VISÃO GERAL
Jesus foi o maior professor que já
viveu. No entanto ele era muito mais que isso. Como Filho de Deus, os seus
ensinamentos eram a verdade. Sua missão era instruir aos outros como conhecer a
Deus. Sua mensagem principal era que Deus queria nos amar e nos conhecer. Ele
ensinava enquanto andava com os seus seguidores. Ele ensinou de um barco, de um
monte, de uma casa e do templo. Ele ensinava em sermões, mas ele preferia usar
uma história ou uma parábola.
Muitas pessoas têm perguntas sobre o
que que Jesus falou sobre vários tópicos. O que que ele ensinou sobre Deus? O
que ele pensava de si próprio? O que que ele queria dizer quando ele falou do
reino? Qual era o significado de sua morte? O que que ele falou do Espírito
Santo? Como ele descreveu os seres humanos e suas necessidades? E a igreja
cristã? Ele ensinou alguma coisa sobre o fim do mundo? Quais eram as principais
características de seus ensinamentos morais?
OS ENSINAMENTOS SOBRE DEUS
Qualquer um que chega aos
ensinamentos de Jesus depois de ter lido o Velho Testamento, percebe de cara
que os ensinamentos sobre Deus são paralelos. Jesus ensinou que Deus é o
Criador que se preocupa com a sua criação e cuida dela desde as menores
criaturas como o pardal (Mateus 10:29). Não a um suporte nos ensinamentos de
Jesus para a visão que diz que Deus não se importa com o mundo que ele criou.
Jesus nos lembra que ele é um Deus de detalhes - intimamente preocupado com a
nossa vida.
Um dos títulos mais característicos
que Jesus usou para Deus foi Pai. Isso não era novidade, pois essa ideia ocorre
no Velho Testamento, aonde Deus é visto como o Pai de seu povo. Esse tipo de
paternidade era nacional ao invés de pessoal. No período entre o Velho
Testamento e o
Novo Testamento, os judeus
consideravam Deus tão santo que ele foi removido do contato imediato com os
compromissos humanos.
Na verdade, eles acreditavam que tinha que haver um
mediador entre Deus e o povo. Essa noção exaltada de Deus contradizia a ideia
de Deus como um Pai pessoal e amoroso. É por causa disso que os ensinamentos de
Jesus quanto à paternidade pessoal é tão única. Há alguma evidência nos
ensinamentos judaicos dizendo para orar a Deus como "Nosso Pai". No
entanto, o que distingui Jesus de seus contemporâneos é que a paternidade de
Deus era o centro de seus ensinamentos.
A relação pai e filho é
particularmente vívida no evangelho de João, aonde Jesus como o Filho é visto
como tendo uma comunhão íntima com o Deus Pai. Isso aparece fortemente na
oração de Jesus em João 17 e nas afirmações frequentes que o Pai tinha mandado
o Filho e que o Filho estava cumprindo a vontade do Pai. É esse forte
relacionamento entre Deus e Jesus em termos de Pai e Filho que fez Jesus
ensinar as pessoas a se aproximarem de Deus da mesma maneira.
Ensinamentos
Sobre Si Próprio
O que Jesus falou de si próprio é de
muita importância, pois foi isso que a igreja primitiva veio a ensinar sobre
ele. Jesus usou alguns títulos para se descrever ou os aceitava quando os
outros os usavam.
Filho
Do Homem
O título mais usado é Filho do Homem.
Algumas vezes ele relacionava isso diretamente na sua ministração pública, como
por exemplo quando ele disse que o Filho do Homem era o Senhor do sábado
(Marcos 2:28), ou que o Filho do Homem tinha o poder de perdoar os pecados
(2:10). Às vezes os dizeres lidavam com o seu sofrimento, como quando Jesus
falou que o Filho do Homem tinha que sofrer várias coisas (8:31; note que
Mateus 16:21 usa "ele" ao
invés de "Filho do Homem"). Em outros trechos a referência é para uma
aparição futura, como quando ele disse ao sumo sacerdote que ele veria o Filho
do Homem assentado a destra de Deus vindo sobre as nuvens do céu (Marcos
14:62). O que que Jesus quis dizer com o título, e porque que ele usou? A razão
mais provável é porque ele queria evitar o termo Messias, que já carregava
muitas implicações políticas.
Messias
O termo "Messias" ou
"Cristo", não pertencem estritamente aos ensinamentos de Jesus, já
que ele mesmo nunca usou. No entanto, ele aceitou esse título quando foi usado
por Pedro.
