VIVENDO PARA DEUS

Cantares 4:15 És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano! Jó 14:7 Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.


Muitos de nós ao invés de anunciar o santo evangelho de nosso SENHOR JESUS CRISTO, nós estamos defendendo a nossa igreja dizendo ser a melhor, ou mesmo dizendo ser a certa, quantos estão esquecendo do alvo que é Cristo, Jesus disse no texto a seguir Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.


Deus me chamou para falar da sua graça, e não de templo feito por mãos humanas.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

SEMINÁRIO SOBRE A FAMÍLIA CRISTÃ


INTRODUÇÃO

I.                   A FAMÍLIA COMO UM PROJETO DE DEUS

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl.127:1).

Ø  A Bíblia Sagrada fala-nos no livro de Gênesis que o Senhor Deus criou todo o universo, o dia e a noite, os astros, as águas, a terra, a relva e as árvores frutíferas, os luminares no firmamento, as estrelas, os peixes, as aves, os animais, e no sexto dia Deus criou o homem a Sua imagem e conforme a Sua semelhança, macho e fêmea os criou, e Deus os abençoou:

“E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a (Gn.1:27-28a).

Ø  A Palavra de Deus registra no capítulo 2 do Livro de Gênesis que o Senhor Deus plantou um jardim no Éden e colocou ali o homem que havia formado, e, dando prosseguimento ao Seu projeto:

“E disse o Senhor: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn.2:18).

Ø  Ao criar o homem e a mulher, a Palavra de Deus diz que o Senhor estabelece a base da família:

“Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn.2:24).

Ø  Considerando o propósito de Deus ao criar o homem e a mulher e com eles formar a família, podemos considerar os seguintes conceitos bíblicos do casamento:

Ø  A origem da família está em Deus (Gn. 1:27-28ª; 2:18).

Ø   A união do casal é indissolúvel (Gn.2:24b; Mt.19:5-6).

Ø   O casamento satisfaz a necessidade de companheirismo do cônjuge (Gn.2:18).

Ø   O casamento é realizado entre um homem e uma mulher (Gn. 2:24).

Ø  O casamento demanda a liderança amorosa do homem, e a submissão da mulher como uma auxiliadora, uma companheira, não uma escrava do homem (Gn.2:18; Ef.5:22-25).

Ø   O sexo só é lícito dentro do casamento (Gn.1:28ª; 2:24).

Ø   O casamento tem como finalidade primária a reprodução (Gn.1:28).

Ø   O casamento exige do casal exclusividade e fidelidade no relacionamento de seres “que deixaram pai e mãe e se uniram formando uma só carne” (Gn.2:24; H.13:4).

Ø   A existência de uma dependência mútua entre o casal (Gn.2:18; Ef.5:28-32).

Ø   A necessidade de uma transparência total entre o casal (Gn.2:25).

Ø   A indispensável presença de Deus no lar (Gn. 1:27-28; 2:21-24).

II. OS PERIGOS QUE RONDAM A FAMILIA

No âmago da crise moral que nos últimos anos tem afligido a humanidade, há uma enorme falta de liderança moral, em todos os segmentos da sociedade humana, conforme o que é tristemente indicado pela negligência do padrão ético da Palavra de Deus.

Logo no início da humanidade, dado à queda do homem no Jardim do Éden, a depravação moral se multiplica velozmente.

1)  Conseqüência do pecado:

A Palavra de Deus fala da queda do primeiro casal, e como o pecado despedaçou a unidade da natureza humana e destrói a harmonia do mundo (Gn. 3; 6; 11; Gn. 6; Is. 59).

O Pecado é:

Ø   Na esfera moral – tortuosidade e perversidade.

Ø   Na esfera fraternal – violência, conduta injuriosa, maltratar e oprimir o semelhante.

Ø   Na esfera da santidade – separação de Deus – morte espiritual.

Ø   Na esfera da verdade – engano, hipocrisia, mentira (Jo. 8.44).

Ø   Na esfera da sabedoria – não se disciplina a si mesmo, nem guia as suas tendências de acordo com as leis divinas.

2)   Propagação:

3)   A comunicação em massa, a influência da mídia, é responsável por grande parte das mudanças comportamentais em nosso contexto. A mídia tem influenciado de maneira negativa a cada dia que passa. Isso tem trazido prejuízos no que diz respeito ao comportamento cristão. A moralidade, a ética, a decência, os valores familiares, são os mais afetados.

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! (Mt. 6.22,23).

Nossa cultura moderna destronou Deus como a fonte da verdade e moralidade suprema e entronizou o homem em Seu lugar.

“Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.”(Gênesis 3:4,5)

A derrocada do homem e conseqüentemente da família reporta-se ao Jardim do Éden, quando a serpente induziu nossos primeiros pais a confiar em seu próprio raciocínio, em vez de obedecer simplesmente à ordem de Deus. O resultado tem sido observado na decadência do modo de vida da família em relação às verdades eternas (Sl. 119.105, 111, 127, 160).

III. A COMUNICAÇÃO NA FAMÍLIA

Muitas vezes a causa primária da crise conjugal, consiste na falta de habilidade ou relutância dos casais em se comunicarem corretamente. Muitos casais sabem que estão falhando em sua comunicação, porém, não estão bem certos ao que se deve fazer ou não para melhorar.

Ø   É na família que estabelecemos nossos vínculos de sobrevivência.

Ø   O homem é um ser social e extremamente dependente da família.

Ø  A família é uma organização, um sistema de inter-relações. E estes vínculos são formados e atualizados a partir da comunicação entre seus membros.

Em geral os problemas existentes nas famílias são decorrentes da falta de comunicação adequada, entre seus membros.
Às vezes até conversam bastante, mas num sistema destruidor, que fere, magoa, machuca e que muitas vezes deixa cicatrizes incuráveis;

Há necessidade haver diálogos sadios e construtivos que tem como fim, a solução dos problemas; Sem uma comunicação eficaz não há relacionamento saudável e duradouro e edificante no seio da família.


1)   Princípios Da Comunicação Cristã

a) Ouça antes de Responder

“Responder antes de ouvir, estultícia é, e vergonha”. Pv 18:13 .

b) Não se apresse e fale com sinceridade, para ser entendido...

O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra a seu tempo quão boa é! Pv 15.23

Abomináveis são para o Senhor os pensamentos do mau, mas as palavras dos limpos são aprazíveis. Pv 15.27.

O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância, cousas más. Pv 15.28.

c) Fale a verdade em amor Antes, seguindo a verdade em amor, Crescemos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Ef 4:15

“Não mintais uns aos outros, pois que já despistes do velho homem com os seus feitos”.Cl 3:9

d) Não use a arma do SILÊNCIO

Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo (Sl 32.3).



Não se envolva em uma briga – é possível discordar sem brigar

Como o soltar as águas, é o princípio da contenda; deixa por isso a porfia, antes que sejas envolvido (Pv 17.14).

Honroso para o homem é desviar-se de questões, mas todo o tolo se entremete nelas. (Pv 20.03).

e) Não responda com raiva – a resposta branda é eficaz

O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. (Pv 14.29).

f) Evite a implicância

O que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos (Pv 17.9).

g) Não culpe ou critique. Restaure, anime, edifique...

Assim que não nos julguemos uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.

Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. (Fp. 4.8).

h)  Se atacado, não reaja da mesma maneira

A ninguém torneis mal por mal; procurais as coisas honestas, perante todos os homens. (Rm.12.17). O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente (1ªPe 2:23).

“Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo: sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção” (1ªPe 3.9).

i)                    Procure compreender a opinião contrária. Seja sensível ao interesse dos outros.

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. (Fp 2.3-4).

LEMBRE-SE: O Grande Segredo da Comunicação – Quem comunica, coloca-se no lado do que está sendo comunicado
                                    
2) Algumas Coisas Que Impedem A Comunicação No Lar

a)     Incapacidade de dialogar:         

Isto começa no namoro. Ou seja, ao invés de conversarem bastante no período de namoro, trocando idéias sobre o futuro, eles fica o tempo todo nos prazeres físicos, achando que a vida será somente flores.

b) Medo de expor:

a)  O filho tem medo do pai, então não fala.

b) A esposa tem medo do marido, então não fala.

c) Se houver medo a ponte da comunicação cai.

d) Quando os filhos têm medo dentro do lar, eles vão se abrir lá fora com pessoas que não tem nenhuma estrutura para ouvir ou aconselhar.

c) Conformismo: Não acreditam que se têm coisas boas a oferecer.

a) Não se esqueça de que você é morada do Espírito Santo, então com certeza tem coisas boas a dizer. (Lucas 6.45)

b) Deus usou seres irracionais como a (jumenta, corvo e o galo), não usara o Senhor a você que é sua imagem?

d) Falta de perdão: Leia Lucas 11.4 e Mateus 5.23-24.

a) Se você não perdoa a falha do outro, dificilmente o que você faz, será aceito por Deus;

b) Se você está com a comunhão quebrada com alguém, conserte;

c) Vejam uma receita de perdão em Mat. 18.15-22;

d) Não deixe morrer o espírito de perdão;

e) Quantos motivos banais te impedem de vir à igreja?

f) Quantos motivos banais estão querendo fazer- te separar de sua esposa?

g) Perdoe: Pai, Mãe, Irmãos, Cunhados, Sogra, Sogro, Tios, Vizinhos, Patrão, Amigos, etc..

Perdoe!

IV. ATITUDES QUE PROMOVEM UNIÃO CONJUGAL

Uma das Atitudes importantes que sustentam a Família dentro dos princípios divinos é o reconhecimento de que o casamento é um compromisso absoluto:

Ø   Compromisso absoluto cria confiança no casamento.

Ø   Compromisso absoluto cria segurança no casamento.

Ø   Compromisso absoluto cria estabilidade no casamento.

Ø   Compromisso absoluto constrói um alicerce sólido Como a base do casamento.

1)    Não acumulem mágoas ou raiz de amargura,

Ø  Porque elas trazem perturbações, contaminações e privações da graça de Deus (Sl. 37.8; Pv.18.19; Ef. 4.26-31).

Ø   Evitem trocar palavras ásperas e críticas destrutivas no processo de restauração de relacionamento (Sl. 141.3; Pv. 15.18; 17.14,19; 26.21; Fl. 4.1,2,8).

Ø   Quando estiverem errados, procurem admiti-lo com humildade, busquem, com sinceridade e modéstia, o perdão (Cl. 3.13).

Ø   Procurem dialogar objetivamente, evitando o tratamento emocional das questões, abrindo mão das coisas não essenciais para conquistar e preservar aquelas que são fundamentais à paz e harmonia da família, e que estejam em consonância com os ideais cristãos (Fl. 4.8).

Ø   Busque fervorosamente a ajuda do Senhor Deus em oração, Ele é o idealizador e guardador da família e, com certeza, a ajuda virá (Sl. 34.6,17; 127.1,2; 128.1-6).

Ø   Quando surgirem dificuldades em se perdoarem mutuamente, lembrem-se do perdão que o Senhor Jesus Cristo os outorgou na cruz do Calvário (Mt. 6.12; I Cor. 13.4-8; Ef. 4.32; Hb. 12.1,2; I Pd. 2.23,24).

2)   Cinco Conselhos Úteis para Salvar seu Casamento

a) Aprenda a Palavra (Cl. 3.13; Fp. 3.13)

b) Faça investimento de amor no seu casamento

c) Aceite seu cônjuge como ele é não insista em modificá-lo

d) Procure ressaltar as qualidades e não os defeitos

e) Busque ajuda em Deus através da oração e de Sua Palavra

                                                                                           
V. AS FINANÇAS DA FAMÍLIA

1) A maneira como lidamos com o dinheiro afeta nossa comunhão com o Senhor1.

Em Lucas 16:11 lemos: "Se, pois, não vos tornastes fieis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiara a verdadeira riqueza?"

Nesse versículo, Jesus equipara a maneira de lidarmos com o dinheiro com a qualidade de vida espiritual que temos. Se lidarmos com nosso dinheiro de maneira apropriada, de acordo com os princípios das Escrituras, nossa comunhão com Cristo ficara mais forte. No entanto, se gerenciarmos nosso dinheiro de forma infiel, nossa comunhão com Ele será afetada negativamente.
                                                                                                    
3)    Como Livrar-se das Dívidas.

Devido à singularidade de cada circunstância, a caminhada para sair das dívidas será unicamente sua.

Os dez passos seguintes são um guia para sua jornada. São passos simples, mas, para segui-los, é necessário um trabalho árduo.

1.      Ore. - O primeiro passo e o mais importante. Ore. Peca a ajuda e a direção do Senhor em sua jornada rumo ao Dia sem Dívida. Ele pode agir de imediato, como no caso da viúva (II Rs. 4.1-7), ou de forma mais lenta, num período maior. Em ambos os casos, a oração é essencial.

2.      Estabeleça um orçamento por escrito. - Um orçamento escrito ajuda você a planejar para o futuro e analisar seus padrões de gastos, para ver quais você poderá cortar. E um freio eficaz no impulso de gastar.

3. Aliste o total de seus bens - tudo que possui. - Faça uma lista de cada item que possui: sua casa, seu carro, mobília, etc.. Avalie a lista completa para determinar se deveria vender algum deles.

4. Aliste seus compromissos - tudo que você deve. - Muitas pessoas, em particular as que devem muito dinheiro, não sabem com precisão o quanto devem. No entanto, você deve alistar suas dívidas para ter uma idéia exata de sua atual situação financeira. Precisa alistar também os juros que seus credores estão cobrando por cada dívida. Ao analisar os juros em sua lista de dívidas, descobrira que os custos de créditos variam muito. Alistar suas dívidas vai ajudá-lo a estabelecer uma prioridade na redução da dívida.
                          
5. Estabeleça um programa de adiantamento de pagamento para cada credor. - Mais uma vez, livrar-se das dívidas pode parecer entediante, mas, é absolutamente necessário seguir esses passos. Ninguém jamais conseguira livrar-se de dívidas por acidente. Todos precisamos de um programa de pagamento sistemático por escrito para alcançar o objetivo do Dia "D" - "Dia sem Dívidas."

6. Considere um aumento do orçamento. – Com os possíveis ganhos adicionais, em primeiro lugar, decida antecipadamente a terminar as dívidas com os ganhos adicionais. Nossa tendência e gastar

1 DAYTON,Howard. O Seu Dinheiro, Um guia bíblico para Ganhar, Gastar, Economizar, Investir, Contribuir e Livrar-se das
Dívidas – Editora Bless Gráfica e Ltda, 2002.

Mais do que ganhamos, tanto se ganhamos muito, quanto se ganhamos pouco. Em segundo lugar, ganhe uma quantia adicional sem prejudicar seu relacionamento com o Senhor ou com sua família.

7. Não acumule dívida nova. - A única forma de não acumular dívida extra é pagando a vista, com dinheiro, cheque ou cartão de debito no momento da compra.
                                     
8. Seja satisfeito com o que você tem. - Vivemos numa cultura cuja industria de propaganda tem maquinado, com poder e sofisticação, métodos de persuadir o consumidor a comprar. Freqüentemente, a mensagem tem a intenção de criar um descontentamento com aquilo que temos.

Considere estes três fatores:

1)     Quanto mais televisão você assiste, mais gasta.

2)     Quanto mais olha revistas e catálogos, mais você gasta.

3)     Quanto mais você for às lojas, mais você gasta.

9. Considere uma mudança radical em seu estilo de vida. - Um número crescente de pessoas diminuiu suas despesas de modo significativo para se livrar das dívidas com mais rapidez. Algumas venderam suas casas e se mudaram para outras menores. Muitas tem vendido os carros que tem prestações mensais altas e comprado carros baratos para se livrarem das dívidas.
                                 
10. Não desista! - Desde o início reconheça que haverá centenas de razões pelas quais você devera desistir ou postergar seus esforços para se livrar das dívidas. Não caia na tentação de não continuar firme em seu compromisso. Não pare ate que tenha alcançado seu objetivo maravilhoso de viver livre das dívidas. Lembre-se de que sair das dívidas é um trabalho bem difícil, mas a liberdade que você terá valera a pena.

3) BÊNÇÃOS PROMETIDAS A PESSOA HONESTA

a)     Intimidade com o Senhor. "Porque o Senhor abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade" (Provérbios 3:32).

b)     Uma família abençoada. "O justo anda na sua integridade, felizes lhe são os filhos depois dele" (Provérbios 20:7).

c)      Vida longa. "O lábio veraz permanece para sempre, mas a língua mentirosa, apenas um momento" (Provérbios 12:19).

d)     Prosperidade. "Na casa do justo ha grande tesouro, mas na tenda dos perversos há perturbação" (Provérbios 15:6).

4)    MALDIÇÕES RESERVADAS AOS DESONESTOS

a)     Alienação de Deus. "Porque o Senhor abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade" (Provérbios 3:32).

b)     Problemas familiares. "O que e ávido por lucro desonesto, transtorna a sua casa" (Provérbios 15:27).

c)      Morte. "Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal" (Provérbios 21:6).

d) Pobreza. "Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem" (Provérbios 13:11).

CHAVES DO PRINCÍPIO DO TESOURO

DEUS É DONO DE TUDO. EU SOU APENAS SEU GERENTE FINANCEIRO

Somos administradores – não donos – dos bens que Deus nos confiou

MEU CORAÇÃO SEMPRE ESTARÁ ONDE EU COLOCAR O DINHEIRO DO SENHOR

Invista mais nas coisas eternas e menos nas efêmeras, e veja o que acontece

MEU LAR NÃO É AQUI. MEU LAR ESTÁ NO CÉU.

