VIVENDO PARA DEUS

Cantares 4:15 És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano! Jó 14:7 Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.


Muitos de nós ao invés de anunciar o santo evangelho de nosso SENHOR JESUS CRISTO, nós estamos defendendo a nossa igreja dizendo ser a melhor, ou mesmo dizendo ser a certa, quantos estão esquecendo do alvo que é Cristo, Jesus disse no texto a seguir Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.


Deus me chamou para falar da sua graça, e não de templo feito por mãos humanas.


sábado, 7 de junho de 2014

MEU FRACASSO

Há alguns anos atrás, quando pastoreava uma igreja em crescimento, o Espírito Santo fez-me uma pergunta que abriu meus olhos para ver o quão longe eu estava de eficientemente desempenhar meu papel no cumprimento da visão geral de Deus. O Espírito Santo fez-me as seguintes perguntas, enquanto eu lia sobre o futuro julgamento das ovelhas e bodes descrito em Mateus 25:31-46:

“Se todos na sua congregação morressem hoje e comparecessem ao julgamento de ovelhas e bodes, quantos seriam ovelhas e quantos seriam bodes?” Ou mais especificamente, “No último ano, quantas pessoas da sua congregação têm dado comida aos irmãos em Cristo que têm fome, água aos cristãos que têm sede, abrigo aos viajantes seguidores de Cristo, roupas aos cristãos nus, ou visitado um crente doente ou preso?

Percebi que pouquíssimos tinham feito qualquer uma dessas atividades, ou qualquer outra coisa, mesmo aqueles que vinham a igreja, cantavam musicas de louvor, escutavam aos meus sermões e davam ofertas. Então, eles eram bodes, pelo critério de Cristo, e eu tinha pelo menos parte da culpa, porque não estava lhes ensinando quão importante era para Deus que ajudássemos nossos irmãos em Cristo em suas dificuldades.

Eu não lhes estava os ensinando a obedecer todos os mandamentos de Cristo. Aliás, percebi que estava negligenciando o que era extremamente importante para Deus — o segundo maior mandamento, ame a teu próximo como a si mesmo — sem mencionar o novo mandamento que Jesus nos deu de amar uns aos outros como Ele nos amou.

Além disso, finalmente percebi que estava, na verdade, ensinando contra o objetivo geral de Deus de fazer discípulos, enquanto ensinava uma modesta visão do popular “Evangelho da Prosperidade” à minha congregação. Mesmo sendo da vontade de Deus que seu povo não acumule tesouros na terra (veja Mt. 6:19-24) e que sejam satisfeitos com o que têm, mesmo que seja só comida e roupas (veja Hb. 13:5 e I Tm. 6:7-8), estava ensinando a minha rica congregação americana que Deus queria que eles possuíssem mais.

Eu estava ensinando meu povo a não obedecer a Jesus em um ponto (assim como centenas de outros pastores ao redor do mundo).
Uma vez que percebi o que estava fazendo, me arrependi e pedi à minha congregação que me perdoasse. Comecei a tentar fazer discípulos, ensinando-os a obedecer a todos os mandamentos de Cristo. Eu fiz isso com temor e tremor, receando que alguns em minha congregação realmente não quisessem obedecer a todos os mandamentos de Cristo, preferindo um cristianismo que, convenientemente, não requeresse sacrifício algum da parte deles.

E estava certo. De fato, vários não ligavam para os crentes que estavam sofrendo pelo mundo. Eles não queriam se incomodar em espalhar o Evangelho àqueles que nunca haviam ouvido.

Pelo contrário, só queriam conseguir mais para si mesmos. A respeito da santidade, só evitavam os pecados mais escandalosos, pecados que eram condenados até pelos incrédulos, e viviam comparáveis aos americanos conservadores medianos. Mas, de fato, eles não amavam ao Senhor, pois não queriam guardar os mandamentos de Jesus, exatamente o ponto que

Ele disse que iria provar o nosso amor por Ele (veja Jo.14:21).
O que eu temia provou ser verdade — alguns cristãos assumidos eram, na verdade, bodes vestidos de ovelhas. Quando os chamei para negarem a si mesmos e levarem sua cruz, alguns ficaram com raiva.

Para eles, a igreja era primeiramente uma experiência social acompanhada de boa música, exatamente o que o mundo aproveita em clubes e bares. Toleravam um pouco de pregação desde que afirmasse sua salvação e o amor de Deus por eles. Mas não queriam ouvir sobre o que Deus requeria deles.

Não queriam que ninguém questionasse sua salvação e estavam indispostos a ajustar suas vidas para viverem em conformidade com a vontade de Deus se isso lhes custasse alguma coisa.