Ele também não negou ser o Messias
quando respondeu ao sumo sacerdote que perguntou se ele era o Messias. No
evangelho de João, André diz a Pedro que havia achado o Messias (João 1:41); a
mulher em Samaria também conversa com Jesus e ele revela que ele é o Messias
(4:25-26). Havia uma expectativa comum entre os judeus que o libertador viria
para derrubar os seus inimigos políticos, os romanos. Havia várias ideias sobre
a sua origem (um líder militar ou um guerreiro celestial) e seus métodos.
Filho
De Deus
O título "Filho de Deus"
ocorre principalmente no evangelho de João. Tanto Marcos como João consideravam
Jesus assim (compare Marcos 1:1 e João 20:30-31). Há algumas passagens aonde o
Messias é ligado ao Filho de Deus e que Jesus não rejeita nenhum dos títulos
(compare a Mateus 16:16). Mas nos ensinamentos de Jesus, uma passagem faz ficar
muito clara a relação especial que Jesus tinha com Deus como Filho (Mateus
11:27; veja também Lucas 10:22).
Muitas passagens parecidas no evangelho
de João, no entanto, são mais explicitas. O Filho é inquestionavelmente
pré-existente - já vivia antes do tempo começar. Jesus sabe que ele veio do Pai
e retornaria ao Pai. Jesus se considerava divino - ele era inteiramente Deus.
No entanto, João retrata Jesus mais claramente também na sua natureza terrena -
ele também era inteiramente humano. Jesus não explicou em nenhuma parte de seus
ensinamentos como que Deus poderia se tornar homem, mas ele assumiu isso como
um fato. Como Filho de Deus, ele ensinou com a autoridade de Deus.
Ensinamentos
Sobre O Reino De Deus
Ninguém pode ler os evangelhos
sinópticos sem notar que o "reino de Deus" (ou dos céus) aparece
frequentemente. Muitas das parábolas de Jesus são especificamente chamadas de
parábolas do reino. O conceito de Jesus sobre o reino era uma ideia básica do
evangelho cristão. A ideia principal é o reinado de Deus sobre as pessoas ao
invés de um reino físico que pertence a Deus. Em outras palavras, a ênfase está
no reinado ativo de Deus como Rei. O reino de Deus consiste do relacionamento
entre os membros e o Rei. Também significa que o reino não será expresso em
termos institucionais.
O
Reinado Presente
Em Lucas 17:20-21 fica claro que o
reino era um tema de interesse comum, aonde os fariseus perguntaram a Jesus
quando viria. Eles estavam esperando que o Messias estabelecesse um
derrubamento político dos romanos. Sua resposta, que estava "entre
eles", é claramente uma ideia presente. Espíritos imundos também foram
exorcizados como evidência que o reinado havia chegado (Mateus 12:28; Lucas
11:20).
Além disso, Jesus menciona que o
reino havia sido vigorosamente avançado (Mateus 11:12), mas não por métodos
revolucionários. Ainda, alguma coisa dinâmica já estava acontecendo. Essa ideia
de poder dinâmico é um dos traços mais característicos do reino. Jesus falou em
amarrar os homens fortes e armados (Lucas 11:21-22), o que mostra que no seu
ministério ele esperava dar uma demonstração poderosa contra as forças das trevas.
É evidente que o reino que Jesus
proclamava, presente ou futuro, era um reino aonde Deus era supremo. O reino
era parte de seu ministério, onde Deus estava trazendo a libertação espiritual
para o seu povo. Além disso, os ensinamentos de Jesus sobre o reino é uma parte
da mensagem total. Nenhuma parte dessa mensagem pode ser separada de qualquer
outra parte sem que o resto seja distorcido.
O
Reino Futuro
As parábolas têm os ensinamentos mais
claros no aspecto futuro do reino (Mateus 13). Jesus falou do uso futuro da
imagem retirada da literatura judaica. Ele relaciona nuvens, glória e anjos com
a vinda do Filho do Homem (Marcos 13:26-27). Mateus fala de um som de trombeta,
outro traço familiar (Mateus 24:31). Vários traços das parábolas do reino nos
dá a mais clara ideia da natureza do reino.
A condição de membro do reino não é
considerada universal. Os membros do reino são aqueles que escutam e entendem a
palavra do reino (Mateus 13:23). Apesar de todas as nossas diferenças raciais,
culturais e de gênero só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que são
salvas e as que não são. Cada pessoa responde individualmente a oferta de
salvação oferecida por Jesus para que seja parte do reino.