Somos cidadãos de “uma pátria melhor, isto é, uma pátria celestial” (Heb. 11.16).

DEVO VIVER NA PERSPECTIVA DA ETERNIDADE, E NÃO EM FUNÇÃO DO PRESENTE.

Nossa vida se resume a um ponto: ela começa e termina rapidamente.

Mas a partir desse ponto estende-se uma linha que continua para sempre.

A linha é a eternidade, que os cristãos irão VIVER no céu.

OFERTAR É O ÚNICO ANTÍDOTO CONTRA O MATERIALISMO

Ao ofertar estamos afirmando a soberania de Cristo sobre todas as coisas e exaltando a Deus, reconhecendo-o como Senhor.

DEUS NÃO ME FEZ PROSPERAR PARA ELEVAR O MEU PADRÃO DE VIDA,

MAS PARA ELEVAR O PADRÃO DAS MINHAS PFERTAS.

 Deus nos dá mais do que precisamos Para que possamos ser generosos em qualquer ocasião.

VI. UMA PALAVRA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

1)    O DEVER DOS PAIS

Os pais precisam combater com êxito os dias maus que constituem nosso tempo, é preciso levar a sério a formação do caráter cristão desde a mais tenra idade (Pv. 22.6).

É dever dos pais levarem a sério a formação do caráter de Deus nos filhos sabendo que este é desenvolvido por meio da operação do Espírito Santo, a qual, por sua vez, está baseada nos méritos do sacrifício expiatório de Cristo. (Rm. 5.19-21).

Qualquer pessoa que possua o caráter de Deus é nova criatura guiada pelo Espírito Santo (Jo. 3.3-7).

Pensamentos e atos passam a ser determinados pela vontade do Espírito. A pessoa transformada não é simplesmente outra pessoa, mas alguém pacífico, alegre, amoroso, paciente, fiel, manso, controlado, veraz.

a) Ensine seu filho a viver a lei de Deus

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento” (Provérbios 9.10).

b) Seja um exemplo para seu filho

Timóteo foi instruído no conhecimento da Palavra de Deus desde pequeno, tendo sua mãe e sua avó como exemplo (II Timóteo 3.15). “Recordo- me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.” (II Timóteo 1.5).

c) Transmita seus valores a seu filho

“O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!” “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Provérbios 20.7; 22.6).

d) Discipline seu filho

(Provérbios 3.12; 22.15; 23.13,14; 29.15, 17) - (Hebreus 12.6-8).

d)   Não seja excessivamente permissivo com seu filho

Sendo permissivo em excesso, os pais estarão privando o filho de uma boa educação, pois nem tudo na vida é permissível. Os pais não podem permitir que os filhos vivam sem limites.

f) Quando os Pais Oram

Ø   O Exemplo de Noé – Hb. 11.7

Ø   O Exemplo de Abraão – Gn. 18.19

Ø   O Exemplo de Moisés – Ex. 12.3,23

Ø   O Exemplo de Ana – I Sm. 1.27-28

Ø   O Exemplo de Pedro – At. 2.39

Ø   O Exemplo de Paulo e Silas – At. 16.31

2) O Dever de Instruir e Disciplinar os Filhos
         
É obrigação solene dos pais darem aos filhos a instrução e a disciplina condizente com a formação cristã.

Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, tendo como prioridade a salvação dos filhos

(Gn. 18.19; Dt.6; Sl. 78.5; Pv. 4.1-4; 6.20; Ef. 6.4; Col. 3.21)

a) Na criação dos filhos os Pais não devem ter favoritismo

b) Ensinar a temerem ao Senhor e a se desviarem do mal (Dt. 6.6,7)

c) Proteger os filhos da influencia da mídia pecaminosa

d) Ter cuidado com interferência e ao mesmo tempo possível contribuição dos parentes em relação à educação dos filhos

e) Ensinar aos filhos que Deus os ama e tem propósitos específicos com suas vidas (Lc. 1. 13-17; Rm. 8. 29,30; I Pe. 1.3-9).

f) Prevenir os filhos sobre suportar perseguições por amor a justiça (Mt. 5.10; II Tm. 3.12).

g) Corrigir com amor os filhos (Pv. 29.17,18; 22.15; 23.13-14)

h) Considerar o que a Bíblia diz sobre os filhos

Ø   Os filhos são herança do Senhor – Sl. 127.3

Ø   Os filhos são galardão do Senhor – Sl. 127. 3

Ø   Os filhos são como flechas na mão do guerreiro – S. 127.4

Ø   Os filhos são bênçãos do Senhor para o homem temente – Sl. 128.4

3) A Questão dos Parentes na Vida da Família (AVÓS)

Edificar uma família centrada na Palavra é, portanto, a exata essência da responsabilidade que Deus mesmo tem dado aos pais, e é um dever que cada pai deve abraçar alegre e avidamente.

A família começa com o casamento. Quando Deus criou Adão e Eva, ele revelou seu plano básico para o casamento: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Este plano é claro. Um homem ligado a uma mulher.

Gn 2:24 – Há três princípios sobre matrimônio neste texto:
                                             
Ø   Deixar pai e mãe – Gênesis originalmente foi escrito na língua hebraica. No hebraico há um verbo forte aqui, com o sentido de "abandona". Não somente deixar pai e mãe. É abandonar!

Obviamente que não há o sentido de desprezo nesta idéia. Mas, sim, de uma real separação. O ideal é que o novo casal estabelece sua própria residência. Porque iniciam vida nova. O casal agora é uma família: seus pais são apenas parentes.

O casal aprende a resolver todos os seus problemas por si só. Sem a interferência de ambos os Pais, isso, não significa ausência de conselhos. Porém, o casamento é para pessoas adultas que possuem maturidade para solução de possíveis conflitos em oração diante de Deus e Sua Palavra.

Ø   Haverá situações em que os pais dependerão do casal. Nestes casos os mesmos não devem ser desprezados, mas amados em Cristo como recomenda a Palavra de Deus. (I Tm. 5.1,2,4,8)

Ø   Aos Pais é recomendado que dêem testemunho e exemplo aos mais novos, a fim de que tenham um procedimento sóbrio diante de Deus (Tito 2.1-4).

   VII PALESTRA EXCLUSIVA PARA O CASAL

1.    A Questão Relativa à Quebra de Relacionamentos 

O Principio básico para um verdadeiro relacionamento conjugal segundo a vontade de Deus é descrito na Escritura Sagrada no que diz respeito à virgindade ou no Hímen.  O hímen é criação de Deus com o propósito de estabelecer uma aliança de sangue no casamento.

A definição de hímen é: Prega formada pela membrana mucosa da vagina, cujo orifício externo fecha parcial ou totalmente, e que apresenta uma abertura de forma e diâmetro variáveis.O hímen possui uma perfuração central que geralmente é rompida durante o primeiro ato sexual.

Uma vez rompido, torna-se um anel de tecido em volta da abertura da vagina. Você já parou para perguntar por que Deus colocou-o na mulher?

No Antigo Testamento, um casamento era consumado na noite de núpcias quando os convidados e anciãos ainda estavam presentes. A noiva trazia com ela um lençol da cama e, quando ocorria a cópula, o rompimento da membrana derramava sangue sobre ele. Este era, então, levado aos pais e anciãos como prova de sua virgindade. Esse lençol era guardado por toda a vida dela, como um sinal de pureza, para que ela não pudesse ser repudiada (divorciada) por não ser uma virgem. 

Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, a porta. 

E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. 

E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em cem ciclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não a poderá despedir. 

Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça a porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti. (Deuteronômio 22.13-21).

Ø   Obs.: Quando um marido e sua esposa se deitam juntos pela primeira vez, o hímen se rompe.

Quando isso acontece, há um fluxo de sangue incorrupto: o sinal da virgindade. Uma razão para isso é que se trata do símbolo da aliança que nós temos com Deus Pai, por meio do sangue derramado de Jesus Cristo. Quando um homem deixa a aliança de nascimento com seu pai e sua mãe e relaciona-se com sua mulher pela primeira vez, a ruptura do hímen é a aliança de sangue que ele estabelece com sua mulher. Tal aliança estabelece direitos entre os dois. O sangue de Jesus estabelece direitos entre Deus Pai e a pessoa que nasce de novo.


Assim temos um ensino preciso e fundamental das Escrituras no que diz respeito ao casamento como aliança indissolúvel e da fidelidade no relacionamento conjugal.

2. Questão do Relacionamento Sexual do Casal

2.1 Princípio Bíblico:

a) A reprodução – (Gn. 1.27-28)

b) A expressão amorosa – (Pv. 5.15, 18,19)

c) Exclusividade e privacidade – (Pv. 5.17,20) (Não pode ser compartilhado c/ outros).

Ø   O sexo é concessão (I Co 7.3) O direito da mulher e do homem com relação ao sexo.

Ø   O sexo no casamento é um dever (I Co 7.2) É responsabilidade de ambos (marido e mulher)

Ø   Nivelamento de direitos (I Co 7.4)

Ø   A greve do sexo (I Co 7.5) “Não defraudeis um ao outro” Marido e mulher não deve se negar um ao outro, mas é possível uma abstinência, mas somente por mutuo consentimento.

2.    O Sexo Normal E Pecados Do Sexo

O sexo perfeito e o anormal

O sexo saiu perfeito, quando o Criador o implantou no homem, no princípio, mas o pecado que veio pela queda do homem, o transtornou como hoje se vê.

3.1 A nova moralidade

a) É ativada pelos demônios da impureza sexual (Os 4.12,13).

b) É a diabólica filosofia de vida da “liberação sexual”.

c) É a imoralidade e a decadência moral com outro nome.

4) Desvio e perversão do sexo

(Gn. 19.5; I Rs. 14.24; Rm. 1.24-28; I Co. 10.8; Ef. 5.12;Gl. 5.19; Ap. 21.8; 22.15).

4.1 Masturbação

É um desvio ou transvio do sexo.

Toda masturbação esta atrelada, no homem, à sua memória visual e mental e na mulher, ela está ligada à memória mental (lembrança).

4.2  Sexo anal

Imoralidade sexual condenada pelas Escrituras Sagradas (Rm. 1.27); pois na prática utiliza-se um órgão do corpo considerado como o esgoto do organismo gerando doenças e constrangimento ao cônjuge. Obs:. Bom senso e temor a Deus cabem nesta questão. (Rm.

6.2; I Cor. 3.16,17; I Cor. 6.18,19; Gl. 5.19-21; I Ts. 4. 3,4; I Tss. 5.23).

4.3  Sexo Oral

Imoralidade e Perversão do sexo criado por Deus segundo a lógica e o bom senso dos órgãos e suas finalidades. A boca e os lábios foram criados para comunicação e principalmente para o louvor ao Deus Santo. Cabe a pureza aos filhos de Deus em todas as áreas da vida. (Rm. 1.26; II Cor. 7.1; Hb. 13.4; Sl. 71.8).

4.4 Prostituição

É o delito da prática sexual ilícita, pré ou extra-matrimonial, envolvendo o comércio da sexualidade (Os. 5.4; Gl. 5.19-21).

4.5 Adultério

É a prática sexual ilícita com cônjuge que não é o seu (I Co. 6.9, 10, 18; Gl. 5.19b; I Ts. 4.3; Ap. 21.8; Tg. 1.13,14).

4.6 Sadomasoquismo / Sadismo sexual

Sentir prazer em aplicar torturas nos outros, ou vê-los sofrer. (Ef. 4.22; I Pe. 4.3)

4.7 Satiríase / Ninfomania

Desejo sexual exagerado, descontrolado, doentio, vício, perversidade moral desenfreada

4.8 Zoofilia ou Bestialismo (Ex 22.19; Lv 18.23; 20.15, 16; Dt 27.21)

Perversão Sexual praticado com animais

4.9 Incesto

Prática sexual ilícita entre parentes consangüíneos.

4.10 Pedofilia

Prática sexual entre maiores e menores de idade; perversão imoralidade que violenta criança e o adolescente.

Conclusão:

O sexo foi criado pelo Senhor Deus tendo como princípio primário a procriação e também para o prazer, entretanto, o mundo e a mídia tem contribuído para o desvio e perversão da sexualidade.

Convém aos filhos de Deus, não se conformarem com o mundo (Rm. 12), mas, apresentarem os vossos corpos em Sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

“PERDER O ESPÍRITO DE REVERÊNCIA E ADORAÇÃO A DEUS É O PRIMEIRO PASSO

PARA BAIXO NA ESPIRAL DA DEGRADAÇÃO MORAL

5)   O Deus da Aliança Abomina o Divórcio 

FAMÍLIA CRISTÃ

Resolvendo os conflitos a luz da Palavra de Deus e não segundo o curso deste mundo Rm. 12.12 

As diversas fases do casamento exigem cuidados especiais e aconselhamentos direcionados. Entretanto, o mandamento divino de “ todos. 

DEUS ABOMINA O REPÚDIO – ML 2:14

O Senhor Deus fala através do profeta Malaquias que Ele abomina o divórcio visto não ser este o caminho que Ele estabeleceu no princípio

“Indissolúvel” entre o homem e mulher. 

a) Mt 19:4-6 – O Senhor Jesus reafirmou a procedência divina do “casamento” e o colocou dentro da esfera da vontade perfeita de Deus e não sujeito aos caprichos do homem

Por ser um princípio divino a instituição “casamento” é supra cultural, não podendo a legislação humana dissolver a legislação divina. 

O termo grego para “dureza de coração é “esclerokardia”,  cujo significado abrange o egoísmo e a insensibilidade; é o coração que endurecido e desgastado não enxerga o outro. É mina e contamina o amor. Assim, sendo o divórcio não é vontade de Deus, mas, sim, uma condição resultante do coração adoecido pela incredulidade.

b) Ef 5:23-25, 32 – A Palavra de Deus toma o casamento como um símbolo da união perfeita de Cristo com a Igreja, onde a submissão da mulher e o amor do marido no matrimônio se destacam como alicerces firmes estabelecidos pelo Senhor Deus para uma união permanente e feliz

“União Indissolúvel”

Que não pode ser dissolvido, dividido, desmanchado... Sempre será aquilo... Não vai se separar

Gn 2.14-16 princípio, quando no jardim do Éden instituiu o “Casamento é esclerokardia”, cujo significado abrange o egoísmo e a insensibilidade; é o coração que endurecido e desgastado não enxerga o outro

Os casamentos se destacam como alicerces firmes estabelecidos pelo Senhor Deus para uma união permanente e feliz.

“Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço. Porque deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (Provérbios 5.15-

19).

_ É preciso fazer um compromisso de fidelidade mental

“Eles o protegerão da mulher imoral e dos falsos elogios da mulher leviana. Não cobice em seu coração a sua beleza, nem deixe seduzir por seus olhares, pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas a adúltera sai à caça de vidas preciosas. Pode alguém colocar fogo no peito sem queimar a roupa? Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os pés?” (Provérbios 6.24-28).

_ Quanto Tempo Deve Durar Um Casamento?

"Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive" (Romanos 7:2). "A mulher está ligada enquanto vive o marido" (1 Coríntios 7:39). A intenção de Deus é que um esposo e uma esposa permaneçam casados até que a morte os separe. Deus une esposo e esposa num só ser, e esta união é para ser permanente. 

6) A Questão do Perdão Cl. 3.13 

INTRODUÇÃO: 

1) A Palavra de deus exorta em 1ª Tm. 6.17 a não depositar nossa esperança na instabilidade da

riqueza, mas em Deus que é a fonte de “todo prazer e gozo” (Sl. 90.12-17).

2) A Palavra de Deus, porém, nos alerta sobre a existência de um mal que rouba de nós a

capacidade de desfrutar do “legítimo prazer e gozo”, e este mal se chama “amargura” (Hb.

12.15).

3) A “Amargura” pode começar com uma raiz de pequena “mágoa”, na medida em que cresce vai se transformando em “ressentimento”, que por sua vez, torna-se “amargura”.

4) Às vezes a “amargura” ferve, transformando-se em “ódio”, que muitas vezes é manifesto através da “indiferença e desdém”, que seria o “ódio congelado”. Neste caso, a raiz se transformou em“tronco”.

5) À medida que o “ódio” instala em meu coração, além de não poder experimentar o “prazer legítimo”. A vida fica uma tortura porque se torna escravo da pessoa sobre quem recaiu o meu ódio.

6) Todos nós experimentamos ofensas – um amigo infiel, um filho ingrato, uma palavra áspera, a Indiferença, uma acusação falsa etc. – contudo, diante das ofensas devemos exercer uma escolha.

a) Podemos perdoar ou ficarmos ressentidos. Amar ou Odair. Estabelecer relacionamentos ou retrairmos.

b) A primeira escolha leva-nos a liberdade constante, uma vida de sinceridade e crescimento espiritual. A segunda escolha leva-nos a uma vida de escravidão interior, a amargura.

A cura para a raiz de amargura é o perdão. Perdoar não é fácil. Porém, em borá difícil, o perdão não é opcional para o filho de Deus – (Mc. 11.25). É uma ordem e não fazê-lo traz conseqüências desastrosas.

