, e o pecado
consumado gera a morte”.
Dentro de cada ser humano na terra
existe a concupiscência. A cobiça, sem a cobiça ninguém poderia pecar, é a
cobiça o alvo de toda tentação, e esses desejos se encontram dentro do coração
dos homens.
Jesus falou sobre isso em Marcos
7.20-23. “O que sai do homem, é isso que o torna impuro. Com efeito, é de
dentro, do coração dos homens que saem as intenções malignas; prostituições,
roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, malícia,
devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez. Todas essas coisas más
saem de dentro do homem e o torna impuro”
O diabo sabe que todo ser humano tem
dentro deles estas coisas, essas cobiças:
1. Desejos por prazeres sensuais.
Luxuria carnal, desejos por prazeres sexuais pervertidos, fantasias
pornográficas,
2. Cobiça de bens materiais,
3. O orgulho, egoísmo, maldades
diversas,
4. Cobiça por dinheiro,
5. Prazer em difamar, falar mal de tudo
e de todos.
Sabendo disso, ele simplesmente seduz
as pessoas dando as elas o que querem como uma recompensa, um modo de vida.
Porque o diabo entende das coisas dos homens, em como agradá-los. Mateus 16.23.
“Ele, porém, voltando disse: Para traz de mim, Satanás, que me serve de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são
dos homens”. Efésios 2.2,3. “Em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora
opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes,
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.
1. Ele encontrou no coração de Judas o
desejo da rebelião, da traição,
2. Ele encontrou no coração de Ananias
e Safira o desejo da ganância pelo dinheiro, a mentira,
3. Ele encontrou no coração dos
discípulos o desejo de quem seria o maior entre eles,
4. Ele encontrou no coração dos
fariseus a inveja, ódio e assassinato,
5. Ele encontrou no coração de do rei
Saul a insubmissão, a rebelião, a desobediência,
6. Ele encontrou no coração de Faraó a
soberba, o egoísmo,
A Bíblia nos adverte em I Pedro 5.
“Sede sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia
como leão a rugir, procurando a quem devorar”.
Ele nos rodeia sempre observando nossas
atitudes e palavra, procurando nossas cobiças, e nos tentando seduzir.
1. E no seu coração, o que satanás tem
encontrado?
2. Quais são as cobiças latentes dentro
de você que ainda não morreram?
Por isso precisamos receber de Deus
pelo Novo Nascimento um novo coração – Ezequiel 36.26-29. “E vos darei um novo
coração e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da
vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu
Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e
observeis. E vos livrarei de todas as vossas imundícias”.
JUSTIFICAÇÃO
Há no mundo religioso basicamente dois
grupos:
1- O homem é justificado somente pelas
obras. Justo e santo é aquele que faz; o que pratica boas obras. Há uma severa
advertência aos que pensam desta forma em Mat. 23:23. Apenas fazer não é o
suficiente. Lutero disse: “Não é viver como filho que me torna filho. Eu vivo
como filho porque sou filho”.
2- O homem é justificado somente pela
fé. Justo e santo é aquele que crê. Para este grupo o Senhor apresenta as
palavras de Mat. 7:21. Apenas crer não é o suficiente, os demônios crêem (Tiago
2:19).
Qual é a posição bíblica?
4 Passos para a Justificação:
1- Graça - Romanos 3:24 - Fonte da
justificação.
2- Sangue (ou sacrifício de Cristo) -
Romanos 5:9 - Método utilizado por Deus para nos justificar.
3- Fé – Romanos 5:1- Meio de aceitação.
Através da fé eu aceito ou rejeito a graça e o sacrifício de Cristo em minha
vida.
4- Obras - Tiago 2:24 - As obras são a
evidência pública de que através da fé eu aceitei a graça e o sacrifício de
Cristo.
Fé e Obras - Processo dinâmico:
Mat. 23:23-28. Limpar o interior
através da justificação pela fé para que conseqüentemente o exterior também
esteja limpo (obras). Eu posso parecer cristão e não ser, mas é impossível ser
e não parecer.