Há uma ênfase na parábola sobre o
crescimento da semente de mostarda, aonde um pequeno começo cresce para se
tornar uma grande coisa.
Os
Ensinamentos Sobre A Sua Própria Morte
O anunciamento do reino deve ser
ligado à abordagem de Jesus a sua própria morte. Será que Jesus via a sua morte
como uma parte chave de sua missão? Alguns acreditam que ele terminou a vida
desiludido com algum tipo de desejo de morte. No entanto, sua morte não foi um
desvio de sua missão. Isso era inteiramente a sua missão.
Jesus sabia que os detalhes de sua
vida eram a realização das escrituras (compare a Mateus 26:24; 56; Marcos 9:12;
Lucas 18:31; 24:25-27, 44-45). O sofrimento de Jesus é o assunto da profecia do
Velho Testamento. Ele conhecia as previsões do Velho Testamento e reconhecia
que elas só poderiam se realizar através de seu próprio sofrimento.
Evidentemente que Jesus via a sua
morte como um sacrifício. Na última ceia, o cálice é ligado ao sangue da nova
aliança, que é conhecida como sendo para a "remissão dos pecados"
(Mateus 26:26-28). Nenhuma explicação é dada sobre a maneira em que a morte que
estava próxima, simbolizada pelo pão partido e pelo vinho servido, traria o
perdão dos pecados. Mas a igreja primitiva entendeu que Cristo morreu pelos
nossos pecados (compare a 1 Coríntios 15:3).
A ideia da nova aliança é paralela a
Velha aliança, que de acordo com Êxodo 24, foi selada com o sangue de um
sacrifício. Jesus tinha isso em mente quando ele falou da nova aliança. Também
era parecido com a ideia expressada em Jeremias 31, que se refere a uma aliança
escrita no coração ao invés de numa pedra. Na oração de Jesus em João 17, ao
encarar a cruz, ele declara que ele terminou a obra que o Pai deu a ele (17:4).
Isso é reforçado quando ele fala, já
na cruz "está consumado", que só João menciona (19:30). Esse senso de
missão cumprida da um ar de triunfo para o que de outra maneira, poderia ser
visto como um desastre. Jesus não foi assassinado. Ele deu a sua vida como um
sacrifício pelos nossos pecados. Apesar dos homens terem colocado ele numa cruz
superficialmente, o amor dele por todo o povo de Deus é o que o mantéu ali até
o fim.
Os
Ensinamentos Sobre O Espírito Santo
Em vários dos eventos principais na
vida de Jesus, os escritores dos evangelhos notam a atividade do Espírito
Santo. Por exemplo, o nascimento virgem, o batismo de Jesus e a sua tentação
mencionam o Espírito. A maioria dos ensinamentos vem dos evangelhos de João.
Quando Jesus começou a pregar o seu
ministério em Nazaré, de acordo com Lucas, ele leu o depoimento em Isaías
61:1-2 sobre o Espírito de Deus e aplicou a ele. Ele viu o Espírito marcando o
começo de seu ministério. Ele foi acusado de expulsar demônios como Belzebu,
príncipe dos demônios. No entanto, ele estava realmente expulsando espíritos
imundos pelo Espírito de Deus (Mateus 12:28). Ele era, além disso, sensível a
seriedade de blasfemar contra o Espírito, que ele implica que os seus
acusadores estavam perigando fazer. Criticar o seu ministério era criticar o
mover do Espírito.
Enquanto avisava os seus discípulos
que eles encontrariam com a oposição, Jesus os assegurou que o Espírito os
apoiaria quando eles fossem forçados a encontrar com reis e governadores
(Mateus 10:19-20; Marcos 13:11). De fato, ele falou que o Espírito continuaria
a falar através deles muito tempo depois que Jesus tivesse retornado ao céu.
Lucas registra a promessa de Jesus que Deus daria o Espírito Santo para aqueles
que pedissem (Lucas 11:13), como um pai dá bons presentes para os seus filhos.
Nós geralmente pedimos a Deus por paz, propósito ou proteção.
No entanto, Deus considera o Espírito
Santo o melhor presente que ele pode dar a seus filhos. Em uma outra ocasião,
Jesus reconheceu que Davi havia escrito o Salmo 110 (Marcos 12:36) com a
influência do Espírito. Como resultado desse e de outros exemplos, sabemos que
a bíblia não é um livro comum escrito por homens. De fato, o Espírito Santo
inspirou as escrituras.