6.1) Perdão é uma Decisão Deliberada que se Toma

a) Perdão não é “sentimento” ou “esquecimento”; mas uma decisão de obedecer a uma ordem bíblica. Independente do merecimento por parte do ofensor (Ef. 4.32; Lc. 17.3-10; Mt. 6.14,15; Cl. 3.13).

b) Perdão é uma “ordem dirigida a nossa vontade e não as nossas emoções”. Já a amargura é fruto de um coração enfermo que reivindica o direito de vingança que não lhe pertence.

c) Perdão é “fruto de um coração submisso a Deus”, que olha a ofensa como oportunidade pra crescer, refletindo o exemplo de Cristo para com o ofensor (Ef. 4.32).

6.2) Perdão é uma Decisão Unilateral

a) O ofensor “não precisa merecer o meu perdão antes de eu conceder”. Se eu retiver o perdão, eu mesmo sofro as conseqüências.

b) A amargura é uma doença de nossa própria alma e “somos nós que sofremos em
conseqüência de sua devastação”.

c) “O perdão unilateral é concedido o quanto antes, antes mesmo do ofensor saber do fato”. O perdão oficial é concedido no momento em que o ofensor o pede, reconhecendo arrependido o seu erro.

6.3) Perdão não é Esquecer a Ofensa é Fazer uma Escolha

a) “É quase impossível esquecer totalmente a ofensa”. Só Deus o faz (Jr. 31.34; Hb. 8.12 e 10.17).
Nós não conseguimos apagar de nossos arquivos mentais alguns fatos indesejáveis ou
doloridos.

b) “Toda vez que a memória da ferida ou da dor vier nos oprimir, precisamos dizer:
"perdoada”sobre a lembrança da pessoa que nos ofendeu, até que Deus nos cure totalmente esta ferida (2ªCor. 2.7,8).

c) Concentre sua atenção não mais na ofensa ou na dor que ela provocou, “mas em amar ativamente o ofensor e orar por ele e investir em sua vida” (Rm. 12.20-21; Mt. 18.15-17; Gl. 6.1; 1ªCor. 13.1).

6.4) Perdão Produz Transformações Saudáveis

a) “O perdão liberta-me das feridas do passado”, ou seja, deixo de ser controlado por elas. Eu mudo, e o perdão deixa-me livre no presente para também perdoar no futuro se for necessário (Lc. 17.1).

b) “Perdoar significa abrir Mao de um direito que na verdade não é meu”. A Bíblia diz que a vingança pertence ao Senhor. A falta de perdão nos impede de amar nossos inimigos (Rm. 12.19; Pv. 20.22).

c) “Dar e receber perdão é o maior poder à nossa disposição para resolver conflitos hoje em dia”. É mostrar ao mundo o caráter de Cristo (Rm. 12.21).

CONCLUSÃO

Ao contrário da raiz de amargura que traz ferida e dor, o perdão verdadeiro liberta-me para:

a) Cultivar um coração disposto a obedecer a Deus e a conquistar o ofensor (Mt. 18.15)

b) Cultivar um coração confiante na fidelidade de Deus (1ªCor. 10.13; 13.4-8ª)

c) Cultivar um coração grato a Deus. Deus tem propósitos mesmo nas ofensas (1ªTs. 5.18; Gn.50.20).


VII. O ALTAR DA FAMÍLIA

É possível levantar o itinerário das peregrinações de Abraão se, tão-somente, visitarmos os lugares onde o patriarca construiu os altares para sacrificar ao Senhor. Eis o que lemos em Gênesis: "Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera. Passando dali... edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor" (Gn 12.6-8).

O que podemos aprender com Abraão? Embora fosse praticamente o único servo de Deus em toda a terra, resistiu ao mundanismo e alcançou o título de pai dos fiéis (Rm 4.11,16). A resposta está nos altares que ele construía para, juntamente com toda a sua casa, invocar o nome do Senhor (Gn 18.19).

1) Algumas das Vantagens que a Família Usufrui Quando, em Espírito e Verdade, Ergue-Se o Altar do Culto Doméstico Todos os Dias:

a) Torna o ambiente familiar um lugar agradável e enriquece a comunhão entre os membros da família;

b) Evita as desavenças e acaba com os focos de desunião;

c) Leva os filhos a perseverarem em seguir a Cristo, e determina o seu bem estar na eternidade;

d) Prepara-nos para render o melhor serviço e a glorificar a Deus no trabalho diário, na escola, em casa, no escritório, no comércio ou na fábrica;

e) Dá-nos força para enfrentar, com coragem, todos os problemas e tentações da vida;

f) Cultiva uma vida de oração e comunhão com Deus;

g) Faz-nos passar o dia na presença do divino Amigo e Ajudador;

h) Aumenta a influência e a obra da igreja no mundo inteiro;

i) Anima outros lares a seguirem o mesmo exemplo;

j) Honra ao Pai celestial e manifesta nossa gratidão por Sua misericórdia e bênção.

O segredo do culto doméstico está justamente em sua direção. Deve ser dirigido por alguém que mantenha comunhão com Deus, que estude a Bíblia e cujo objetivo seja o de levar toda a família a fazer o mesmo.


IX. ADOLESCENTES

9.1) O Que é a Adolescência?

A adolescência deve ser encarada normalmente, como as outras fases da vida: infância, juventude,

Maturidade e velhice. Em todas essas etapas, enfrentamos mudanças com as quais nos devemos

Adaptar. É preciso entender a adolescência como um processo normal do indivíduo em direção à

maturidade.

A peculiaridade dessa faixa etária é que todas as transformações (físicas, emocionais, psíquicas,

sociais, intelectuais e espirituais) acontecem ao mesmo tempo e rapidamente.

A duração é variável. Mas podemos dividi-la em três etapas:

a) Pré-adolescência - 9 aos 12 anos;

b) Adolescência - 13 aos 16 anos;

c) Adolescência Final - 17 aos 20 anos.

É muito importante que o adolescente saiba que o seu corpo pode chegar a parecer com o de um

adulto, mas os seus pensamentos e comportamentos ainda não estão maduros como os de um

adulto. Daí a importância de sempre dar ouvidos aos conselhos dos mais velhos. (Pv 6.20-23).

9.2) O Adolescente e as Crises.

a) A crise do espelho (Eu e eu mesmo).

b) A crise do “ninguém me ama” (Eu e os outros).

c) A crise do “filho pródigo” (Eu e Deus).

d) ... e muitas outras.

Essas transformações rápidas geram muitas crises.

O importante é saber que Deus está muito interessado em ajudá-los a crescer e amadurecer por meio das crises (Jo. 16.33).

O adolescente deve aproveitar as suas crises para conhecer mais a Deus e se tornar mais parecido com Jesus Cristo.

Temos muitos exemplos na Bíblia de pessoas que confiaram inteiramente no Senhor e cresceram no meio das crises (José, Davi, Daniel, Rute, Ester, etc).

_ Tempo de crise é tempo de refletir sobre a vida (Sl. 139.23-24);

_ Tempo de crise é tempo de Deus agir, pois Ele tem um bom propósito para todos aqueles que o amam (Rm. 8.28);

_ Tempo de crise é tempo de vivenciar a presença de Deus (Sl 23.4);


_ Tempo de crise é tempo de crescer (Jó 42.5).


9.3) O Adolescente e Sua Vida de Compromisso com Deus.

_ Ninguém nasce crente (ou salvo)

a) É preciso receber Jesus como salvador (Jo. 1.12);

b) Necessidade de Novo Nascimento (Jo. 3.3);

c) É preciso arrependimento pelos pecados (At. 3.19);

d) Deus ama a todos. Jesus morreu por todos > só é salvo o que crê (Jo. 3.16);

e) Salvação é pela fé (Ef 2.8-9);

f) Podemos ter certeza da nossa salvação (Jo. 5.24).

_ No Salvo há Mudança de Vida

a) O molde correto – (II Co 5.17; Rm 12.1,2)

b) A base da remodelação - “Nova Criatura”.

c) A motivação para moldar o caráter - “não se conformar com este mundo”.

_ Oração

a) Desejo de Comunhão;

b) Desejo de Proximidade;

c) Desejo de Dependência do Senhor.

_ Palavra de Deus

a) Por meio do Salmo 119.9, 11, 105

b) A Bíblia como agente purificador;

c) A Bíblia como um preventivo (ex.: vacina);

d) A Bíblia como o guia que nos indica o caminho certo e nos desvia do caminho errado;

e) A promessa de bênção ao que lê e pratica (Ap 1.3).

O Resultado feliz - Jo 10.10 - “A vida abundante que Jesus deseja que vivamos”.

9.4) O Adolescente e a Questão da Obediência.

(A obediência protege)

a) Obediência aos pais. (Ex 20.12; Cl 3.20; Ef 6.1 -3)

Honrar é respeitar. Pai e mãe devem ser respeitados. Respeitá-los é uma forma de reconhecer que Deus os colocou na sua vida como instrumento dEle.

_ Obedecer aos pais é um ato de:

a) Fidelidade a Deus;

b) Confiança no Senhor;

c) Submissão ao Pai celestial – (Exemplo do Senhor Jesus - Lucas 2.51)

O adolescente quer mostrar que já têm condições de fazer suas próprias escolhas.

Este é um momento de buscar autonomia, de acertar e de errar, em que estão buscando chegar a Algumas conclusões sobre a vida e suas decisões.

Os pais ajudam os adolescentes a viverem este momento, quando conseguem deixar claro quais são os limites estabelecidos:

a) Com relação a horários de chegada;

b) Com relação a gastos;

c) Com relação a tempo na internet;

d) Na TV (com relação a programas);

e) Com relação às amizades, etc.

Deus usa a família para trabalhar na nossa vida. Ela é a “Academia de Deus” para exercitar nossa fé; moldar nosso caráter e aperfeiçoar nosso espírito.

Obedeça. Respeite. Seja o exemplo. Ore! (Cl 3.23-24).

9.5) O Adolescente e a Questão do FICAR.

(I Co 6.12-20) SIM OU NÃO

O que Deus pensa?

Os propósitos de Deus para nossos relacionamentos afetivos:

a. No amor - I Co 13.4-7;

b. Quanto ao nosso corpo;

1) I Co 6.12-13 - não é para impureza, mas para o Senhor;

2) I Co 6.17-20 - somos templo do Espírito Santo;

3) I Ts 4.3-4 - é para santificação.

c. Quanto à nossa mente - Fp 4.8-9.

À luz da Palavra de Deus, pode alguém que ama a Jesus “ficar”?

Parabéns! Queridos adolescentes. Vocês estão vivendo um período maravilhoso da vida de vocês.

Vamos olhar sempre para o Senhor que nos resgatou, pois através de toda a Bíblia Ele chamou, treinou e acreditou em adolescentes que, em muitos casos tornaram-se grandes exemplos para o Seu povo.

O Senhor não mudou e nós cremos que deste grupo irão sair grandes “homens e mulheres” de Deus para a glória do Senhor Jesus Cristo!

ATENÇÃO - Srs. PAIS

É dever dos pais amar a seus filhos e dar a eles toda a atenção necessária, pois, uma das causas do namoro precoce, entre adolescentes e jovens está exatamente na Carência afetiva. Adolescentes e jovens tem reclamado cada vez mais a falta de amor por parte dos pais, o que tem lhes proporcionado um empurrão à busca de Relacionamentos que preenchem o espaço, que deve somente ser ocupado pelos pais.



X. UMA PALAVRA PARA OS JOVENS

1) Posso Namorar Alguém sem Jesus

a) Dúvida Cruel: “Ele é demais! Super educado (a), atencioso (a), amigo(a) verdadeiro(a), tem um Ambiente familiar ótimo! “Só tem um detalhe”; ele(a) não é de Jesus!!!”

b) Busca de alternativa por falta alguém interessante na igreja em que se congrega!

c) Seguir o exemplo de pessoa que se casou com não cristão e depois de algum tempo ele se Converteu???

Este não é um problema atual. Cada geração o enfrenta e tem que se posicionar acerca da questão.

As tentativas para justificar um namoro considerado pelas Escrituras como “jugo desigual”, são cada vez mais criativas. Todavia, convém aos verdadeiros filhos de Deus buscarem em oração e na Palavra de Deus as devidas orientações para uma escolha bem sucedida.

2) Cuidado com as Decisões do Coração

Todas as decisões que tomamos na vida trazem suas “CONSEQUENCIAS”, sejam elas boas ou más. Se você pretende ter menos dores de cabeça, “é bom pensar muito bem, antes de fazer as coisas que seu CORAÇÃO lhe sugere”.

a) Leia com cuidado as seguintes referências bíblicas: (Pv. 4.23; 16.1,2; Ec. 12.13,14).

b) Veja que o “sistema de valores” entre o “não cristão” e o “Cristão” são diferentes, (Leia com atenção 2ªCor. 6.14-16).

3) O Pecado da violação do Padrão para Intimidade física

Um aspecto a ser observado, num relacionamento misto, é que a área física desenvolve-se bem depressa. As carícias vão aumentando, aprofundando-se cada vez mais. A amizade, o companheirismo, fica em segundo plano. A área espiritual é violada pela manifestação da lascívia, imoralidade e fornicação.

Evitando o Pecado no Namoro:

a) Não cometa o pecado do “jugo desigual” – fuja do namoro com descrentes (2ªCor. 6.14-16);

2 SOCEP. Sociedade Cristã Evangélica de Publicações LTDA – Revista Educação Cristã: Cuidando das Coisas do Coração Vl. 02, 4ª Edição – 2004.

b) Busque servir e fazer a vontade de Deus como prioridade em sua vida, enquanto, solteiro(a) (1ªCor. 7.32-38);

c) Busque namorar em idade madura, suficiente par assumir responsabilidades;

d) Namore somente pessoas cristãs que tenham testemunho de vida com Deus;

e) Evite intimidades, carícias, imoralidades sexuais durante o namoro (1ªCor. 6.10, 12, 13, 15; 2ªCor. 12.21; Gl. 5.16-24);

f) Fuja da lascívia – (gr. Aselgeia) = sensualidade: é a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (Mt. 5.32; 19.9; At. 15.20,29; 21.25; Ef. 5.3; Cl. 3.5);

g) Seja sensível a presença e a voz do Espírito Santo, pois, como cristãos devemos em tudo glorificar ao nosso Deus (1ªJo. 3.1-8; 1ªPe. 4.1-4; 1ªCor. 6.20)

4) Aspectos importantes para um namoro cristão.

a) Salvação - Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem ter aceitado a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador pessoal (João 3.16; Lucas 19.10; Romanos 10.9-10).

b) Maturidade física e Espiritual - Não devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas (Efésios 4.13; 1Coríntios 14.20).

c) Comunhão com Deus - Primeiramente Deus deve estar sendo uma fonte de luz em sua vida, uma fonte de vigor espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca será abençoado em qualquer tipo de relacionamento (1ªJoão 1.6-7).

d) O rapaz inicia - Em nosso tempo moderno é "comum" uma moça querer iniciar um namoro.
Mas isso fere o princípio bíblico. Mesmo num namoro, o rapaz é o líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve pedir à moça para namorar.

e) Permissão dos pais - Ambos os pais dos pretendentes devem estar de acordo com o namoro.
Isso demonstra confiança e honra dos filhos para com seus pais. Um namoro onde os pais não apóiam, geralmente resulta em muitas dificuldades. Isso não significa que os pais são a autoridade final no namoro, significa que estão querendo a bênção paterna para o relacionamento.

f) Apoio do seu pastor - Isso é importante e muitas vezes negligenciado pelos cristãos. O pastor de ambos deve apoiar e dar sua bênção. Pode ser que pastor veja coisas que eles não estão vendo e por isso é importante receber o apoio, o conselho deste servo de Deus.

g) Comunicação e visitas - Deve-se procurar estabelecer um determinado ritmo nas visitas por parte do rapaz à casa da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer uma boa comunicação entre ambos.

h) Confiança dos pais - No decorrer do namoro, deve procurar ganhar e manter a confiança dos pais. Verificar como é a relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser sensível para qualquer mudança.

5) Perigo da Licenciosidade no namoro

_ Mata a espiritualidade de ambos os namorados.

_ Faz com que fiquem cegos para os valores verdadeiros, as virtudes de cada um.

_ Faz com que abaixem os padrões da moralidade.

_ Conduz para a realização do ato sexual não permitido por Deus antes do casamento.

_ Conduz para depravação, destituição da dignidade.

_ Conduz para o desenvolvimento de um desejo de satisfação não natural.

_ Causa frustração e nervosidade.

_ Conduz para um casamento errado, com a pessoa errada.

_ Conduz para contrair doenças.

_ Conduz ao desrespeito mútuo.

6) Se Meus Pais forem Contra o Namoro?

Muitos Adolescentes e jovens possuem grande dificuldade em obedecerem a seus pais. Os pais geralmente detectam o perigo com maior propriedade pelo fato de possuírem uma experiência de vida madura.

6.1) Que diz a Bíblia Sobre a Relação Pais e Filhos?