No VT:
Êx. 20:1-2. Deus tem que Ser o meu
Senhor (justificação pela fé) para que naturalmente eu observe os Seus
mandamentos (Êx.20: 3-17).
Deut. 27:9-10. “Hoje viestes a ser povo
do Senhor teu Deus (fé), e lhe cumprirás os mandamentos e estatutos que hoje te
ordeno (obras)”.
Prov. 23:26. “Dá-me filho meu o teu
coração (fé), e os teus olhos se agradem dos meus caminhos (obras)”.
No NT:
Mat. 5-7. Jesus começou o Sermão do
Monte com as bem-aventuranças (bem aventurados os que são..., justificação pela
fé) e em seguida disse “ vós sois o sal da terra” (Mat 5:13) e “vós sois a luz
do mundo” (5:14). É preciso ser para depois fazer. Se eu sou a luz do mundo
naturalmente esta luz vai brilhar através das boas obras; é por isso que no
restante do sermão Jesus ensina a fazer (obras), ex: guarda dos mandamentos
(5:17-48), como dar esmolas (6:2-4), como orar (6:5-15), como jejuar
(6:16-18)...
João 15:1-5. Todo ramo que estiver
realmente unido à videira (justificação pela fé) produz frutos (obras).
Os Três Tempos da Salvação
II Tim. 1:8-9 - Salvou no passado, da
condenação do pecado.Justificação.
I Cor. 1:18 - Somos salvos no presente,
do poder do pecado.Santificação.
Rom. 5:9 - Seremos salvos no futuro, da
presença do pecado. Glorificação.
JUSTIÇA IMPUTADA E COMUNICADA (ver
Preparação para a Crise Final, pp52-66)
“É imputada a justiça pela qual somos
justificados; aquela pela qual somos santificados, é comunicada. A primeira é
nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele.” MJ, 35.
São em essência uma mesma coisa, sob
dois aspectos:
A JUSTIÇA DE CRISTO PELA QUAL SOMOS
JUSTIFICADOS:
• É-nos imputada (creditada) gratuitamente,
sem merecimento de nossa parte.
• É nosso direito ao Céu.
• Justifica-nos, converte-nos em justos
à vista de Deus.
• Recebemos exclusivamente pela fé.
• Implica arrependimento, confissão e
aceitação de Cristo como Salvador.
A JUSTIÇA PELA QUAL SOMOS SANTIFICADOS:
• É-nos concedida (comunicada) num
processo paulatino e interno de crescimento cristão.
• É nosso preparo para o Céu.
• Transforma nosso caráter
(santifica-nos).
• Também a recebemos por meio da
fé.
“Porque Deus é quem efetua em vós tanto
o querer como o realizar...” Fil.2:13.
Justificação é ressuscitar para uma
nova vida. Santificação é continuar vivo...
Justificação é colocar os pés no
caminho. Santificação é continuar trilhando o caminho...
Justificação é a habilidade para
respirar. Santificação é continuar respirando...
Ler o cap. I do livro Santificação de
EGW.
Alguns confundem santificação com
glorificação.
Efésios 4:12 – “Com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos”. Os santos podem ser aperfeiçoados, logo ser santo
não é ser perfeito e sim “separado”. A perfeição total só virá na glorificação
por ocasião da Volta de Cristo (I Cor.15:53-54).
Quando Jesus disse: “Sede perfeitos
como perfeito é vosso Pai...” (Mat. 5:48) colocou diante de nós um alto padrão
que deve ser buscado, mas só será plenamente atingido na glorificação. Além
disso, o contexto deixa claro que a perfeição neste caso refere-se ao amor ao
próximo (41- 47). O próprio apóstolo Paulo escreveu que ainda não havia
atingido a perfeição completa, mas que somos perfeitos naquilo que já
alcançamos (Fil.3:12-16).