Salvação
O evangelho de João nos dá um
desenvolvimento mais detalhado de o que Jesus ensinou sobre o Espírito. Os
ensinamentos do Espírito são geralmente ligados aos ensinamentos de Jesus sobre
dar a vida eterna a aqueles que acreditassem nele e o recebessem.
Quando ele falou com Nicodemos sobre
o novo nascimento e a vida eterna, Jesus também falou do Espírito (João 3:3-8,
15-16). Quando ele falou da água da vida para a mulher samaritana, ele também
falou do Espírito (4:14, 23-24). Por toda a escritura,
Jesus declara a várias
pessoas que ele poderia lhes dar a vida eterna se eles acreditassem nele. Ele
prometeu a água da vida, o pão da vida e a luz da vida, mas eles só receberiam
a vida eterna quando viesse o Espírito depois de sua ressurreição.
Jesus disse "É o Espírito que dá
a vida eterna" (João 6:63). Quando o Espírito se tornasse disponível, eles
poderiam ter vida. Uma vez que Jesus havia sido glorificado através de sua
ressurreição, o Espírito de Jesus glorificado estaria disponível a todos
aqueles que cressem.
A
Segunda Vinda
Ele falou para os discípulos que o
Filho do Homem viria com os seus anjos na glória de seu Pai (Mateus 16:27). Ele
descreve o Filho do Homem vindo em nuvens com poder e glória (Marcos 13:26).
Jesus descreve vários sinais que precederia a sua segunda vinda. Ele falou de
guerras, conflitos, terremotos, fome e distúrbios nos céus.
O evangelho seria primeiramente
pregado a todas as nações. Ao mesmo tempo falsos "Cristos" surgiriam.
Jesus deu vários detalhes de seu retorno para encorajar os seus discípulos a
encararem a perseguição. Os discípulos teriam que vigiar, pois a vinda
aconteceria inesperadamente como um ladrão na noite. Jesus disse que nem ele
mesmo sabia quando isso aconteceria (Marcos 13:32).
Ressurreição
Um outro tema importante afetando o
futuro é enfatizado nos ensinamentos de Cristo sobre a ressurreição. Os
saduceus não acreditavam na ressurreição do corpo. Eles tentaram enganar Jesus
com uma pergunta sobre uma mulher que havia se casado sete vezes. Eles queriam
saber esposa de qual dos sete maridos ela seria depois da ressurreição (Marcos
12:18-27).
Jesus apontou que não haveria
casamento quando os mortos ressurgissem. A ideia dos saduceus sobre a
ressurreição estava claramente errada. Os ensinamentos de Jesus seriam como os
anjos. Não há dúvida sobre a ressurreição dos mortos, apesar de não nos ser
dada informações específicas sobre o corpo ressurreto.
Julgamento
Jesus contou uma história sobre um
homem rico e um homem pobre que morreram (Lucas 16:19-31). Na vida após a
morte, o homem rico gritava no tormento, enquanto o homem pobre curtia o estado
de benção. A distinção entre os dois homens nos dá uma dica do julgamento,
apesar de não nos ser falado como essa distinção é feita. Em outros lugares de
seus ensinamentos, Jesus disse que o requisito vital é a fé. A conversa entre
Jesus e o ladrão que estava morrendo na cruz ao seu lado, sugere que o ladrão
arrependido foi salvo (Lucas 23:42-43).
O tema de recompensa e punição é
visto em muitas passagens. Em Mateus 16:27, Jesus diz que o Filho do Homem
recompensará todos de acordo com o que ele(a) fez. Aqueles que são inúteis
serão punidos nas trevas (25:30). Mais adiante, Jesus fala de um dia de
julgamento, no qual homens e mulheres prestarão contas até mesmo de suas
palavras descuidadas (12:36-37).
Entre todas as afirmações solenes de
Jesus estão aquelas aonde ele fala do inferno. Seus ensinamentos sobre punição
eterna para injustos (Mateus 25:41,46) são o oposto para a vida eterna
prometida para os justos. Ele disse que seus discípulos teriam um lugar
preparado para eles no céu (João 14:2), e ele também falou de um Livro da Vida
aonde o nome de todos aqueles que creem está escrito (Lucas 10:20).
Fonte: Ilúmina
Deus
seja louvado
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