Os filhos em relação aos pais devem:

a) Honrá-los (Ex. 20.12; Ef. 6.2)

b) Obedêce-los (Ef. 6.1; Cl. 3.20)

c) Respeitá-los (Lv.19.3; Hb. 12.9)

Os Pais em relação aos filhos devem:

a) Ensinar (Dt. 6.6-7; Pv. 22.6)

b) Prover (2ªCor. 12.1b)

c) Criar com disciplina (1ªTm. 3.4; Pv. 23.13,14)

d) Corrigir (Pv. 19.18; Pv. 29.17)

e) Não provocá-los a ira (Ef. 6.4; Cl. 3.21)

(Efésios 6.1-3) Ensina o dever de obedecer aos pais porque é justo e está na lei de Deus, tem haver com o testemunho cristão.

THE END

SEMINÁRIO FAMILIA CRISTÃ - REFORÇO

PARTE II

A família sempre tem ocupado um lugar central nos planos de Deus para esta terra. É pela família que Deus faz a Sua obra de salvação, em primeiro lugar, usando a família de Abraão para trazer o Salvador a este mundo e abençoar todas as famílias da terra (Gn 12:3; 18:18,19) e, nesta dispensação da graça, para formar a Sua igreja. É notável em Atos como as primeiras igrejas começaram pela conversão de famílias inteiras e lemos das casas de Cloe, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das casas de Lídia e do Carcereiro no início da obra da igreja em Filipos. Até hoje, onde há duas ou três famílias salvas e de bom testemunho, não deve demorar a formação de uma igreja local, mas onde não há famílias salvas é quase impossível ver uma igreja estabelecida.

É um fato básico, mas importantíssimo, que a condição espiritual duma igreja local depende da condição espiritual das famílias que formam aquela igreja. Uma igreja é simplesmente uma família de famílias e qualquer problema de família já é um problema da igreja local.

Satanás é o grande inimigo de Deus e da Obra de Deus, e nestes últimos tempos tem procurado destruir a unidade básica da família no mundo e também tem atacado muito o testemunho da igreja na terra usando problemas de família. Todos nós reconhecemos que estes problemas estão aumentando e que o amor de muitos está esfriando e que os salvos não são isentos destes problemas. O Senhor nos tem deixado na Sua Palavra muitos exemplos, advertências e ensinos para nos guiar. Os que têm praticado estes ensinos têm provado o seu grande valor; os que têm negligenciado estes ensinos sofrem as conseqüências desta desobediência.

Não nos sentimos capacitados de ensinar outros sobre este assunto pessoal, mas temos uma preocupação que muitas igrejas não estão reconhecendo a gravidade da situação e da necessidade de combater os ataques satânicos que vem infiltrando a igreja do mundo pela mídia etc. Nossos jovens enfrentam grande pressão nas escolas e faculdades para conformar com as concupiscências do mundo e precisam entender o que Deus diz sobre este assunto. Por estas razões, preparamos esta pequena série de estudos bíblicos para ajudar principalmente a juventude cristã sobre este assunto e nossa oração é que sejam usados pelo Senhor na edificação espiritual do Seu povo. Queremos reconhecer a ajuda recebida nesta preparação pelos livrinhos "Série A FAMILIA" pelo irmão John Grant,

O NAMORO

O homem sábio confessou que uma das coisas que não conseguia entender era "o caminho do homem com uma donzela"! (Pv 30:18,19). De fato, esta fase é um mistério, pois o comportamento do casal, e principalmente do rapaz, muda completamente e os outros notam esta diferença.

1) O NAMORO ERRADO DE SIQUEM E DINÁ: (Gênesis 34).

Em Gênesis 34:8 lemos que a alma de Siquém estava "enamorada" fortemente de Diná, filha de Jacó. Assim, aprendemos que esta forte atração é da alma e por isto governa completamente os seus pensamentos e comportamento. Como há dois tipos de fogo, há dois tipos de namoro. Usamos o fogo controlado em casa cada dia, mas o fogo sem controle traz destruição e desastre. O namoro controlado é útil em descobrir a vontade de Deus para nossas vidas, mas se não houver controle, trará desastre.

Este exemplo de Siquém e Diná nos ensina lições importantes no sentido de advertência, porque este "namoro" foi sem controle e causou muita tristeza e sofrimento. Notamos no v. 1 como Diná saiu para passear na cidade onde morava. Ela não pensava em namorar, mas em "ver as filhas da terra". Parece que os pais deram esta liberdade para a moça sem pensar naquilo que podia acontecer. Hoje, no mundo, os jovens têm grande liberdade e os pais não procuram controlar os passeios e amizades dos seus filhos, e então ficam surpreendidos quando vêm os problemas. Pais salvos não devem imitar este erro e devem manter controle em casa sobre os passeios dos seus filhos. Devemos saber onde estão e com quem, marcar os horários de estar em casa e isto deve ser feito com explicação bíblica e no espírito de amor. Os filhos devem reconhecer que tais regulamentos são feitos para o seu bem, e devem obedecer a seus pais desta maneira ( Ef 6-.1-4).

Logo apareceu Siquém, um jovem rico e da alta sociedade, mostrando muito interesse em Diná. Ela sabia que não era permitido por Deus que Seu povo casasse com estrangeiros, mas Siquém era "diferente"! Muitas moças são enganadas neste sentido, mas a Palavra de Deus é clara e Ele sabe que o jugo desigual nunca produz um casamento feliz e útil (2 Co 6:14.15). O propósito do namoro certo é para descobrir a vontade de Deus sobre nosso casamento, e a Sua Palavra revela que o jugo desigual nunca é a Sua vontade e que não há caso "diferente". Nem precisamos orar sobre este assunto, e não devemos começar tal namoro. Se já estamos envolvidos com descrente, devemos parar logo com o namoro. "Isto", pois com certeza trará conseqüências desagradáveis mais tarde.

O namoro com Siquém logo saiu do controle e caíram na prostituição (v.2) e o "passeio" de Diná trouxe grande pecado e desastre. Embora os irmãos de Diná acusaram Siquém de ter forçado a moça, é claro que ela estava de acordo com tudo que aconteceu, pois estava com ele depois na sua casa (v,26). Notamos que, embora que Siquém, amou a jovem e queria casar-se com ela, o seu pecado foi "uma loucura em Israel ...o que se não devia fazer" (v.7). O pecado de prostituição significa ter relações sexuais antes do casamento, e mesmo se é com a mesma pessoa com quem vamos casar-se depois, é grave pecado perante o Senhor e traz humilhação e conseqüências tristes para o casal (1 Ts 4:3-8- Hb 13:4). O fato que o mundo hoje considera estes relacionamentos como "normal", e até providencia meios para que os jovens possam evitar ter filhos, pelo ato, não diminui a sua gravidade perante Deus. O salvo que namora descrente está em grande perigo de cometer imoralidade, porque há DUAS naturezas carnais, mas só UMA natureza espiritual nesta amizade.

Vemos como Siquém ofereceu pagar dote maior para casar com Diná (v. 12) e até estava disposto a aceitar a circuncisão exigida pelos irmãos de Diná (v.24). Ele fingiu uma conversão ao judaísmo para conseguir a moça em casamento, mas o seu motivo não era espiritual, mas material, pois falou de como seu povo iria conseguir os bens de Israel caso aceitasse esta maneira de casamento misto (v.23). Muitas moças salvas são enganadas por moços que mostram interesse no Evangelho, e vem às reuniões e até fazem uma "decisão" de ser crente. Neste caso, a moça quer acreditar que ele é salvo mesmo, mas muitas vezes não é, pois só quer o casamento e depois de conseguir logo revela que seu coração nunca foi regenerado. A moça tem culpa neste caso, pois namorou o descrente quando era para deixar até que houvesse provas claras de conversão real. O único motivo válido numa conversão real é o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, mas o coração é muito enganoso e "conversões" deste tipo geralmente não duram muito tempo.

As conseqüências tristes deste "namoro" errado de Diná são advertências suficientes para alguém salvo, que está sendo tentado por Satanás a formar amizade íntima com descrente. A única coisa certa é para deixar tal relacionamento errado e esperar no Senhor.

2.O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rute 2).

Deus também nos deixou exemplos bons neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo fala hoje.

Rute já era viúva, mas ainda nova e sem filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus, solteiro, rico, que esperava no Senhor.

Rute precisava de marido, mas não precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.

Boaz observou Rute e notou seu caráter espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção, sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não agiu precipitadamente em razão de sua idade. Com tempo, a amizade desenvolveu e o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e felicidade.O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor". Foi um casamento feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).

Este casal serve como exemplo para os jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44). Uma maneira de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não. Se tivermos dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl. 32:8,10; 37:3,5).

O NOIVADO

As palavras "noivo" e "noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais "DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O "desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).

O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes. Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29:18-20). O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial. Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).

No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Juizes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).

Embora o desposado do oriente fosse mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os jovens salvos pensando em casamento.

1. O PROPÓSITO DO NOIVADO

Como o desposado dava um tempo para o casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação antes do dia do casamento.

Nunca devemos entrar nesta fase de noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma "aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.

Não podemos mencionar aqui todas as preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e a parte social para planejar.

Com certeza o casamento trará mudanças e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24). Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61). A nova morada deve estar perto de onde o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor (Hebreus 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.

2. A PUREZA DO NOIVADO (Mt 1:18-25)

Nos dias em que vivemos é necessário enfatizar este aspecto, pois o mundo muitas vezes não espera o casamento. Os judeus eram muito zelosos na pureza durante o desposado e o exemplo de José e Maria serve bem para nós entendermos a vontade de Deus neste respeito. José ficou preocupado com a gravidez de Maria e sabia que ele não era o responsável, pois nunca tiveram relações. Suspeitando a infidelidade dela, José pensava em desfazer o desposado de acordo com a lei, mas sendo ensinado pelo Senhor logo aprendeu a verdade deste caso milagroso e eles casaram-se de acordo com a Palavra do Senhor. Assim, Deus usou este casal puro para trazer Seu Amado Filho ao mundo e Maria era virgem até depois do nascimento do Senhor Jesus Cristo.

Nunca devemos cair na tentação que porque vamos casar brevemente podemos adiantar neste sentido. As relações sexuais antes do casamento são prostituição que é proibida, e será julgada pelo Senhor (1 Co 6:18-20; 7:9; 1 Ts 4:3,6; 1 Tm 4:12; Hb 13:4) e assim quem teme ao Senhor nunca vai ceder a esta tentação. Por esta razão a duração do noivado não deve ser mais que necessária para planejar o casamento e geralmente, como no caso do judeu, um ano é suficiente, mas pode ser mais ou menos de acordo com as circunstâncias pessoais do casal.

3. A PARÁBOLA DO NOIVADO (Ap 19:6-9)

Na Sua Palavra, Deus usa este estado para descrever a situação presente entre Cristo e Sua Igreja. A igreja é chamada a "NOIVA" do Senhor Jesus Cristo e as "BODAS do CORDEIRO" acontecerão no céu logo depois do tribunal de Cristo. Isto é muito precioso para os salvos e fala do amor verdadeiro que Cristo tem para conosco e da Sua promessa de voltar para receber-nos e do Seu desejo ardente de estar com a Sua igreja durante a eternidade. Também traz uma lembrança solene sobre como devemos viver neste tempo enquanto esperamos aquele dia. A igreja deve ser como uma "virgem pura a um só esposo, que é Cristo" (2 Co 11:2,3) e a mistura com o mundo é considerada como infidelidade ao Senhor (Tg 4:4,5).

Também como as noivas faziam durante o desposado as suas próprias vestes para seu casamento, nós estamos agora na fase de preparar o "linho finíssimo" que são "os atos de justiça dos santos" que será a nossa recompensa e glória futura na manifestação de Cristo com a Sua igreja (2 Co 5:9, 1 0; CI 3:4).

Esta solene comparação deve-nos ajudar a manter a pureza e santidade que o Senhor quer de cada um dos Seus, e também deve ajudar muito os jovens salvos a manter a pureza e santidade pessoal que Deus quer durante o seu noivado.

O CASAMENTO

Muitos dos servos de Deus nas Escrituras viviam vidas santas, felizes e úteis sem casar--se e ainda esta é a vontade de Deus para muitos hoje. Contudo, muitos outros servos de Deus nas Escrituras eram casados e esta é a vontade de Deus para muitos de nós. O casamento é "digno de honra" (Hb 13:4), e em nada menos santo do que o estado de solteiro. É importante que o jovem procure saber a vontade de Deus neste sentido porque este é sem dúvida o assunto mais importante depois da salvação da nossa alma. Embora que o casamento não existirá além desta vida (Mt 22:30), terá grande influência no nosso serviço para o Senhor durante esta vida, e este serviço terá recompensa eterna no céu. Assim, é de grande importância que o jovem salvo medite no que Deus diz sobre este assunto na Sua Palavra.

O PRIMEIRO CASAMENTO:

A Bíblia é o "manual' do Criador sobre este assunto e os muitos problemas que o mundo enfrenta neste sentido hoje são as conseqüências da sua desobediência aos ensinos de Deus. Um versículo chave neste assunto é Gn 2:24: "Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne ". Estas palavras foram faladas por Deus na ocasião do primeiro casamento, logo depois da formação da mulher e quando o assunto de casamento é mencionado na Bíblia, Deus sempre volta para este princípio (Veja Mt 19:5; Mc10:7,8; 1 Co 6:16; Ef 5:31). Vamos observar alguns fatos importantes deste versículo:

A) Notamos, em primeiro lugar, que o casamento não foi inventado pelo homem, também, não é um rito da igreja, mas veio de Deus como parte da criação milhares de anos antes que houvesse igreja.

B) Deus falou aqui sobre os "pais” do homem, mas Adão e Eva não tiveram pais humanos! Este fato mostra que Deus estava instituindo princípios fundamentais para todos os casamentos e que estes princípios estão em vigor para nós hoje.

C) O fato que o homem "deixará" seus pais quando casar para "apegar-se à sua mulher" mostra claramente que a união do casamento é mais íntima e durável do que a união entre pais e filhos. Assim, a primeira responsabilidade dos casados não é mais para com seus pais, mas para com sua esposa ou marido. O casamento não produz uma família aumentada, mas uma nova família com sua própria autoridade guiada por Deus. Às vezes os pais do casal não querem reconhecer esta mudança de autoridade e procuram manter seus filhos casados em casa, mas o casamento nesta situação não pode funcionar como Deus quer.

D) Deus está presente em todos os casamentos como Testemunha, e Ele considera aquele pacto feito para a vida inteira (Veja também Malaquias 2:14-16). Assim devemos entender que esta união de ser “uma só carne" não pode ser desfeita por qualquer motivo, pois somente a morte pode anulá-la (Rm 7:1-3). Este fato foi ilustrado claramente pela maneira que Deus formou uma mulher da costela tirada do corpo do homem. Adão reconheceu que Eva era parte dele e que era "sua mulher" designada por Deus para a vida inteira. Ele viveu 930 anos, mas nunca lemos de outra mulher na sua vida. As mudanças que vieram mais tarde, como bigamia (Gn 4), poligamia (Gn 6), e divórcio (Dt 24) são desvios do plano de Deus para o homem e a mulher.

AS PRIORIDADES DO MARIDO E ESPOSA SÃO DIFERENTES:

Notando agora o contexto de Gn 2:24, vemos que havia diferenças nas responsabilidades do homem e da mulher desde a criação. Antes da formação da mulher o homem já tinha sido colocado no jardim para o lavrar e o guardar, e tinha recebido a ordem para não comer da árvore da ciência do bem e do mal, e tinha dado nomes a todo o gado e às aves dos céus (Gn 2:15-20). Isto mostra que Deus considera o homem como o responsável, ou seja, "cabeça” do lar, e a mulher como sua "auxiliadora”. Um bom exemplo disto é que mesmo que foi Eva que desobedeceu a Deus primeiro quando comeu o fruto proibido, Deus chamou Adão primeiro para prestar contas porque foi com ele que Deus tinha falado como o responsável pelo casal (Gn 3:6-9).

Do Novo Testamento aprendemos que quanto à nossa posição espiritual em Cristo, "não há macho nem fêmea” (Gl. 3:28), mas quanto à ordem na família e no trabalho, há diferença na responsabilidade e no trabalho. Em 1 Co 11:3, Paulo explica que o homem é o"cabeça da mulher" como Deus é o cabeça de Cristo. Esta frase merece mais consideração. Como é a união entre Deus e Cristo? 

Não é baseada na superioridade do Pai e na inferioridade do Filho, mas no amor perfeito entre Eles e na ordem necessária em efetuar o plano da redenção. Era necessário um sacrifício perfeito e Cristo voluntariamente fez esta parte. Ele foi "enviado" pelo Pai, mas também Ele "veio" espontaneamente. Assim, no casamento, não há parte superior que manda, há um só propósito em fazer a vontade de Deus, mas para efetuar este propósito há responsabilidades e trabalhos diferentes. 

O “unissex" do mundo procura desfazer esta ordem divina e somente traz confusão para a família. O resultado é que mais que a metade dos casamentos do mundo terminam em divórcio hoje trazendo incalculável sofrimento desnecessário.

Do novo Testamento também aprendemos que a responsabilidade principal da mulher no casamento é: "Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” e o exemplo dado disso é a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo como Cabeça (Ef 5:22-24). Pedro explica que esta ainda é a responsabilidade da esposa mesmo quando seu marido for descrente (1 Pe 3: 1), mas esta submissão é "como ao Senhor” e assim será sempre dentro dos limites da Palavra de Deus (At 4:19).