A Oração e a Vontade de Deus - CPAD
Elementos de uma oração eficaz
LEITURA EM CLASSE
João 14.13-17; 15.7; 1 João 5.14,15
I - INTRODUÇÃO
Como já estudamos em lições
anteriores, a oração é o meio pelo qual nos comunicarmos com Deus. No entanto,
nem sempre os nossos desejos estão de acordo com a vontade de Deus. Como
podemos, então, conciliar os nossos desejos com a vontade Deus ou como saber se
a nossa vontade está de acordo com a vontade dEle? Nesta lição, nós vamos
aprender que somente com uma vida de intimidade com Senhor, seguida através do
estudo de Sua Palavra e de um viver diário de oração, é que podemos não somente
conhecer, mas também estar no centro da perfeita vontade de Deus.
II - A vontade de Deus
1. Orar com o coração limpo do pecado.
[…] “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Sl
66.18). A Bíblia fala da oração como sendo uma conversa do filho com o Pai
celestial e, enfaticamente, fala da oração dos santos, o que é uma referência
às pessoas que se relacionam com Deus de modo digno da sua onisciência. Se, ao
contrário, a pessoa ora a Deus com o coração cheio de pecados, sem
arrependimentos e sem temor, faz simplesmente o papel de hipócrita; e, para o
hipócrita, não há promessa na Bíblia. Pode ser ainda o comportamento de quem
abusa da misericórdia de Deus e escarnece da sua santidade. É bom orar como
filho obediente.
2. Orar com fé. É o apostolo
Tiago que ensina. Ele diz que devemos pedir com fé e em nada duvidando, pois,
conforme acrescenta, “o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e
agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma
coisa” (Tg 1.6,7). Tudo o que recebemos de Deus é tão-somente pela fé. Está
escrito: “Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que
o buscam” (Hb 11.6). A Bíblia tanto fala da fidelidade e da infalibilidade de
Deus, como relata em numerosos detalhes as muitíssimas vezes em que Deus tem
atendido aos que o buscam com fé. É para confiarmos inteiramente em Deus.
Duvidar das suas promessas, tanto nos prejudica como o ofende, pois Ele a
tantos tem feito tanto, que merece ser invocado com segura fé.
3. Orar segundo a vontade de Deus. Diz
o apóstolo Paulo que “a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2).
Também está escrito: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Ts
4.3). E ainda: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade” (1 Tm 2.3,4). O apóstolo João afirma: “Se pedirmos alguma coisa
segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14).
O que estamos estudando são declarações
dos santos apóstolos. Veja agora o que o próprio Senhor Jesus diz acerca da
vontade de Deus: “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade; e,
sim, a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: Que
nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no
último dia. De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele
crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.38-40). É
muito boa a vontade de Deus!
4. Orar com perseverança. O inconstante
nada alcança, qualquer que seja a atividade na vida. Enquanto isso, a
perseverança, tudo alcança. A oração eficaz deve ter o caráter de uma batalha
ordenada como propósito seguro de vencer; e quem luta ao lado do Senhor de tudo
e de todos deve orar, com certeza de ser mais do que vencedor. E esta é a
divisa de todos os que têm perseverado diante de Deus em oração, não aceitando
nenhuma derrota, nenhum fracasso. Conserve limpo o seu coração, ore com fé,
peça segundo a vontade de Deus; persevere e vença, pois a sua perseverança e
vitória com certeza glorificarão a Deus!
Prezado professor, é importante
ressaltar ao aluno a importância de termos uma vida de Santidade, Fé,
Perseverança e no centro de Sua vontade. Deus é soberano e dotou o ser humano
de livre arbítrio. Para uma manutenção da vida com o Eterno é fundamental seguir
o conselho do apóstolo Paulo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor,
nisso pensai” (Fp 4.8). Fazei tudo o que glorifica a Deus e o nome do Senhor
será exaltado em sua vida!
III. A vontade de Deus para cada
indivíduo. Conhecer a vontade de Deus é, às vezes, difícil. As pessoas querem
que Deus, basicamente, diga a elas o que fazer – onde trabalhar, onde morar,
com quem se casar, etc. Deus raramente dá às pessoas informações assim tão
diretas e específicas. Deus permite que façamos escolhas em relação a estas
coisas. A única decisão que Deus não quer que tomemos é a decisão de pecar ou
resistir à Sua vontade.