Obviamente, eles estavam dispostos a dar um pouco do seu dinheiro, desde que pudessem ser convencidos que Deus os daria mais em troca e desde que se beneficiassem diretamente do que deram, como quando o dinheiro deles melhorava o ambiente da igreja.

 

Tempo para auto- Avaliação

Este seria um bom tempo para todos os ministros que estão lendo este livro se perguntarem a mesma coisa que o Espírito Santo me perguntou:

“Se as pessoas para as quais ministro morressem agora e comparecessem ao julgamento das ovelhas e bodes, quantas seriam ovelhas e quantas seriam bodes?” Quando ministros asseguram às pessoas de sua congregação que agem como bodes, que elas são salvas, estão falando exatamente o contrário do que Deus quer seja dito. Esse ministro está trabalhando contra Cristo.

Está falando o oposto do que Jesus quer que seja dito a essas pessoas de acordo com o que Ele disse em Mateus 25:31-46. Jesus disse isso para avisarmos aos bodes, pois não quer que pensem que estão indo para o céu.

Jesus disse que todo homem saberia que somos seus discípulos pelo amor que temos uns pelos outros (veja Jo. 13:35). Com certeza Ele deve ter falado do amor que excede o amor que os incrédulos mostram pelos outros; caso contrário, seus seguidores não poderiam ser distinguidos dos ímpios.

O tipo de amor que Jesus falou é um amor que se sacrifica, quando nós nos amamos como Ele nos amou, dando nossa vida pelos outros (veja Jo. 13:34 e 3:16-20). João também escreve que sabemos que passamos da morte para a vida, ou seja, renascemos, quando amamos uns aos outros (1 Jo. 3:14).

As pessoas que reclamam, falam mal e odeiam ministros que ensinam os mandamentos de Deus estão mostrando que o amor é a marca dos renascidos? Não, eles são bodes no caminho do inferno.

 

Discípulos de Todas as Nações

Antes de continuarmos, vamos dar mais uma olhada em Mateus 28:19-20, a Grande e Geral Comissão que Jesus deu a seus discípulos, para ver se podemos encontrar mais algumas verdades.

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer tudo o que eu lhes ordenei (Mt. 28:19-20a).

Note que, Jesus quer que discípulos sejam feitos em todas as nações; ou, colocado mais corretamente de acordo com o grego original, todos os grupos étnicos do mundo. Se Jesus mandou, sou levado a acreditar que é possível. Nós podemos fazer discípulos de Jesus em todos os grupos étnicos do mundo.

A tarefa não foi dada somente aos primeiros onze discípulos, mas para cada discípulo depois deles, porque Jesus disse aos onze para ensinar seus discípulos a observar tudo que Ele tinha-lhes ordenado.
Portanto, os primeiros onze ensinaram seus discípulos a obedecerem aos mandamentos de Cristo, de fazer discípulos de todas as nações, e esse seria um mandamento perpétuo para todo discípulo subsequente. Todos os discípulos de Jesus precisam estar envolvidos de alguma maneira no discipulado das nações.

Isso explica, em parte, porque a “Grande Comissão” ainda não foi cumprida. Mesmo existindo milhões de cristãos assumidos, o número de discípulos dedicados a obedecer a Jesus é muito menor.

A maioria dos cristãos assumidos não liga para discípulos sendo feitos em todos os grupos étnicos, porque simplesmente não são dedicados a obedecer aos mandamentos de Cristo. Quando o assunto é levantado, muitas vezes usam desculpas do tipo: “Esse não é o meu ministério,” e “Eu não me sinto direcionado para esse caminho”.

Vários pastores mencionam essas frases, assim como os bodes que escolhem quais mandamentos de Cristo valem à pena encaixar em suas agendas.

Se cada cristão assumido realmente acreditasse no Senhor Jesus Cristo,
em pouco tempo todos no mundo iriam ouvir o Evangelho. O compromisso coletivo dos discípulos de Jesus faria isso acontecer. Eles parariam de gastar todo seu tempo e dinheiro em coisas mundanas e passageiras e começariam a usá-los para cumprir a ordem do Senhor.

No entanto, quando pastores anunciam que um missionário estará falando em certo culto, ele pode esperar que, na maioria das vezes, o número de frequentadores do culto irá cair. Muitos bodes ficarão em casa ou irão a outro lugar. Não estão interessados em obedecer ao último mandamento do Senhor Jesus Cristo.