A responsabilidade principal do marido é em amar a sua esposa como seu próprio corpo (Ef 5:25-28). A palavra "amar" aqui é ilustrada pelo amor de Cristo para com Sua igreja quando se entregou por ela. É o amor imerecido que não procura nada, mas que dá tudo. É o amor que não procura seus próprios interesses, mas o bem da pessoa amada. É o amor que nunca falha (1 Co 13:4-8). Não será muito dificel para a esposa submeter-se ao marido que cuida dela como Cristo cuida da Sua igreja!

Na maneira que os dois cumprem estas responsabilidades diferentes, o seu casamento será abençoado por Deus e a sua união crescerá em maturidade e felicidade.As falhas nestas responsabilidades trarão problemas para o casal no seu casamento e no seu serviço espiritual.

A PARTE FÍSICA:

Quanto ao lado físico, Deus também criou esta parte do casamento para o bem da família e da Sua Obra na terra, Notamos que a ordem divina para o primeiro casal "multiplicar-se" foi dada antes que o pecado entrasse no mundo (Gn 1:27,28). As relações conjugais dentro do contexto do casamento como expressão do verdadeiro amor, são aprovadas por Deus (Heb. 13:4) e consideradas como parte necessária para o bem estar do casal, para evitar a impureza (1 Co 7:2-5), e para a produção de filhos que futuramente servirão ao Senhor neste mundo (Gn: 18:18,19; Js 24,15, Sl 127:3-5).

Estes princípios divinos foram dados para a felicidade e utilidade do casal e o segredo dum casamento feliz é a obediência total a estas coisas. Satanás sabe o valor da família na Obra de Deus e tem substituído estes princípios com a sabedoria humana que até nega a existência do Criador e rejeita a Sua Palavra. Esta desobediência traz as conseqüências tristes que vemos nas famílias no mundo hoje.

Os jovens salvos contemplando o casamento e lendo estas coisas não devem exclamar como os discípulos exclamaram: "Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar" (Mt 19:10)! O casamento é bom. "O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Prov. 18:22).Contudo, precisamos entender o que é o casamento e procurar entender qual a vontade do Senhor para nossa vida e esperar no Senhor até que possamos dizer com convicção, "isto procede do Senhor" (Gn 24:50). Mesmo obedecendo ao Senhor, haverá dias de “sol” e dias de "chuva” para o casal, mas a firme convicção que estamos fazendo a Sua vontade, nos dará a paz de Deus em qualquer circunstância.

FILHOS

Continuando na seqüência dos estudos sobre a família cristã, chegamos a um assunto que pode ser comparado como dar e receber uma injeção. Ninguém gosta de aplica-la ou recebê-la, mas todos concordam que a disciplina das crianças é necessária!

Em primeiro lugar seria bom lembrar que nem todos os casamentos produzem filhos, e muitos bons casais nas Escrituras tiveram problemas neste sentido, como Abrão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Raquel, Elcana e Ana, Zacarias e Isabel. Contudo, estamos pensando no caso comum de casais salvos que têm filhos para criar, onde o ensino deixado por Deus sobre este assunto é muito importante para Sua Obra.

1. LIÇÕES DO ANTIGO ESTAMENTO

Este assunto não é exclusivo dos nossos dias, pois o coração da criança não tem mudado desde que Caim nasceu, e seria útil lembrar alguns exemplos e ensinos do Antigo Testamento.

Achamos exemplos de pais que criaram bem seus filhos, como Abraão (Gen 18:18, 19) e Jó (Jó 1) etc. Também Deus tem nos deixado advertências aos pais que não criaram bem seus filhos, com conseqüências tristes nas suas vidas, como Ló - (Gn 19) e Eli (1 Sm 2-4) etc.

Os judeus levavam muito a sério este assunto, e um filho rebelde que trazia vergonha para seus pais podia ser condenado à morte (Dt 21:18-21). As crianças pequenas ficavam sob os cuidados da mãe, mas quando possível os meninos acompanhavam seus pais ao trabalho, onde aprendia deles no campo, na carpintaria, como pastores de ovelhas etc., enquanto as meninas aprendiam em casa com suas mães na cozinha,na horta, na costura etc. Assim, cada um tinha sua profissão e trabalho, e desde pequeno contribuía para o serviço da casa. Havia também tempo de brincar com brinquedos simples feitos de madeira, palha; outras vezes as crianças brincavam nas praças imitando seus pais em fazer "casamentos", "sepultamentos", etc., ( Mt 11:16,17).

Uma parte especial neste treinamento era a educação espiritual das crianças (Dt 6:6), onde a Palavra de Deus era ensinada pelos pais e decorada pelos filhos em casa e na escola. Além disto, havia ocasiões durante o ano quando a família viajava para reunir-se em adoração e para ouvir a Palavra de Deus lida e explicada na Casa de Deus ( Dt 16:11; 1 Sm 1:3,4; Ne 8:2,3).

Talvez o livro que trata mais do assunto de disciplina das crianças seja o livro de Provérbios, que foi escrito por Salomão, pensando especialmente nos seus filhos (1:4,8,10, 15, 4.l, etc.).

Apesar das grandes mudanças tanto na sociedade como na cultura em nossos dias, tais ensinos são válidos para nós, e os que os seguem têm provado seu grande valor. Infelizmente, o mundo os tem desprezado, resultando em rebelião e mau comportamento por muitos jovens.

Salomão era pai de muitos filhos e foi usado por Deus para escrever bastante sobre a disciplina das crianças.

Antes de meditar nestas Escrituras, devemos entender que a palavra "disciplina" significa "colocar os pensamentos em ordem". A criança que pensa certo agirá na maneira certa. Isto nos mostra que uma parte importante deste processo é o ensino positivo pela qual a criança pode saber por que deve agir na maneira indicada pelos pais. Também há o lado negativo da disciplina que é a correção administrada no caso de desobedecer ao ensino dos pais. Uma ilustração destes dois lados é o processo de limpar o terreno e de plantar a semente, que mais tarde produzirá o fruto útil. Só limpar sem plantar não é suficiente, e só corrigir sem ensinar não é disciplina.

2. PERGUNTAS E RESPOSTAS

Podemos fazer quatro perguntas sobre a disciplina das crianças e procurar as respostas na Palavra de Deus, começando com o livro de Provérbios, e progredindo para o Novo Testamento.

A) POR QUE DISCIPLINAR?

Em primeiro lugar é prova do amor dos pais, pois "o que retém a vara aborrece a seu filho (Pv 13:24). Muitos pais não entendem esta verdade porque não sabem como usar a vara.

Em Prov. 22:15, Salomão explica que cada criança nasce com um problema no seu coração que ele chama de "estultícia", ou seja, "tolice". Em outras palavras, cada criança nasce uma pecadora com a tendência de desobedecer aos seus pais. Davi reconheceu este fato em Salmo 51:5, e todos os pais têm provas desta verdade, pois geralmente a criança não demora muitos meses para começar a exigir sua própria vontade, e mesmo antes de saber falar, já sabe como adquirir o que quer! A disciplina é o caminho ordenado por Deus para endireitar esta tendência.

Em Prov.23:13,14, Salomão procede a mostrar que este assunto é importantíssimo e terá influência sobre a salvação da criança mais tarde. A razão por isto é que a criança que aprende cedo a respeitar seus pais, mais tarde respeitará outra autoridade, como a lei do país e a Palavra de Deus. Assim, evitará o caminho, o caminho largo e obedecerá ao Evangelho. Sempre há exceções a esta regra, mas geralmente a criança bem disciplinada não apartará dos bons caminhos aprendidos e é salvo ainda jovem (Prov. 22:6).

Em Prov. 29:15,17, aprendemos que todo o que dá ouvidos a este ensino terá prazer em seus filhos mais tarde, mas quem não obedece terá tristeza e vergonha.

B) QUANDO COMEÇAR A DISCIPLINAR?

Muitos pensam que uma criança de um ano não sabe nada e por isto não precisa de disciplina, mas isto está longe da verdade. Em Prov. 13:24, Salomão nos ensina que a disciplina deve começar CEDO, isto é, quando começa a aparecer a estultícia. As crianças são diferentes, mas geralmente dentro de poucos meses precisam de correção em aprender que não receberão tudo que querem quando é contra a vontade dos pais. As crianças têm de aprender cedo ceder à vontade dos pais. 

Chegará o tempo quando a vara é necessária por causa da desobediência. Em Prov. 19:18, Salomão mostra que há prazo para este processo "enquanto há esperança'. Alguém comparou este prazo com o "cimento novo" que pode ser moldado apenas durante um certo tempo, mas não depois. Os primeiros cinco anos são de grande valor neste sentido. Vemos exemplos de crianças bem criadas desde cedo em Moisés, Samuel e Timoteo, que mais tarde tornaram-se homens de Deus.

C) COMO DISCIPLINAR?

Salomão também nos ajuda aqui e em Prov. 19:18 lemos que o uso da vara é sempre com controle e não com raiva e violência. As falhas aqui têm provocado mudanças nas leis protegendo a criança dos abusos, mas infelizmente estas leis têm ignorado a Palavra de Deus que recomenda o uso controlado da vara. Sempre neste caso devemos obedecer a Deus (At 4:19). O uso da vara é com amor, explicação e nunca como expressão de vingança. 

A criança deve saber que está recebendo a vara, não simplesmente porque desagradou aos pais, mas porque se continuar naquele caminho haverá grande prejuízo, e é isto que os pais não querem porque amam seu filho. Este tratamento tem de ser pontual e com firmeza para deixar uma lembrança que servirá na próxima vez que vem a tentação. Se não houve mudança no comportamento a "disciplina" falhou. Foi nisto que Eli falhou e a sua "disciplina" não prestou. 

Desobediência não deve ser tolerada e crianças bem disciplinadas nunca dizem "não" aos seus pais e vêm imediatamente quando chamadas. Embora Salomão menciona muito a vara, não é somente com a vara que podemos disciplinar nossos filhos e às vezes perdendo um privilégio ou prazer esperado será mais eficiente em evitar a repetição do erro. Não será necessário usar muito a vara se for aplicada na maneira certa, e só uma palavra, ou até um olhar, deve corrigir o comportamento errado do filho, pois bem sabe o que vai receber se continuar.

Passando para o Novo Testamento, em Efes. 6:4, lemos "Pais não provoqueis vossos filho". Às vezes criamos rebelião em nossos filhos sem saber. Nunca devemos contar mentiras à criança como "o bicho te pegará" etc., pois logo ela descobre que o "bicho" não chega, e que os pais falam mentiras. Ameaçando sempre que "você vai apanhar", mas nunca "apanhando", é sem valor como disciplina. 

Também, devemos evitar críticas destrutivas e públicas que humilham as crianças, e as fazem mais rebeldes. Parcialidade entre filhos produz rebeldia e problemas mais tarde, como vemos nos filhos de Jacó, porque ele amava José mais que os outros, e deu-lhe presentes especiais. Também, exigindo coisas desnecessárias, só para mostrar nossa autoridade na presença de outros, produz falta de respeito nas crianças, como vemos no caso de Saul com Jônatas (I Sam.14:28 a 30). 

Devemos sempre lembrar que a criança fará comparações com o que nós falamos e o que fazemos, e qualquer diferença anulará o valor da nossa palavra. O exemplo dos pais vale mais do que suas palavras. Mesmo Salomão escrevendo bons conselhos para seu filho, Roboão, no Livro de Provérbios, ele nem sempre deixou um bom exemplo, pois Roboão percebeu esta diferença e não obedeceu os bons ensinos do seu pai.

Efésios 6:4 apresenta o lado positivo na disciplina: "mas críaí-os na disciplina e na admoestação do Senhor". Isto mostra o valor de ensinar a Palavra do Senhor em casa com a família desde cedo. As crianças gostam de ouvir a Palavra e logo entendem os ensinos do Senhor que mostram os perigos do pecado e o valor da obediência ao Senhor. Também é necessário ensinar-lhes em casa a ficar quietas durante o estudo da Bíblia, e assim o "culto doméstico" servirá para treinamento nas reuniões da igreja. Sempre haverá necessidade de lembra-las antes de sair para a reunião por que devemos ficar sentados e em silêncio na casa de oração. 

Silêncio é necessário para que todos possam se concentrar na Palavra de Deus, oração, adoração etc., porque Satanás quer tirar a boa semente (Lc.8:12) e interromper a atenção dos ouvintes, e desta forma usar nosso filhinho nisto! Também o silêncio ajuda o pregador a concentrar-se na sua mensagem (At 13:16; 21:40) e denota reverência ao Senhor que está presente no meio (Mt 18:20; Hb-12: 28). Outra coisa que os pais devem ensinar em casa é o respeito pela propriedade dos outros, e não deixar seus filhos subtrair objetos nas casas, lojas, carros etc.. Isto treinará a criança para mais tarde evitar a tentação de levar as coisinhas de outros na escola, e assim não será ladrão mais tarde.

D) QUEM DISCIPLINA?

É notável que o pai é sempre mencionado como o responsável neste sentido (veja Ef 6:4; Colos. 3:21; Hb 12:7,9). Por exemplo, a palavra "pais" em Ef 6:1, inclui pai e mãe, mas "pais" em 6:4 é masculina (o pai mesmo). Como "cabeça" do lar (I Cor. 11:3; Ef 5: 23) é ele quem deve administrar a disciplina em casa. No caso onde o pai não pode estar presente, talvez por motivo de viagem, ou porque está doente, a mãe terá de fazer esta parte sozinha. O casal trabalha junto neste assunto e deve estar de acordo sobre o padrão usado. Qualquer diferença entre eles deve ser resolvida fora da presença dos filhos, e se, por necessidade na ausência do pai, a mãe disciplina, será como o pai faria. Os pais muitas vezes não fazem a sua responsabilidade, e não há acordo entre os pais. Às vezes, por causa da morte do pai, ou mãe, é necessário que a criança seja criada por outros, mas isto deve somente ser permitido no caso onde não há alternativa. O costume moderno de dar filhinhos para livrar seus pais solteiros das suas responsabilidades é causa de aumento de pecado e tras grandes problemas na vida destas crianças mais tarde.

3. O EXEMPLO DE DEUS (Heb. 12:7-11)

Em terminar, notamos o exemplo neste assunto que Deus nosso Pai deixou. Ele disciplina TODOS seus filhos sem parcialidade porque Ele os ama e quer o seu eterno bem. Seu objetivo é que sejamos mais como Ele é e Ele é o EXEMPLO de santidade que Ele exige dos Seus filhos. Também, Ele nunca evita a disciplina porque trás tristeza na hora, mas Ele olha mais para frente e quer fruto e alegria permanente na Sua família. É assim que devemos pensar e agir na disciplina dos nossos filhos.



PROBLEMAS NO CASAMENTO

Seria bom se não tivesse necessidade para pensar neste aspecto do casamento, mas o fato é que hoje existem muitos problemas de casamento e os salvos nem sempre escapam. Lendo no Antigo Testamento vemos que não é uma coisa nova porque muitos dos grandes servos de Deus enfrentaram problemas nas suas famílias também. Contudo, estes problemas estão crescendo rapidamente e no mundo hoje mais ou menos a metade daqueles que se casam pensando em ficar juntos até a morte, logo descobrem que são "incompatíveis" e que não podem viver mais um dia juntos! Mesmo em muitos casamentos dos salvos, onde o divórcio não é aceito, existem problemas, muitas vezes bem escondidos, que impedem a comunhão no lar e o serviço ao Senhor.

Sem dúvida estes problemas não são a vontade do Senhor, e queremos examinar agora a raiz donde vêm para que, mesmo se não temos problema matrimonial agora, podemos estar prevenidos e preparados. "Prevenir é melhor do que remediar". Uma coisa é certa, Satanás, o "leão que ruge", bem sabe o valor dum casal unido no trabalho de Deus, e procura "devorar" esta unidade espiritual para que o casal não trabalhe mais juntos no serviço de Deus.

Antes de continuar com o casal de salvos, devemos relembrar que o jugo desigual com certeza trará problemas sérios neste sentido. Sansão desobedeceu à Palavra de Deus e o conselho dos pais neste sentido e casou com a mulher incrédula porque "agradou os seus olhos". Não demorou que apareceram problemas sérios e separação neste casamento (Juizes 14). O salvo que se casa com descrente está desobedecendo o Senhor e colherá as conseqüências doloridas desta desobediência (2 Co 6:14-18).

APANHANDO AS "RAPOSINHAS"

Pensando agora no caso de cônjuges salvos, logo passa a "lua de mel" e o casal enfrenta a realidade da vida juntos e logo descobre que o casamento traz grandes responsabilidades e bastante trabalho. Provavelmente começam a perguntar a si mesmos porque corri tanto para casar?

O livro de Cantares de Salomão era usado muito nos casamentos dos judeus porque nele nós achamos as palavras dum novo casal no seu "primeiro amor". As palavras repetidas pela esposa: "O meu amado é meu, e eu sou dele" (2:16; 6:3; 7:10) expressam a alegria e contentamento daquele casal e muitas vezes são aplicadas em ilustrar a alegria da igreja no Senhor Jesus Cristo. Contudo, devemos lembrar que o assunto deste livro é as experiências dum casal recém-casado, e podemos aprender deles nestas experiências.