Deus quer que façamos escolhas que
estejam em conformidade com sua vontade. Mas, como podemos saber a vontade de
Deus para nossa vida? Para descobri-la, é necessário que o servo de Deus
cultive uma vida de íntima comunhão com Deus. À medida que conhecemos o Senhor,
sua vontade vai se tornando mais evidente para nós. Romanos 12:2 nos diz: “E
não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e
perfeita vontade de Deus.”
Se buscarmos a Deus em favor de
determinada causa precisamos saber se ela está dentro da vontade de Deus.
Apresentamos dois comandos para se conhecer a vontade de Deus para uma dada
causa:
a) Certifique-se de que o que você está pedindo
ou pensando em fazer não é algo que a Bíblia proíbe.
b) Certifique-se de que o que
você está pedindo ou pensando em fazer irá glorificar a Deus e
ajudá-lo a crescer espiritualmente. Se estas duas coisas forem verdades e Deus,
ainda assim, não está dando o que você está pedindo, então provavelmente não é
da vontade de Deus que você tenha o que está pedindo. Ou, talvez, você somente
precise esperar um pouco mais por isso.
Se você estiver caminhando junto ao
Senhor e verdadeiramente desejar a vontade dEle para sua vida, Deus colocará
Sua vontade em seu coração. A chave é desejar a vontade de Deus, não a sua
própria. “Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu
coração” (Salmos 37:4).
Se a Bíblia não se coloca contra algo,
e este algo pode verdadeiramente beneficiá-lo espiritualmente, então a Bíblia
dá a você a “permissão” de tomar decisões e seguir seu coração.
Para saber a vontade de Deus para
decisões mais específicas, por exemplo, com quem casar, ou sobre a vida profissional,
deveria considerar os seguintes:
a) Se existir uma falta da paz dentro
de si, não vá em frente.
b) Fale com outros crentes mais
maduros, e preste atenção aos seus conselhos.
c) Pergunte a si próprio: “Será que
quero fazer a vontade de Deus com todo o meu coração?” Se a sua resposta for
“sim”, é muito provável que saiba logo qual é a vontade de Deus.
d) Pergunte a si próprio: “Será que
esta coisa me vai ajudar na minha vida espiritual?”.
e) Quando uma porta abrir, não suponha
automaticamente que Deus esteja a abrir a porta. Às vezes o diabo tenta-nos com
coisas atraentes que não são de acordo com a vontade de Deus para nós. Peça a
sabedoria de Deus e pela Sua confirmação se aquela oportunidade à sua frente
for a Sua vontade.
f) Não tome uma decisão rápida. Espere
em Deus porque muitas vezes com o passar do tempo nossos pensamentos e desejos
mudam.
Enfim, o que faço é para a glória de
Deus? “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31). Deus deve não somente ser
glorificado nos templos, mas também fora deles; não somente na vida privada,
mas também na esfera pública. Não somente nas coisas referentes à sobriedade do
“ministério cristão”, mas também nas coisas evidentes e simples do nosso
cotidiano como “comer e beber”.
IV - BUSCANDO A VONTADE DE DEUS ATRAVÉS
DA ORAÇÃO
“Portanto, vós orareis assim: …Seja
feita a tua vontade, tanto na terra como no céu…” (Mt 6:10).
Quando os discípulos de Jesus pediram
para lhes ensinarem a orar, o Senhor lhes ensinou a oração do Pai Nosso. Esta
oração é composta por sete petições: três são para glória de Deus
(SANTIFICADO SEJA O TEU NOME; VENHA O TEU REINO; FAÇA-SE A TUA VONTADE), três
pela nossa alma (E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS; NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM
TENTAÇÃO; LIVRA-NOS DO MAL; ) e uma pelo pão ( O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS
HOJE).
Observe que os discípulos foram
orientados busca a vontade de Deus através a oração. O “faça-se a tua vontade”
mostra o desprendimento do eu e o grau de renuncia que ele deveriam ter e a
dependência de Deus que deveriam possuir. O povo de Deus é exortado da mesma
forma (Mt.6.10; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Por meio da oração
conseguimos uma intimidade maior com o Senhor, sendo assim conhecer a Deus, é
sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm.2.17.18).