As ovelhas, por outro lado, sempre comparecem animadas com a perspectiva de serem envolvidas no ministério de fazer discípulos de todas as nações.
Um último destaque em Mateus 28:18-20: Jesus também disse aos Seus discípulos para batizarem seus discípulos, e os apóstolos fielmente obedeceram a esse mandamento. Eles imediatamente batizaram aqueles que se arrependeram e acreditaram no Senhor Jesus.

O batismo, é claro, representa a identificação do crente com a morte de Cristo, sepultamento e ressurreição. Novos crentes têm morrido e ressuscitado como novas criaturas em Cristo. Essa verdade Jesus queria dramatizada no batismo de cada novo convertido, imprimindo em sua mente que ele agora é uma nova pessoa, com uma nova natureza. Ele é um em espírito com Cristo, e agora está autorizado por Cristo, que vive nele, a obedecer a Deus.

Estava morto em seus pecados, mas agora foi lavado e ressuscitado pelo Espírito Santo. Ele é mais que “somente perdoado.” Ele foi radicalmente transformado. Então, Deus está indicando mais uma vez que verdadeiros crentes são pessoas diferentes que agem muito mais diferente do que agiam quando estavam espiritualmente mortos.

Isso também está implícito nas palavras finais de Jesus: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt. 28:20). Não é lógico pensar que a presença contínua de Cristo nas pessoas afetaria seus comportamentos?

 

Jesus Define Discipulado

Já estabelecemos que o objetivo primordial de Jesus para nós é que façamos discípulos, quer dizer, pessoas que se arrependeram de seus pecados e estão aprendendo a obedecer aos Seus mandamentos. Mais tarde, Jesus definiu em João 8:32 o que é um discípulo:

Se vocês permanecerem firmes na minha Palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade e a verdade vos libertará.
De acordo com Jesus, verdadeiros discípulos são aqueles que vivem a Sua Palavra e nela fazem morada.

Enquanto aprendem a verdade em Sua palavra, são progressivamente “libertos,” e mais tarde o contexto indica que Jesus estava falando sobre ser liberto do pecado (veja Jo. 8:34-36). Então, vemos mais uma vez que, pela definição de Jesus, discípulos estão aprendendo e obedecendo a seus mandamentos.

Mais tarde Jesus disse,
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto, então prove para serem Meus discípulos (Jo. 15:8 ênfase adicionada).
Portanto, pela definição de Jesus, discípulos glorificam a Deus dando fruto.

Aqueles que não dão fruto não provam ser Seus discípulos.
Jesus definiu mais especificamente o tipo de fruto que identifica seus verdadeiros discípulos em Lucas 14:25-33. Vamos começar lendo somente o versículo 25:
Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este voltando-se para ela disse…
Jesus estava satisfeito porque uma grande multidão o estava “seguindo”? Ele tinha alcançado seu objetivo agora que teve sucesso em ganhar uma grande congregação?

Não, Jesus não estava satisfeito porque uma grande multidão o estivesse seguindo, ouvindo os seus sermões, vendo seus milagres e, às vezes, comendo Sua comida. Jesus procura pessoas que amam a Deus de todo o coração, mente, alma e força. Ele quer pessoas que obedeçam aos Seus mandamentos. Ele quer discípulos. Por isso disse àquela multidão que estava com Ele:

Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo (Lc. 14:26).

Não há erro: Jesus apresentou o custo/requisitos para uma pessoa ser Seu discípulo. Mas Seus discípulos precisam mesmo odiar essas pessoas as quem iriam naturalmente amar mais? Isso parece improvável, já que as Escrituras nos mandam honrar nossos pais e amar nossas esposas e filhos.

Jesus devia estar usando uma hipérbole, isto é, exagerando para dar ênfase. Mesmo assim, o mínimo que Ele quis dizer é: Se nós quisermos ser Seus discípulos, precisamos amá-Lo acima de tudo, muito mais do que as pessoas a quem naturalmente amamos muito. A expectativa de Jesus com certeza é razoável já que Ele é Deus, a quem nós devemos amar com todo coração, mente, alma e força.

Não esqueça — a tarefa dada aos ministros é fazer discípulos, o que significa que precisam produzir pessoas que amem a Jesus como Ser supremo, que O amem muito, muito mais do que amam seus cônjuges, filhos e pais. Seria bom para cada ministro que esteja lendo isso se perguntar, “Estou obtendo sucesso em produzir pessoas assim?”

Como sabemos se alguém ama a Jesus? Jesus nos disse em João 14:21: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama.” Então, com certeza, é razoável concluir que, pessoas que amam Jesus mais do que seus cônjuges, filhos e pais também são pessoas que guardam Seus mandamentos. Discípulos de Jesus obedecem aos Seus mandamentos.

DAVID WILKERSON
Deus seja louvado

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