Evidentemente a moça trabalhava no campo dos seus pais perto de onde o rei Salomão também tinha seu rebanho. Assim encontraram e começou a amizade que levou ao seu casamento feliz que produziu este cântico de Salomão. Em 2:15 lemos algo surpreendente quando ela disse que as "raposinhas" estavam estragando as suas "vinhas". Um dos problemas sérios para quem produzia vinho naquele país era que as raposinhas no campo faziam cair as flores antes que as uvas formassem, assim destruindo qualquer esperança duma boa colheita, e conseqüentemente, da produção do precioso vinho. Neste contexto, e lembrando que na Escritura o vinho é figura da "alegria verdadeira" (Salmo 104:15 etc.),este versículo indica que ela percebia que a primeira alegria do casal já estava sendo ameaçado por coisinhas que poderiam trazer grande prejuízo mais tarde. Assim, vemos a preocupação dela para apanhar aquelas "raposínhas" o mais cedo possível.

Queremos agora identificar seis das "raposinhas" que aparecem muitas vezes no casamento e que devem ser apanhados cedo. Já temos notado no último estudo sobre as responsabilidades diferentes do casal no casamento e assim sabemos que a insubmissão da mulher e a falta do amor verdadeiro do marido são as duas coisas principais que trazem problemas no casamento. Contudo, há outras coisas que trazem problemas, se não apanhadas cedo.

1. A FALTA DE CONSIDERAÇÃO (1 Pe 3:7)

Esta "raposinha" provavelmente é causada mais pela falta do amor do marido quando ele esquece da sua responsabilidade em cuidar bem da sua esposa. No começo geralmente há bastante consideração um para com o outro e o marido procura ajudar sua esposa nos trabalhos mais pesados. Com tempo, e especialmente quando vêm as crianças, o trabalho em casa aumenta muito, mas ele às vezes esquece disto e dá menos ajuda para ela. Seu trabalho, amigos, etc. ocupam muito do seu tempo e ela sente-se "escravizada". Maridos que viajam muito no seu trabalho precisam comunicar freqüentemente e dar toda a assistência possível.

Também, algumas esposas às vezes mostram falta de consideração para seus maridos e exigem muita atenção. Vemos um exemplo disto em Ct 5:2-6 quando a esposa recusou a levantar-se para abrir a porta da casa quando o marido chegou tarde do seu trabalho.Depois, ela arrependeu-se quando descobriu que ele já tinha ido embora.

2. A FALTA DE COMUNICAÇÃO (Mt 18:15)

Muitas vezes o casal não se expressa bem sobre as coisinhas que acham ofensivas. Naturalmente haverá diferenças de opinião e de gosto, pois a criação dos dois era diferente. Há a tendência de comparar um e outro com seus pais e reclamar porque a esposa não sabe cozinhar como sua mãe, etc. Coisinhas que consideramos "engraçadas" quando namorados, podem tornar-se 'insuportáveis" no casamento. Nestes casos é necessário que o casal converse francamente, e não falar para outras pessoas ou parentes sobre estes problemas. Se não comunicarmos, a "pressão" aumenta e haverá "explosão" feia. Mesmo neste caso, não devemos guardar amargura, mas logo fazer as pazes e pedir desculpas (Ef 4:26).

3. A FALTA DE CONTENTAMENTO (1 Tm 6:6; Hb 13:5)

No começo, o casal não procura grandes coisas e f ica contente com coisas simples achando todo seu prazer na pessoa amada. Contudo, com tempo há a tendência de começar a observar o que outros têm e desejar ser mais como eles. Com isto vem a tentação a comprar "sem dinheiro" para pagar mais tarde. Dívidas são "raposinhas" perigosas no casamento e devem ser evitadas (Rm 13:8) porque se não pudermos pagar a parcela no tempo marcado, vem a vergonha e muitas vezes a esposa sente que deve estudar de noite e trabalhar de dia para ajudar o marido financeiramente. Se tiver criancinhas, esta separação da mãe traz prejuízo porque os filhinhos são criados por outros e, muitas vezes, por pessoas descrentes que mostram um exemplo ruim.

4. A FALTA DE CONSAGRAÇÃO (Rm 12:2)

O casamento traz uma nova liberdade para o casal porque está livre da autoridade dos pais e pode escolher usar coisas do mundo que talvez seus pais não usaram. Se conformarmos com o mundo e aceitarmos as suas coisas em casa, o crescimento e utilidade espiritual do casal sofrerão, gastaremos muito tempo sem edificação e haverá mais tentação para imitar aquilo que o mundo faz (1 Jo 2:15-17). O nível baixo da família apresentado pelas novelas e filmes é "veneno" para o casamento e para a família.

5. A FALTA DE CONFIANÇA (Gal. 5:20)

Uma das obras da carne que se manifesta às vezes no casamento é "ciúmes". A pessoa sente-se ofendida, ou traída, porque suspeita que há infidelidade, mesmo quando o cônjuge apenas fala com outras pessoas. Precisamos entender que no trabalho do lar, e fora dele, há necessidade de intercâmbio social, e que, dentro dos limites da santidade bíblica,isto não indica infidelidade ou impureza. Satanás é mestre em acusar falsamente para separar famílias e acusações sem provas não devem ser ouvidas seriamente.

6. A FALTA DE CASTIDADE (1 Co 7:5)

Um aspecto do casamento é que traz uma proteção contra a impureza sexual. Se os problemas menores não são tratados cedo, haverá uma separação no lado físico do casamento. Neste caso Satanás procura tentar à impureza, e infelizmente, o salvo também pode cair nesta armadilha, como aconteceu com Davi. Por isto, disse Paulo, as relações normais somente devem ser cortadas com "mútuo consentimento" e,por pouco tempo por causa de necessidades espirituais, mas nunca como forma de vingança.

Se acontecer a infidelidade, antes de julgar quem caiu e pensar em separação, a pessoa traída deve procurar examinar se não houve falta nos dois lados antes que aquilo aconteceu. Onde houve falhas, há necessidade do arrependimento genuíno (que deixa o pecado), e do perdão completo (que procuraesquecer da ofensa) (Pv 28- 13 ;Ef 4:31,32; Hb 10: 17).

SERÁ QUE HÁ SOLUÇÃO?

Muitos casais, achando que não há solução para seus problemas matrimoniais, e ouvindo conselhos errados, chegam ao ponto de pensar numa separação. Contudo, esta nunca é a solução. O que é impossível para nós é possível para Deus, mas há condições.

Em João 2:1-11, vemos um casamento que começou com problema - faltou o vinho, e a alegria acabou logo. O que fazer? Felizmente o Senhor Jesus tinha sido convidado e Ele fez o que era impossível aos homens. Notamos o bom conselho de Maria naquela ocasião: "Fazei tudo o que ele vos disser". Observamos também que Ele não fez a parte deles quando mandou que enchessem os potes grandes com água e que levassem ao mestre-sala. Contudo, QUANDO OBEDECERAM TOTALMENTE a Sua ordem, Ele fez o que eles não puderam fazer- transformou a água em vinho, e foi o melhor vinho do casamento! Votou a alegria completa no casamento.

Não existe casamento sem problema, mas não existe problema sem solução. Todos os problemas de casamento têm sua raiz na desobediência à Palavra do Senhor. A solução é em reconhecer CEDO estas falhas e voltar humildemente para onde deixamos o caminho do Senhor. Fazendo isto, embora que levará tempo, o casamento melhorará e não piorará. Reconhecemos que não é fácil restaurar a flor que as raposas tem feito cair, mas outra flor pode crescer no lugar daquela, pois a raiz ainda vive, e enquanto há vida, há esperança. Se tivermos perdido uma colheita, não é motivo de arrancar a vinha que produzia tanta alegria. Com paciência, haverá outra colheita, e pode ser a maior.

O DIVÓRCIO

Antes de considerar os ensinos Bíblicos sobre o divórcio, seria bom lembrar algumas coisas em geral sobre a interpretação das Escrituras que têm influência sobre este assunto. A interpretação correta terá o apoio de toda a Escritura, mas nem sempre será como nós pensamos ou sentimos (2 Pedro 1:20). Também temos de manejar bem a Palavra, lembrando que há diferença entre Israel e a igreja (I Cor. 10:32 e II Tim. 2:15) e que não acharemos a doutrina para a igreja no Antigo Testamento, nem nos Evangelhos, mas nas cartas dos apóstolos (At 2:42). Trechos nos evangelhos, que não achamos nas cartas, muitas vezes são dirigidos ao povo de Israel, e não à igreja. Por exemplo, Mateus 24 revela o futuro dos judeus no tempo da tribulação que é muito diferente do futuro da igreja, revelado em I Tes 4:13-18. Veremos a importância destas coisas durante a meditação sobre o divórcio.

1. DIVORCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
A) Deut 24:1-4: O divórcio não apareceu até os dias de Moisés, mais ou menos três mil anos depois do primeiro casamento. Os desvios do plano divino (de um homem com uma mulher para a vida inteira, vieram em etapas, primeiro a bigamia (Gen. 4), depois a poligamia (Gen. 6), e por fim o divórcio (Deut.24).Moisés não "ordenou" o divórcio, mas o "permitiu" por causa da dureza dos corações daquele povo que queria deixar suas esposas e casar com outras (Mat.19:7,8). Notamos também que somente os homens receberam esta permissão pela lei, e somente no caso de "coisa feia" descoberta na esposa. Havia muitas opiniões entre os judeus sobre estas "coisas feias" e alguns divorciavam simplesmente porque sua esposa não cozinhava como eles queriam. Evidentemente as "coisas feias" não incluíam o adultério, pois este pecado foi julgado com a morte (Deut. 22:22).

B) Malaquias 2:15,16: Os abusos desta lei aumentaram com tempo e no fim do Antiqo Testamento o Senhor condenou a infidelidade dos maridos às suas mulheres e disse que Ele "odeia o divórcio". Esta afirmação, sem qualquer exceção, ensina-nos como Deus ainda pensa sobre o divórcio nos dias de desvios em que vivemos. O fato que Ele permitiu divórcio na lei não indica que é a Sua vontade, como também o fato que ele permitiu o rei Saul em Israel não indicou que esta foi a Sua vontade. Deus respeita a vontade do homem e não impedirá seus desejos errados, mas avisa que haverá conseqüências dolorosas por causa deste desvio da vontade de Deus.

2. DIVORCIO NOS EVANGELHOS

A) Mateus 5:31, 32: Aqui Cristo citou Deut. 24:1 e as palavras "Eu, porém, vos digo", usadas várias vezes neste capítulo, mostram que a nova aliança exige uma santidade maior do que a lei de Moisés. Notamos também que aqui o divórcio é permitido somente para o homem, e apenas no caso da prostituição da mulher (Mat. 5:32 -Corrigida). A explicação desta permissão será dada logo mais.

B) Mateus 19:3 a 12: Aqui, voltando para o primeiro casamento, e não à lei, o Senhor ensinou os fariseus claramente sobre a indissolubilidade do casamento como planejado por Deus desde o princípio. Mais uma vez, a permissão é dada (v.9) para o homem divorciar sua mulher no caso da sua "prostituição". Muitos pensam que Cristo aqui deu a permissão para todos cujos cônjuges têm sido infiéis, a procurarem o divórcio, mas há várias razões importantes que mostram que este não é o caso.

É somente em Mateus que esta cláusula é dada. Em Marcos 10: 10,11 e Lucas 16:18, onde Cristo ensinou sobre o divórcio, ela não aparece. Lembrando o que foi mencionado no início sobre manejando bem a "Palavra", devemos lembrar que Mateus foi usado para escrever principalmente com o JUDEU em mente, e que nem tudo que escreveu tem aplicação para a igreja.

A base desta permissão é por causa da PROSTITUIÇAO da mulher (Corrigida). Reconhecendo que a palavra "pornéia", que o Senhor usou aqui, às vezes pode ser traduzida " relações sexuais ilícitas" ou "fornicação", nunca deve ser traduzida assim quando a palavra "moicheia" (adultério) também está no mesmo versículo, como aqui, pois neste caso Deus fala sobre dois pecados diferentes, e não somente sobre impureza sexual em geral. Prostituição é participar no ato sexual antes de ser casada. Adultério significa a relação sexual depois, mas fora do casamento.

Em Marcos 7:21, onde também os dois pecados são mencionados juntos, a Bíblia Atualizada corretamente usa "prostituição" e isto nos faz perguntar porque não foi traduzida assim em Mat. 19:9? Possivelmente os tradutores não entenderam como a mulher casada pode praticar a prostituição.

A dificuldade sobre como a mulher casada podia praticar a prostituição é facilmente explicada se lembrarmos do contexto judaico do Evangelho de Mateus. Pela Lei o casal era considerado marido e mulher desde o começo do DESPOSADO, mas não tiveram relações sexuais até o dia das bodas, mais ou menos um ano depois. Se acontecesse infidelidade na mulher durante este período, o casamento podia ser anulado pelo divórcio, e, se o homem quisesse, ela podia ser a apedrejada de acordo com a lei. No caso de José e Maria, que estavam neste tempo "desposado", José pensou em divorciar Maria pela infidelidade suspeitada nela antes que o anjo o esclarecesse (Mt 11: 18-25). Este é o caso governado pela cláusula em Mateus 5:19.

Para esta cláusula ter aplicação para a Igreja hoje, seria necessária a repetição dela nas cartas dos Apóstolos, pois a base da Igreja desde o princípio foi a doutrina dos Apóstolos ( Atos 2:42).

C) Marcos 10:11,12 e Lucas 16:8 -: Estes trechos ensinam claramente que o homem ou mulher que se divorcia e casar de novo, por qualquer motivo está vivendo no pecado do adultério. O casamento original ainda é válido aos olhos de Deus e não há exceção qualquer mencionada aqui.

3. A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

Quando examinarmos a doutrina dos apóstolos que é a base para a igreja, não achamos a

Cláusula de Mateus em qualquer lugar nas cartas. Este fato é de suma importância em entender a vontade de Deus para Sua igreja hoje.

A) Rrn 7:2,3. Aqui o assunto não é o matrimônio, mas Paulo usa o matrimônio como figura da nossa posição em Cristo. Contudo, esta comparação revela que ao seu ver inspirado, o casamento pode ser anulado somente pela morte.

B)I Co 7:15. Sendo que o assunto aqui é casamentos infelizes, esperaríamos uma menção aqui da cláusula de Mateus, se aplicasse à igreja, mas não aparece. O ensino geral e claro do trecho é que o salvo nunca deve procurar uma separação.

C) 1 Co 7:39. A morte anula o casamento permitindo o segundo casamento da pessoa viúva, se for indicado pelo Senhor.

D) Ef 5:22-32. Aqui o casamento é comparado à união que existe entre Cristo e a igreja. O divórcio estraga completamente esta figura. (Lembramos da severidade com que Deus tratou Moisés por ter estragado uma figura do Senhor Jesus Cristo - veja Num. 20:11,12; Dt 3:23-27).

4. CONCLUSÃO

Por causa destas considerações bíblicas, cremos que o divórcio não é opção divina para casados com problemas, mesmo no caso de adultério. O fato que é permitido pelas leis do pais não é suficiente para a igreja seguir o mundo neste caso. As leis estão mudando rapidamente na direção contra a Palavra de Deus, como também nos casos de disciplina de crianças e sobre homossexualidade. Já chegou a hora para aplicar Atos 4:19, e "ouvir a Deus antes dos homens"nestes casos.

5. OBJEÇÕES

Muitas vezes versículos são citados para procurar justificar o divórcio em certos casos. O argumento sobre o sofrimento da parte inocente quando acontecer infidelidade é muito tocante, e sem dúvida este sofrimento merece nossa profunda compaixão e consolação, mas temos de lembrar algumas coisas importantes. Nem sempre Deus tira o sofrimento porque quem sofre é o inocente. Por exemplo, os escravos na igreja primitiva sofriam injustamente, mas não podiam rejeitar tal sofrimento. 

Os que nascem cegos, deformados, etc. sofrem inocentemente, mas ficarão assim até a morte. Outra coisa, às vezes não há parte completamente inocente no casamento infeliz, pois a infidelidade pode ser provocada pela desobediência da outra parte à Palavra de Deus como, por exemplo, exemplo I Cor. 7:5 e as relações foram paradas sem consentimento mútuo. Outra coisa, talvez o maior sofrimento inocente será causado pelo divórcio - o sofrimento dos filhos inocentes.

Talvez a objeção mais comum é que se o divórcio e novo casamento aconteceram quando eram descrentes, não há mais problema porque " as coisas velhas já passaram e agora tudo é novo" desde a conversão (II Co 5:17). Contudo o contexto deste versículo mostra que o que já passou é a nossa atitude orgulhosa e pecaminosa de viver para nós mesmos (v.15) e a condenação eterna que este pecado merece. 

As conseqüências do pecado com relação desta vida não terminaram com a conversão, e muitas vezes precisam de uma restituição, e às vezes duram para a vida inteira. Por exemplo, o casal que vivia junto sem casar antes de converter-se ainda precisa casar-se legalmente para ter comunhão com a igreja; O homem que se converteu na prisão não sai livre porque agora é nova criatura, mas ainda tem de pagar a dívida perante a sociedade. O homem que perdeu seu olho na briga quando descrente não recebe a vista quando se converter, ficará cego até a morte. 

Davi foi perdoado, mas sofreu as conseqüências da sua impureza até o fim da sua vida. A verdade desagradável "não vos enganeis, aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gal. 6:7). continua em vigor depois da conversão.