Logo, quando agimos assim na oração,
com desejo, sinceridade e temor afim que o Senhor realize a sua perfeita
vontade, Ele cuidará de nós (At.18.21; Ico.4.19; 16.7).
V - REQUISITOS PARA ORARMOS DENTRO DA
VONTADE DE DEUS
Para orar dentro da vontade de Deus,
precisamos:
3.1. Ser filho de Deus - A oração do
Pai Nosso nos ensina que ela só poderá ser realizada dentro da vontade de Deus
quando há uma relação estabelecida entre quem ora e a quem é dirigida a oração.
Neste caso, é preciso ser filho
para podermos chamá-lo de Pai (Jo 1:12,13; Rm 8:15, 23; 9:4; Ef. 1:15; Gl
4:1-5).
3.2. Reconhecer a Soberania de Deus -
para declarar “(…)Seja feita a tua vontade(…)” requer reconhecimento da
soberania e Senhorio de Deus e que nesta relação de Pai e filhos adotivos, a
sua vontade sempre será a melhor, logo, a oração é a realização da vontade de
Deus em nossas vidas e não o resultado de nossos pedidos egoístas (Rm
1:10;15:32; Tg 4:15);
3.3. Invocar o nome do Senhor ( 2 Cr
7:14) - A oração deve ser dirigida ao Senhor. Jesus informou que o acesso ao
Pai é realizado por meio de Seu nome (Jo 14.13,14; Jo 15.16; Jo 16.23).
3.4. Atitude de humilhação (2 Cr 7:14)
- A humilhação é uma atitude de reconhecimento de nossas limitações e
dependência divina para realizarmos Sua vontade (Mc 5:22,-24, 41,42; Tg. 4:10;
1 Pe 5:6).
3.5. Atitude de arrependimento - A
oração nos leva a reflexão que em todos os momentos precisamos estar em
comunhão com Deus e com o próximo (Mt 6:12; Lc 11:4).
3.6. Atitude de adoração e louvor a
Deus - A oração é o momento sublime onde nos colocamos na presença do Rei para
adorá-lo na beleza de sua santidade (2 Cr 1:7-10; 1 Rs 18:36-39; Sl 51:1-17; Mt
6:2; Lc 11:2)
VI. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS
1. Orações egoístas (Tg 4.3). Há algo
muito errado com o crente que não sente necessidade e nem prazer em fazer a
vontade de Deus. E essa grave anomalia é evidenciada em orações egoístas.
O escritor do livro de Tiago disse:
“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”.
Aqui, o apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses
próprios, não são respondidos pelo Senhor – é a dura consequência. Deus não
responde as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e
riquezas.
Todos devemos tomar consciência disso,
porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos
egoístas. Nossas orações se tornarão poderosas quando permitirmos que Deus mude
nossos desejos para que correspondam perfeitamente à vontade dEle para a nossa
vida(1João 3:21,22).
Quantos estragos temos feito em nossa
própria vida, por orações centralizadas em nós mesmos?
E quantos benefícios a outras pessoas
deixamos de proporcionar por nem pensarmos neles em nossas orações? Após
conhecer o Senhor mais profundamente, Jó intercedeu por seus amigos (Jó 42.10).
Experimente orar mais pelos outros do que por si.
2. Orações por posição social (Mt
20.17-28). É um tremendo erro orar por posição social tal como reconhecimento
humano, honras, glórias, poder, dinheiro, para satisfazer a natureza hedonista
do ser humano. Esse tipo de oração, considerada egoísta, certamente, Deus não
atenderá. Vemos um exemplo clássico na Bíblia com a Mãe de Tiago e João:
“Então, se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos,
adorando-o e fazendo-lhe um pedido. E ele diz-lhe: Que queres? Ela
respondeu:
Dize que estes meus dois filhos se
assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu Reino”(Mt 20:20,21). É
claro que Jesus não acatou esse pedido, como bem denota os versículos
seguintes. Foi um pedido egoísta. É louvável da sua parte que ela quisesse os
filhos perto de Jesus, e que ela ainda esperasse seu futuro reino. Mas ela não
entendeu os princípios pelos quais as honras seriam conferidas no reino. Jesus
respondeu claramente que eles não entendiam o que estavam pedindo.
Eles queriam uma coroa sem uma cruz, um
trono sem o altar de sacrifício, a glória sem o sofrimento anterior. Então Ele
lhes perguntou sem rodeios: “Podeis vós beber o cálice que eu estou para
beber?”. Ela não tinha consciência de que não existe posição melhor do que ser
um servo de Deus, que foi transportado do reino das trevas para o Reino do
Filho do seu amor (Cl 1.13), e agora vive não mais para si mesmo, mas em e por
Cristo (Gl 2.19,20).
Observe que a mãe de Tiago e João
adorou a Jesus antes do seu pedido. Ela adorou Jesus, mas seu objetivo
principal era obter algo dEle. Isso acontece muitas vezes em nossas igrejas e
em nossa vida. Desempenhamos atividades religiosas, esperando que Deus nos dê
alguma coisa em troca. Entretanto, a verdadeira adoração e louvor devem ser
dados a Cristo por quem Ele é, e por aquilo que Ele fez.
Diante daqueles que estão a pensar
apenas nas coisas materiais, que se tornaram materialistas, é imperioso que a
Igreja mostre a sublimidade e a superioridade das coisas espirituais. Neste
particular, é necessário que a Igreja seja a primeira a dar o seu testemunho de
que as “coisas de cima” são melhores e maiores que as coisas desta terra. Paulo
é taxativo ao afirmar que “… se já ressuscitastes com Cristo, buscais as coisas
que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
Pensai nas coisas que são de cima, e
não nas que são da terra, porque já estais mortos, e a vossa vida está
escondida com Cristo em Deus”(Cl 3:1-3). Entretanto, como podemos querer que o
mundo se liberte do materialismo, se temos, enquanto Igreja, igualmente dado
prioridade às coisas da terra? Como podemos querer que o mundo se liberte do materialismo,
se nossas preocupações estão única e exclusivamente nesta terra?
Como podemos denunciar o materialismo,
se nossos púlpitos apenas falam de “prosperidade material”, se os crentes
querem apenas melhores salários, empregos (os mais modestos, pois a maioria
quer, mesmo, é se tornar grandes empresários…) e bem-estar nesta vida? Como
criticar a prática materialista dos nossos dias, se, nas igrejas, o critério de
crescimento no ministério é a arrecadação econômico-financeira, se há uma
preocupação em se formar grandes impérios empresariais da fé? Como mostrar a
necessidade de se desprender do “ter” se alguns têm associado avivamento
espiritual com o surgimento de megatemplos que fazem os grandes estádios e
ginásios do mundo parecer miniaturas?
Nossos dias são os dias da “igreja de
Laodicéia”, a igreja que deu valor ao materialismo e que, por isso, se achava
suficiente e preparada só porque era rica, tinha se enriquecido e de nada tinha
falta (Ap 3:17), mal sabendo, porém, que, espiritualmente falando, era
praticamente um nada diante de Deus. É preciso voltarmos ao tempo em que a
igreja, embora não tivesse prata nem ouro, tinha o poder de Deus para fazer a
obra sobrenatural do Senhor (cf. At 3:6). Só aqueles que assim fizerem poderão
enfrentar o materialismo hodierno e, mesmo que tenha pouca força, serão
vitoriosos, pois são a “igreja de Filadélfia”, a igreja que será arrebatada por
Jesus.
3. Orações hipócritas (Mt 6.5,6). “E,
quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé
nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão”(v.5). Aqui, Jesus adverte os
discípulos contra a hipocrisia ao orar. Eles não deveriam se posicionar
propositalmente em áreas públicas de forma que os outros, vendo-os orar,
ficassem impressionados por suas devoções.