O uso de I Cor 6:11 para receber pessoas divorciadas e novamente casadas na comunhão da igreja como "novas criaturas",esquece algo importante. Aquelas pessoas em Corinto não continuavam a viver na impureza depois de crer, e os versículos seguintes ensinam a necessidade de deixar estes pecados. Quem vive com quem não é o primeiro cônjuge (e nunca foi viúvo) ainda vive em pecado, e isto precisa duma correção antes de estar em comunhão com a Palavra de Deus e com a Sua igreja, pois o impuro não pode ser recebido em comunhão (I Co 5:11). 

A restituição possível (embora muito dificel) neste caso seria a separação deste pecado de adultério. Estes são "eunucos por causa do reino os céus ", (Mt 19:12) e muitos têm feito isto para servir ao Senhor e não ser obstáculo ao cônjuge legítimo arrependido.

Em I Cor. 7:17, 20,24, a "vocação em que foi chamado" não fala sobre pessoas divorciadas antes da conversão, mas sobre circuncidados e não circuncidados,escravos e livres,como o contexto prova. O apelo baseado na compaixão do Senhor em perdoar a mulher adúltera em João 8, esquece das últimas palavras do Senhor para ela: "Vai-te e não peques mais ".

Sabemos que há situações muito complicadas, e irreversíveis, mas que estas considerações solenes possam ajudar-nos a entender melhor a indissolubilidade e santidade do casamento e ajudar casais com problemas resolver estes problemas sem pensar no divórcio, mas no arrependimento e no perdão verdadeiro (I Jo 1:9; Ef 4:32). 

VIDA DE RENUNCIA

Habilita o homem a ter intimidade com Deus?

Jesus faz um pergunta no mínimo inquietante: Quando o filho vier a terra encontrará fé na terra?

O que você acha? Será que quando Jesus Cristo voltar, ele vai encontrar fé? Creio que vai! Só que não a fé bíblica, genuína, de Deus, que transporta montanhas, mas uma fé elaborada pelo raciocínio, ensinada pela religião, estruturada pela teologia. Uma fé que não produz vida, imprestável, inconseqüente.

A Escola da fé religiosa.

Observe o contraste dos ensinos e modelo de vida de Cristo e dos discípulos. Eles viviam e ensinavam uma vida de renúncias. Jesus renunciou Sua glória, Sua, vida, Seus direitos para fazer a vontade do Seu Pai;

1. Renunciou sua glória. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Filipenses 2.5-8.

2. Renunciou o direito de não sofrer e morrer na cruz. "E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade”. Mateus 26.42.

Também Jesus Cristo ensinou que os seus discípulos devem viver uma vida de renuncia:

1. Pedro e João renunciaram as redes, os peixes, os barcos para seguir Jesus Cristo. “Pois que o espanto se apoderara dele, e de todos os que com ele estavam por causa da pesca de peixe que haviam feito. E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o seguiram”. Lucas 5.9-11.

2. O jovem rico que queria ir para o céu, mas não renunciou as riquezas. “E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico”. Lucas 18.22,23.

3. O moço que ia sepultar seu pai, e outro que ia despedir da sua casa. E disse a outro: “Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”. Lucas 9.59-62.

4. Jesus disse que quem não renunciar tudo não pode ser seu discípulo. Pode ser até crente, mas não discípulos. Porque crente até os demônios são. “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem”. Tiago 2.19.

5. É preciso renunciar tudo para sair da categoria de “crente”, para a categoria de “discípulo de Cristo”. “Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”. Lucas 14.25-27.

E ai meu irmão, você é um líder crente, ou um líder discípulo? Sua vida é uma renuncia, ou você vive o ensino religioso da época, que instrui os crentes a ter, possuir, reter o máximo? “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo”. Lucas 14.33.

Será que a sua fé é a fé que Jesus espera encontrar na Sua vinda, ou uma fé elaborada pelos teólogos incrédulos, e ensinos religiosos humanistas, e práticas psicológicas da fé?

Lembre-se, nesses últimos dias é preciso batalhar pela nossa fé pessoal e coletiva. “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”. Judas 2,3.

SEDUZIR (SEDUÇÃO)

“Aquele que comete pecado é do diabo, porque o diabo é pecador desde o principio. Para isto é que o filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo”. I João 3.8.

Jesus Cristo veio destruir a maior obra do diabo. O pecado! Ele veio para resolver a raiz de todo o mal, a árvore chamada pecado que gera frutos que separa os homens de Deus, gerando a morte física e espiritual.

Qual a base que o diabo tem para operar nos seres humanos?

A Sedução:

Que é a capacidade ou processo de atrair alguém de modo enganoso estimulando sua esperança ou desejo com o propósito de corromper, de perverter. A pessoa seduzida é dominada por encantamento e convencida pelas promessas.

Sedução não é obra de Deus, é obra do diabo – Apocalipse 12.9 está escrito: “Foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, o chamado diabo ou satanás, sedutor de toda terra habitada, foi expulso para a terra, e seus anjos foram expulsos com ele”.

O Diabo trabalha seduzindo as pessoas que habitam na terra, convencendo-as com promessas que satisfazem os desejos que se encontram no coração humano dominado pelo pecado – Tiago 1.14,15, “Antes, cada um é tentado pela própria concupiscência, que o arrasta e seduz. Em seguida a concupiscência, tendo com concebido, dá à luz o pecado, e o pecado consumado gera a morte”.

Dentro de cada ser humano na terra existe a concupiscência. A cobiça, sem a cobiça ninguém poderia pecar, é a cobiça o alvo de toda tentação, e esses desejos se encontram dentro do coração dos homens.

Jesus falou sobre isso em Marcos 7.20-23. “O que sai do homem, é isso que o torna impuro. Com efeito, é de dentro, do coração dos homens que saem as intenções malignas; prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, malícia, devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez. Todas essas coisas más saem de dentro do homem e o torna impuro”

O diabo sabe que todo ser humano tem dentro deles estas coisas, essas cobiças:

1. Desejos por prazeres sensuais. Luxuria carnal, desejos por prazeres sexuais pervertidos, fantasias pornográficas,
2. Cobiça de bens materiais,
3. O orgulho, egoísmo, maldades diversas,
4. Cobiça por dinheiro,
5. Prazer em difamar, falar mal de tudo e de todos.

Sabendo disso, ele simplesmente seduz as pessoas dando as elas o que querem como uma recompensa, um modo de vida. Porque o diabo entende das coisas dos homens, em como agradá-los. Mateus 16.23. “Ele, porém, voltando disse: Para traz de mim, Satanás, que me serve de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens”. Efésios 2.2,3. “Em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.

1. Ele encontrou no coração de Judas o desejo da rebelião, da traição,
2. Ele encontrou no coração de Ananias e Safira o desejo da ganância pelo dinheiro, a mentira,
3. Ele encontrou no coração dos discípulos o desejo de quem seria o maior entre eles,
4. Ele encontrou no coração dos fariseus a inveja, ódio e assassinato,
5. Ele encontrou no coração de do rei Saul a insubmissão, a rebelião, a desobediência,
6. Ele encontrou no coração de Faraó a soberba, o egoísmo,

A Bíblia nos adverte em I Pedro 5. “Sede sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como leão a rugir, procurando a quem devorar”.

Ele nos rodeia sempre observando nossas atitudes e palavra, procurando nossas cobiças, e nos tentando seduzir.

1. E no seu coração, o que satanás tem encontrado?
2. Quais são as cobiças latentes dentro de você que ainda não morreram?

Por isso precisamos receber de Deus pelo Novo Nascimento um novo coração – Ezequiel 36.26-29. “E vos darei um novo coração e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e observeis. E vos livrarei de todas as vossas imundícias”. 

 JUSTIFICAÇÃO

Há no mundo religioso basicamente dois grupos:

1- O homem é justificado somente pelas obras. Justo e santo é aquele que faz; o que pratica boas obras. Há uma severa advertência aos que pensam desta forma em Mat. 23:23. Apenas fazer não é o suficiente. Lutero disse: “Não é viver como filho que me torna filho. Eu vivo como filho porque sou filho”.

2- O homem é justificado somente pela fé. Justo e santo é aquele que crê. Para este grupo o Senhor apresenta as palavras de Mat. 7:21. Apenas crer não é o suficiente, os demônios crêem (Tiago 2:19).



Qual é a posição bíblica?

4 Passos para a Justificação:

1- Graça - Romanos 3:24 - Fonte da justificação.

2- Sangue (ou sacrifício de Cristo) - Romanos 5:9 - Método utilizado por Deus para nos justificar.

3- Fé – Romanos 5:1- Meio de aceitação. Através da fé eu aceito ou rejeito a graça e o sacrifício de Cristo em minha vida.

4- Obras - Tiago 2:24 - As obras são a evidência pública de que através da fé eu aceitei a graça e o sacrifício de Cristo.

Fé e Obras - Processo dinâmico:

Mat. 23:23-28. Limpar o interior através da justificação pela fé para que conseqüentemente o exterior também esteja limpo (obras). Eu posso parecer cristão e não ser, mas é impossível ser e não parecer.

No VT:

Êx. 20:1-2. Deus tem que Ser o meu Senhor (justificação pela fé) para que naturalmente eu observe os Seus mandamentos (Êx.20: 3-17).

Deut. 27:9-10. “Hoje viestes a ser povo do Senhor teu Deus (fé), e lhe cumprirás os mandamentos e estatutos que hoje te ordeno (obras)”.

Prov. 23:26. “Dá-me filho meu o teu coração (fé), e os teus olhos se agradem dos meus caminhos (obras)”.

No NT:

Mat. 5-7. Jesus começou o Sermão do Monte com as bem-aventuranças (bem aventurados os que são..., justificação pela fé) e em seguida disse “ vós sois o sal da terra” (Mat 5:13) e “vós sois a luz do mundo” (5:14). É preciso ser para depois fazer. Se eu sou a luz do mundo naturalmente esta luz vai brilhar através das boas obras; é por isso que no restante do sermão Jesus ensina a fazer (obras), ex: guarda dos mandamentos (5:17-48), como dar esmolas (6:2-4), como orar (6:5-15), como jejuar (6:16-18)...

João 15:1-5. Todo ramo que estiver realmente unido à videira (justificação pela fé) produz frutos (obras).

Os Três Tempos da Salvação

II Tim. 1:8-9 - Salvou no passado, da condenação do pecado.Justificação.

I Cor. 1:18 - Somos salvos no presente, do poder do pecado.Santificação.

Rom. 5:9 - Seremos salvos no futuro, da presença do pecado. Glorificação.

JUSTIÇA IMPUTADA E COMUNICADA (ver Preparação para a Crise Final, pp52-66)

“É imputada a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados, é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele.” MJ, 35.

São em essência uma mesma coisa, sob dois aspectos:

A JUSTIÇA DE CRISTO PELA QUAL SOMOS JUSTIFICADOS:

• É-nos imputada (creditada) gratuitamente, sem merecimento de nossa parte.

• É nosso direito ao Céu.

• Justifica-nos, converte-nos em justos à vista de Deus.

• Recebemos exclusivamente pela fé.

• Implica arrependimento, confissão e aceitação de Cristo como Salvador. 

A JUSTIÇA PELA QUAL SOMOS SANTIFICADOS:

• É-nos concedida (comunicada) num processo paulatino e interno de crescimento cristão.

• É nosso preparo para o Céu.

• Transforma nosso caráter (santifica-nos).

• Também a recebemos por meio da fé. 

“Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar...” Fil.2:13.

Justificação é ressuscitar para uma nova vida. Santificação é continuar vivo...

Justificação é colocar os pés no caminho. Santificação é continuar trilhando o caminho...

Justificação é a habilidade para respirar. Santificação é continuar respirando...

Ler o cap. I do livro Santificação de EGW.

Alguns confundem santificação com glorificação.

Efésios 4:12 – “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos”. Os santos podem ser aperfeiçoados, logo ser santo não é ser perfeito e sim “separado”. A perfeição total só virá na glorificação por ocasião da Volta de Cristo (I Cor.15:53-54).

Quando Jesus disse: “Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai...” (Mat. 5:48) colocou diante de nós um alto padrão que deve ser buscado, mas só será plenamente atingido na glorificação. Além disso, o contexto deixa claro que a perfeição neste caso refere-se ao amor ao próximo (41- 47). O próprio apóstolo Paulo escreveu que ainda não havia atingido a perfeição completa, mas que somos perfeitos naquilo que já alcançamos (Fil.3:12-16). 

A Oração e a Vontade de Deus - CPAD

Elementos de uma oração eficaz

LEITURA EM CLASSE
João 14.13-17; 15.7; 1 João 5.14,15

I - INTRODUÇÃO

Como já estudamos em lições anteriores, a oração é o meio pelo qual nos comunicarmos com Deus. No entanto, nem sempre os nossos desejos estão de acordo com a vontade de Deus. Como podemos, então, conciliar os nossos desejos com a vontade Deus ou como saber se a nossa vontade está de acordo com a vontade dEle? Nesta lição, nós vamos aprender que somente com uma vida de intimidade com Senhor, seguida através do estudo de Sua Palavra e de um viver diário de oração, é que podemos não somente conhecer, mas também estar no centro da perfeita vontade de Deus. 

II - A vontade de Deus

1. Orar com o coração limpo do pecado. […] “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Sl 66.18). A Bíblia fala da oração como sendo uma conversa do filho com o Pai celestial e, enfaticamente, fala da oração dos santos, o que é uma referência às pessoas que se relacionam com Deus de modo digno da sua onisciência. Se, ao contrário, a pessoa ora a Deus com o coração cheio de pecados, sem arrependimentos e sem temor, faz simplesmente o papel de hipócrita; e, para o hipócrita, não há promessa na Bíblia. Pode ser ainda o comportamento de quem abusa da misericórdia de Deus e escarnece da sua santidade. É bom orar como filho obediente.

2. Orar com fé.  É o apostolo Tiago que ensina. Ele diz que devemos pedir com fé e em nada duvidando, pois, conforme acrescenta, “o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa” (Tg 1.6,7). Tudo o que recebemos de Deus é tão-somente pela fé. Está escrito: “Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). A Bíblia tanto fala da fidelidade e da infalibilidade de Deus, como relata em numerosos detalhes as muitíssimas vezes em que Deus tem atendido aos que o buscam com fé. É para confiarmos inteiramente em Deus. Duvidar das suas promessas, tanto nos prejudica como o ofende, pois Ele a tantos tem feito tanto, que merece ser invocado com segura fé.

3. Orar segundo a vontade de Deus. Diz o apóstolo Paulo que “a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). Também está escrito: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Ts 4.3). E ainda: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.3,4). O apóstolo João afirma: “Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). 

O que estamos estudando são declarações dos santos apóstolos. Veja agora o que o próprio Senhor Jesus diz acerca da vontade de Deus: “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade; e, sim, a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.38-40). É muito boa a vontade de Deus!

4. Orar com perseverança. O inconstante nada alcança, qualquer que seja a atividade na vida. Enquanto isso, a perseverança, tudo alcança. A oração eficaz deve ter o caráter de uma batalha ordenada como propósito seguro de vencer; e quem luta ao lado do Senhor de tudo e de todos deve orar, com certeza de ser mais do que vencedor. E esta é a divisa de todos os que têm perseverado diante de Deus em oração, não aceitando nenhuma derrota, nenhum fracasso. Conserve limpo o seu coração, ore com fé, peça segundo a vontade de Deus; persevere e vença, pois a sua perseverança e vitória com certeza glorificarão a Deus!

Prezado professor, é  importante ressaltar ao aluno a importância de termos uma vida de Santidade, Fé, Perseverança e no centro de Sua vontade. Deus é soberano e dotou o ser humano de livre arbítrio. Para uma manutenção da vida com o Eterno é fundamental seguir o conselho do apóstolo Paulo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Fazei tudo o que glorifica a Deus e o nome do Senhor será exaltado em sua vida! 

III. A vontade de Deus para cada indivíduo. Conhecer a vontade de Deus é, às vezes, difícil. As pessoas querem que Deus, basicamente, diga a elas o que fazer – onde trabalhar, onde morar, com quem se casar, etc. Deus raramente dá às pessoas informações assim tão diretas e específicas. Deus permite que façamos escolhas em relação a estas coisas. A única decisão que Deus não quer que tomemos é a decisão de pecar ou resistir à Sua vontade.

Deus quer que façamos escolhas que estejam em conformidade com sua vontade. Mas, como podemos saber a vontade de Deus para nossa vida? Para descobri-la, é necessário que o servo de Deus cultive uma vida de íntima comunhão com Deus. À medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente para nós. Romanos 12:2 nos diz: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Se buscarmos a Deus em favor de determinada causa precisamos saber se ela está dentro da vontade de Deus. Apresentamos dois comandos para se conhecer a vontade de Deus para uma dada causa: 

a) Certifique-se de que o que você está pedindo ou pensando em fazer não é algo que a Bíblia proíbe. 

b) Certifique-se de que o que você está pedindo ou pensando em fazer irá glorificar a Deus e ajudá-lo a crescer espiritualmente. Se estas duas coisas forem verdades e Deus, ainda assim, não está dando o que você está pedindo, então provavelmente não é da vontade de Deus que você tenha o que está pedindo. Ou, talvez, você somente precise esperar um pouco mais por isso.

Se você estiver caminhando junto ao Senhor e verdadeiramente desejar a vontade dEle para sua vida, Deus colocará Sua vontade em seu coração. A chave é desejar a vontade de Deus, não a sua própria. “Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração” (Salmos 37:4). 

Se a Bíblia não se coloca contra algo, e este algo pode verdadeiramente beneficiá-lo espiritualmente, então a Bíblia dá a você a “permissão” de tomar decisões e seguir seu coração.
Para saber a vontade de Deus para decisões mais específicas, por exemplo, com quem casar, ou sobre a vida profissional, deveria considerar os seguintes: 

a) Se existir uma falta da paz dentro de si, não vá em frente.
b) Fale com outros crentes mais maduros, e preste atenção aos seus conselhos.
c) Pergunte a si próprio: “Será que quero fazer a vontade de Deus com todo o meu coração?” Se a sua resposta for “sim”, é muito provável que saiba logo qual é a vontade de Deus.

d) Pergunte a si próprio: “Será que esta coisa me vai ajudar na minha vida espiritual?”.

e) Quando uma porta abrir, não suponha automaticamente que Deus esteja a abrir a porta. Às vezes o diabo tenta-nos com coisas atraentes que não são de acordo com a vontade de Deus para nós. Peça a sabedoria de Deus e pela Sua confirmação se aquela oportunidade à sua frente for a Sua vontade.

f) Não tome uma decisão rápida. Espere em Deus porque muitas vezes com o passar do tempo nossos pensamentos e desejos mudam.

Enfim, o que faço é para a glória de Deus? “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31). Deus deve não somente ser glorificado nos templos, mas também fora deles; não somente na vida privada, mas também na esfera pública. Não somente nas coisas referentes à sobriedade do “ministério cristão”, mas também nas coisas evidentes e simples do nosso cotidiano como “comer e beber”. 

IV - BUSCANDO A VONTADE DE DEUS ATRAVÉS DA ORAÇÃO

“Portanto, vós orareis assim: …Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu…” (Mt 6:10).

Quando os discípulos de Jesus pediram para lhes ensinarem a orar, o Senhor lhes ensinou a oração do Pai Nosso. Esta oração é composta por sete petições: três são para glória de Deus (SANTIFICADO SEJA O TEU NOME; VENHA O TEU REINO; FAÇA-SE A TUA VONTADE), três pela nossa alma (E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS; NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO; LIVRA-NOS DO MAL; ) e uma pelo pão ( O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE).

Observe que os discípulos foram orientados busca a vontade de Deus através a oração. O “faça-se a tua vontade” mostra o desprendimento do eu e o grau de renuncia que ele deveriam ter e a dependência de Deus que deveriam possuir. O povo de Deus é exortado da mesma forma (Mt.6.10; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Por meio da oração conseguimos uma intimidade maior com o Senhor, sendo assim conhecer a Deus, é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm.2.17.18).

Logo, quando agimos assim na oração, com desejo, sinceridade e temor afim que o Senhor realize a sua perfeita vontade, Ele cuidará de nós (At.18.21; Ico.4.19; 16.7).

V - REQUISITOS PARA ORARMOS DENTRO DA VONTADE DE DEUS

Para orar dentro da vontade de Deus, precisamos:

3.1. Ser filho de Deus - A oração do Pai Nosso nos ensina que ela só poderá ser realizada dentro da vontade de Deus quando há uma relação estabelecida entre quem ora e a quem é dirigida a oração.

Neste caso, é preciso ser filho para podermos chamá-lo de Pai (Jo 1:12,13; Rm 8:15, 23; 9:4; Ef. 1:15; Gl 4:1-5).

3.2. Reconhecer a Soberania de Deus - para declarar “(…)Seja feita a tua vontade(…)” requer reconhecimento da soberania e Senhorio de Deus e que nesta relação de Pai e filhos adotivos, a sua vontade sempre será a melhor, logo, a oração é a realização da vontade de Deus em nossas vidas e não o resultado de nossos pedidos egoístas (Rm 1:10;15:32; Tg 4:15);

3.3. Invocar o nome do Senhor ( 2 Cr 7:14) - A oração deve ser dirigida ao Senhor. Jesus informou que o acesso ao Pai é realizado por meio de Seu nome (Jo 14.13,14; Jo 15.16; Jo 16.23).

3.4. Atitude de humilhação (2 Cr 7:14) - A humilhação é uma atitude de reconhecimento de nossas limitações e dependência divina para realizarmos Sua vontade (Mc 5:22,-24, 41,42; Tg. 4:10; 1 Pe 5:6).

3.5. Atitude de arrependimento - A oração nos leva a reflexão que em todos os momentos precisamos estar em comunhão com Deus e com o próximo (Mt 6:12; Lc 11:4).

3.6. Atitude de adoração e louvor a Deus - A oração é o momento sublime onde nos colocamos na presença do Rei para adorá-lo na beleza de sua santidade (2 Cr 1:7-10; 1 Rs 18:36-39; Sl 51:1-17; Mt 6:2; Lc 11:2) 

VI. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS
1. Orações egoístas (Tg 4.3). Há algo muito errado com o crente que não sente necessidade e nem prazer em fazer a vontade de Deus. E essa grave anomalia é evidenciada em orações egoístas. 

O escritor do livro de Tiago disse: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. Aqui, o apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses próprios, não são respondidos pelo Senhor – é a dura consequência. Deus não responde as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas. 

Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. Nossas orações se tornarão poderosas quando permitirmos que Deus mude nossos desejos para que correspondam perfeitamente à vontade dEle para a nossa vida(1João 3:21,22).
Quantos estragos temos feito em nossa própria vida, por orações centralizadas em nós mesmos?

E quantos benefícios a outras pessoas deixamos de proporcionar por nem pensarmos neles em nossas orações? Após conhecer o Senhor mais profundamente, Jó intercedeu por seus amigos (Jó 42.10). Experimente orar mais pelos outros do que por si.

2. Orações por posição social (Mt 20.17-28). É um tremendo erro orar por posição social tal como reconhecimento humano, honras, glórias, poder, dinheiro, para satisfazer a natureza hedonista do ser humano. Esse tipo de oração, considerada egoísta, certamente, Deus não atenderá. Vemos um exemplo clássico na Bíblia com a Mãe de Tiago e João: “Então, se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e fazendo-lhe um pedido. E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: 

Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu Reino”(Mt 20:20,21). É claro que Jesus não acatou esse pedido, como bem denota os versículos seguintes. Foi um pedido egoísta. É louvável da sua parte que ela quisesse os filhos perto de Jesus, e que ela ainda esperasse seu futuro reino. Mas ela não entendeu os princípios pelos quais as honras seriam conferidas no reino. Jesus respondeu claramente que eles não entendiam o que estavam pedindo. 

Eles queriam uma coroa sem uma cruz, um trono sem o altar de sacrifício, a glória sem o sofrimento anterior. Então Ele lhes perguntou sem rodeios: “Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber?”. Ela não tinha consciência de que não existe posição melhor do que ser um servo de Deus, que foi transportado do reino das trevas para o Reino do Filho do seu amor (Cl 1.13), e agora vive não mais para si mesmo, mas em e por Cristo (Gl 2.19,20).

Observe que a mãe de Tiago e João adorou a Jesus antes do seu pedido. Ela adorou Jesus, mas seu objetivo principal era obter algo dEle. Isso acontece muitas vezes em nossas igrejas e em nossa vida. Desempenhamos atividades religiosas, esperando que Deus nos dê alguma coisa em troca. Entretanto, a verdadeira adoração e louvor devem ser dados a Cristo por quem Ele é, e por aquilo que Ele fez.

Diante daqueles que estão a pensar apenas nas coisas materiais, que se tornaram materialistas, é imperioso que a Igreja mostre a sublimidade e a superioridade das coisas espirituais. Neste particular, é necessário que a Igreja seja a primeira a dar o seu testemunho de que as “coisas de cima” são melhores e maiores que as coisas desta terra. Paulo é taxativo ao afirmar que “… se já ressuscitastes com Cristo, buscais as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. 

Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra, porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”(Cl 3:1-3). Entretanto, como podemos querer que o mundo se liberte do materialismo, se temos, enquanto Igreja, igualmente dado prioridade às coisas da terra? Como podemos querer que o mundo se liberte do materialismo, se nossas preocupações estão única e exclusivamente nesta terra?

Como podemos denunciar o materialismo, se nossos púlpitos apenas falam de “prosperidade material”, se os crentes querem apenas melhores salários, empregos (os mais modestos, pois a maioria quer, mesmo, é se tornar grandes empresários…) e bem-estar nesta vida? Como criticar a prática materialista dos nossos dias, se, nas igrejas, o critério de crescimento no ministério é a arrecadação econômico-financeira, se há uma preocupação em se formar grandes impérios empresariais da fé? Como mostrar a necessidade de se desprender do “ter” se alguns têm associado avivamento espiritual com o surgimento de megatemplos que fazem os grandes estádios e ginásios do mundo parecer miniaturas?

Nossos dias são os dias da “igreja de Laodicéia”, a igreja que deu valor ao materialismo e que, por isso, se achava suficiente e preparada só porque era rica, tinha se enriquecido e de nada tinha falta (Ap 3:17), mal sabendo, porém, que, espiritualmente falando, era praticamente um nada diante de Deus. É preciso voltarmos ao tempo em que a igreja, embora não tivesse prata nem ouro, tinha o poder de Deus para fazer a obra sobrenatural do Senhor (cf. At 3:6). Só aqueles que assim fizerem poderão enfrentar o materialismo hodierno e, mesmo que tenha pouca força, serão vitoriosos, pois são a “igreja de Filadélfia”, a igreja que será arrebatada por Jesus.

3. Orações hipócritas (Mt 6.5,6). “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”(v.5). Aqui, Jesus adverte os discípulos contra a hipocrisia ao orar. Eles não deveriam se posicionar propositalmente em áreas públicas de forma que os outros, vendo-os orar, ficassem impressionados por suas devoções.

A hipocrisia foi condenada porque desvia o propósito da oração, que é a glória de Deus, para a glória do ego, do eu. Alguns, especialmente os religiosos, queriam ser vistos como santos, e a oração em público era um modo de chamarem a atenção para isso. Porém Jesus enxergou a intenção deles de se promoverem e ensinou que a essência da oração não é a justificação em público, mas a comunicação particular com Deus. Como diz o pr. Eliezer de Lira: “É melhor ser sincero como um publicano, carente da misericórdia de Deus, do que um fariseu, cheio de justiça própria, pois aquele teve sua oração atendida e este não” (Lc 18.9-14).

Uma coisa é certa: A presunção, o fato de se considerar melhor que os outros faz parte do jeito dos fariseus. Na parábola, do fariseu e do publicano, o fariseu conhecia muito bem a maldade das outras pessoas, especialmente do publicano. Mas se estivermos conscientes da nossa imperfeição no momento em que orarmos a Deus, então, como Jesus disse, voltaremos “justificados” para nossa casa. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”(Mt 23.12).


VII. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Na Bíblia temos muitos exemplos de orações respondidas, uma vez que estavam em harmonia com a vontade de Deus. Nesta aula citaremos apenas três.
1. A oração do rei Salomão (2Cr 1.7-12). “Naquela mesma noite, Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: Pede o que quiseres que eu te dê. E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande beneficência com Davi, meu pai, e a mim me fizeste rei em seu lugar. Agora, pois, ó SENHOR Deus, confirme-se a tua palavra, dada a Davi, meu pai; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra. 

Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar perante este povo; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? Então, Deus disse a Salomão: Porquanto houve isso no teu coração, e não pediste riquezas, fazenda ou honra, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te pus rei, sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e fazenda, e honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não haverá”.

Eis aqui uma oração curta, porém sincera e sábia. Não há nenhuma denotação egoística em suas palavras. Por isso, Deus atendeu a sua oração sem demora. O pedido de Salomão provavelmente foi inspirado pela oração de que ele, como novo rei, pudesse ter sabedoria e entendimento. A aparição do Senhor, em visão, deu a ele a oportunidade de pedir o que quisesse, ou seja, ele tinha um “cheque em branco”(v.7), no entanto, não teve desejos egoístas, pensou no reino de Israel e no seu povo. Aqui está o princípio hebraico de que riquezas, fazenda e honra (v.12) seguem aquele que faz a vontade de Deus. 

É claro que isso não era sempre verdade naquela época, nem o é hoje em dia; mas o que era verdade então, e continua hoje, é que o homem que obedece a Deus é sempre melhor do que o que o ignora. Salomão tornou-se o homem mais sábio e rico do mundo de sua época (1Rs 4.29-34).
2. A oração do profeta Elias (1Rs 18.36-39). A oração que está dentro da vontade de Deus, ou seja, aquela que O glorifica e O exalta, será respondida. Aqui, citamos como exemplo, a oração que Elias fez no monte Carmelo diante dos profetas de Baal. Conforme se observa no versículo 37, o único desejo de Elias era que o nome do Senhor fosse reconhecido e aclamado no meio daquele povo.

Naquela época, Israel vivia uma verdadeira “apostasia nacional”, pois todo o país estava se enveredando pelo culto a Baal. O próprio Deus diria a Elias, pouco depois, que apenas sete mil pessoas não haviam dobrado seus joelhos a Baal nem o haviam beijado, um número bem diminuto frente a uma população que deveria ser bem maior (1Rs 19:18). Diante da apostasia reinante, Elias resolveu fazer um desafio ao povo de Israel: o Deus verdadeiro deveria responder com fogo a aceitação do sacrifício que Lhe fosse dado. No momento do desafio, os profetas de Baal e de Asera, num total de oitocentos e cinqüenta (1Rs.18:19), tentaram, durante toda a manhã, resposta de seus deuses para o sacrifício, sem resultado.

Elias, então, depois que havia deixado tempo suficiente para que Baal respondesse ao sacrifício, oferece o seu diante de Deus. Como Deus não é Deus de confusão (1Co 14:33), reparou o altar, que estava quebrado, bem como pôs água abundante para que não houvesse qualquer dúvida de que era Deus quem iria operar. Este cuidado do profeta é um exemplo a seguirmos na atualidade: a operação de Deus é algo de que devemos ter certeza e convicção. 

Por isso, nada deve ser feito sem a devida preparação espiritual, a devida santificação (o reparo do altar), como também tudo deve ser feito às claras diante do povo, com transparência, decência e ordem (1Co 14:40). Quantos altares desmantelados na atualidade têm buscado o “fogo divino” e, como Deus não opera em lugares assim, recorrem a subterfúgios, a astuciosos estratagemas para impressionar o povo. Entretanto, não nos iludamos, Deus não é Deus de confusão.

Mas, além de ter reparado o altar e não deixado margem a qualquer dúvida, Elias fez uma oração. Ele não “determinou” coisa alguma a Deus, pois sua “determinação” é a disposição firme de servir a Deus, não qualquer exigência que devesse ser feita, como muitos iludidos atrevem-se a fazer em os nossos dias. 

Elias fez uma oração, um pedido a Deus, reconhecendo a Sua soberania, o Seu senhorio. Relembrou ao povo, que o escutava, que Deus era o Deus do pacto feito com os patriarcas, o Deus que havia formado a nação de Israel e que ele, Elias, era tão somente um servo dEle. Mal acabou a oração, o Senhor consumiu tudo com o fogo e o povo não teve mais dúvida alguma: só o Senhor é Deus! (1Rs 18:36-39).

3. A oração de Davi (Sl 51.1-17). O salmo 51 é uma súplica, primeiramente, por perdão, com uma confissão humilde de atos pecaminosos provenientes de uma natureza pecaminosa como sua raiz amarga; e, depois, por renovação e santificação através do Espírito Santo. Neste salmo, Davi reconhece a gravidade de seus erros e, principalmente, por ter pecado contra o seu Deus. 

Em seguida, arrepende-se profundamente e busca com lágrimas o perdão e a restauração divina. Davi tinha plena certeza que alcançaria a misericórdia e benignidade de Deus se o buscasse com um coração sincero e contrito.

Davi sentiu uma culpa profunda por sua conivência, mentira, adultério e, finalmente, assassinato. Por trás dessas transgressões ele consegue enxergar a raiz e causa e ora para que o Senhor o lave completamente da sua iniquidade e o purifique do seu pecado (51:2). Ele não procura encobrir ou desculpar a profundidade da sua necessidade.

Todos que pecaram gravemente e que estão opressos por sentimento de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante de Deus, se O buscarem conforme a natureza e a mensagem deste Salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus(51:1), num coração verdadeiramente quebrantado e arrependido(51:17) e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos nossos pecados(1João 2:1,2).

Nenhum pecado é grande demais para Deus perdoar! Você sente que nunca poderia aproximar-se do Senhor por ter feito algo terrível? Deus pode e quer perdoá-lo. Embora Ele nos perdoe, nem sempre apaga as conseqüências de nossos pecados. A vida e a família de Davi nunca mais foram as mesmas como resultado do que ele fez(ver 2Samuel 12:1-23).

CONCLUSÃO

Quando oramos exercitamos a nossa confiança no Deus da Providência, sabendo que nada nos faltará, porque Ele é o nosso Pai. A oração tem sempre uma conotação de submissão confiante. Portanto, orar ao Pai, significa sintonizar a nossa vontade com a dEle; sabendo que Ele é santo e a Sua vontade também o é (Mt 6.9,10).

Deus seja louvado