A hipocrisia foi condenada porque
desvia o propósito da oração, que é a glória de Deus, para a glória do ego, do
eu. Alguns, especialmente os religiosos, queriam ser vistos como santos, e a
oração em público era um modo de chamarem a atenção para isso. Porém Jesus
enxergou a intenção deles de se promoverem e ensinou que a essência da oração
não é a justificação em público, mas a comunicação particular com Deus. Como
diz o pr. Eliezer de Lira: “É melhor ser sincero como um publicano, carente da
misericórdia de Deus, do que um fariseu, cheio de justiça própria, pois aquele
teve sua oração atendida e este não” (Lc 18.9-14).
Uma coisa é certa: A presunção, o fato
de se considerar melhor que os outros faz parte do jeito dos fariseus. Na
parábola, do fariseu e do publicano, o fariseu conhecia muito bem a maldade das
outras pessoas, especialmente do publicano. Mas se estivermos conscientes da
nossa imperfeição no momento em que orarmos a Deus, então, como Jesus disse,
voltaremos “justificados” para nossa casa. “Quem a si mesmo se exaltar será
humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”(Mt 23.12).
VII. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Na Bíblia temos muitos exemplos de
orações respondidas, uma vez que estavam em harmonia com a vontade de Deus.
Nesta aula citaremos apenas três.
1. A oração do rei Salomão (2Cr 1.7-12).
“Naquela mesma noite, Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: Pede o que quiseres
que eu te dê. E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande beneficência com
Davi, meu pai, e a mim me fizeste rei em seu lugar. Agora, pois, ó SENHOR Deus,
confirme-se a tua palavra, dada a Davi, meu pai; porque tu me fizeste rei sobre
um povo numeroso como o pó da terra.
Dá-me, pois, agora, sabedoria e
conhecimento, para que possa sair e entrar perante este povo; porque quem
poderia julgar a este teu tão grande povo? Então, Deus disse a Salomão:
Porquanto houve isso no teu coração, e não pediste riquezas, fazenda ou honra,
nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas
pediste para ti sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre
o qual te pus rei, sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas,
e fazenda, e honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não
haverá”.
Eis aqui uma oração curta, porém
sincera e sábia. Não há nenhuma denotação egoística em suas palavras. Por isso,
Deus atendeu a sua oração sem demora. O pedido de Salomão provavelmente foi
inspirado pela oração de que ele, como novo rei, pudesse ter sabedoria e
entendimento. A aparição do Senhor, em visão, deu a ele a oportunidade de pedir
o que quisesse, ou seja, ele tinha um “cheque em branco”(v.7), no entanto, não
teve desejos egoístas, pensou no reino de Israel e no seu povo. Aqui está o
princípio hebraico de que riquezas, fazenda e honra (v.12) seguem aquele que
faz a vontade de Deus.
É claro que isso não era sempre verdade
naquela época, nem o é hoje em dia; mas o que era verdade então, e continua
hoje, é que o homem que obedece a Deus é sempre melhor do que o que o ignora.
Salomão tornou-se o homem mais sábio e rico do mundo de sua época (1Rs
4.29-34).
2. A oração do profeta Elias (1Rs
18.36-39). A oração que está dentro da vontade de Deus, ou seja, aquela que O
glorifica e O exalta, será respondida. Aqui, citamos como exemplo, a oração que
Elias fez no monte Carmelo diante dos profetas de Baal. Conforme se observa no
versículo 37, o único desejo de Elias era que o nome do Senhor fosse
reconhecido e aclamado no meio daquele povo.
Naquela época, Israel vivia uma
verdadeira “apostasia nacional”, pois todo o país estava se enveredando pelo
culto a Baal. O próprio Deus diria a Elias, pouco depois, que apenas sete mil
pessoas não haviam dobrado seus joelhos a Baal nem o haviam beijado, um número
bem diminuto frente a uma população que deveria ser bem maior (1Rs 19:18).
Diante da apostasia reinante, Elias resolveu fazer um desafio ao povo de
Israel: o Deus verdadeiro deveria responder com fogo a aceitação do sacrifício
que Lhe fosse dado. No momento do desafio, os profetas de Baal e de Asera, num
total de oitocentos e cinqüenta (1Rs.18:19), tentaram, durante toda a manhã,
resposta de seus deuses para o sacrifício, sem resultado.
Elias, então, depois que havia deixado
tempo suficiente para que Baal respondesse ao sacrifício, oferece o seu diante
de Deus. Como Deus não é Deus de confusão (1Co 14:33), reparou o altar, que
estava quebrado, bem como pôs água abundante para que não houvesse qualquer
dúvida de que era Deus quem iria operar. Este cuidado do profeta é um exemplo a
seguirmos na atualidade: a operação de Deus é algo de que devemos ter certeza e
convicção.
Por isso, nada deve ser feito sem a
devida preparação espiritual, a devida santificação (o reparo do altar), como
também tudo deve ser feito às claras diante do povo, com transparência,
decência e ordem (1Co 14:40). Quantos altares desmantelados na atualidade têm
buscado o “fogo divino” e, como Deus não opera em lugares assim, recorrem a
subterfúgios, a astuciosos estratagemas para impressionar o povo. Entretanto,
não nos iludamos, Deus não é Deus de confusão.
Mas, além de ter reparado o altar e não
deixado margem a qualquer dúvida, Elias fez uma oração. Ele não “determinou”
coisa alguma a Deus, pois sua “determinação” é a disposição firme de servir a
Deus, não qualquer exigência que devesse ser feita, como muitos iludidos atrevem-se
a fazer em os nossos dias.
Elias fez uma oração, um pedido a Deus,
reconhecendo a Sua soberania, o Seu senhorio. Relembrou ao povo, que o
escutava, que Deus era o Deus do pacto feito com os patriarcas, o Deus que
havia formado a nação de Israel e que ele, Elias, era tão somente um servo
dEle. Mal acabou a oração, o Senhor consumiu tudo com o fogo e o povo não teve
mais dúvida alguma: só o Senhor é Deus! (1Rs 18:36-39).
3. A oração de Davi (Sl 51.1-17). O
salmo 51 é uma súplica, primeiramente, por perdão, com uma confissão humilde de
atos pecaminosos provenientes de uma natureza pecaminosa como sua raiz amarga;
e, depois, por renovação e santificação através do Espírito Santo. Neste salmo,
Davi reconhece a gravidade de seus erros e, principalmente, por ter pecado
contra o seu Deus.
Em seguida, arrepende-se profundamente
e busca com lágrimas o perdão e a restauração divina. Davi tinha plena certeza
que alcançaria a misericórdia e benignidade de Deus se o buscasse com um
coração sincero e contrito.
Davi sentiu uma culpa profunda por sua
conivência, mentira, adultério e, finalmente, assassinato. Por trás dessas
transgressões ele consegue enxergar a raiz e causa e ora para que o Senhor o
lave completamente da sua iniquidade e o purifique do seu pecado (51:2). Ele
não procura encobrir ou desculpar a profundidade da sua necessidade.
Todos que pecaram gravemente e que
estão opressos por sentimento de culpa podem obter o perdão, a purificação do
pecado e a restauração diante de Deus, se O buscarem conforme a natureza e a
mensagem deste Salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na
graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus(51:1), num coração verdadeiramente
quebrantado e arrependido(51:17) e, em sentido pleno, na morte vicária de
Cristo pelos nossos pecados(1João 2:1,2).
Nenhum pecado é grande demais para Deus
perdoar! Você sente que nunca poderia aproximar-se do Senhor por ter feito algo
terrível? Deus pode e quer perdoá-lo. Embora Ele nos perdoe, nem sempre apaga
as conseqüências de nossos pecados. A vida e a família de Davi nunca mais foram
as mesmas como resultado do que ele fez(ver 2Samuel 12:1-23).
CONCLUSÃO
Quando oramos exercitamos a nossa
confiança no Deus da Providência, sabendo que nada nos faltará, porque Ele é o
nosso Pai. A oração tem sempre uma conotação de submissão confiante. Portanto,
orar ao Pai, significa sintonizar a nossa vontade com a dEle; sabendo que Ele é
santo e a Sua vontade também o é (Mt 6.9,10).
Deus seja louvado